Em 02/10/2017 o Respeitável Irmão
Marcelo Oliveira Falcão, Loja Caridade Palmense, 3.903, REAA, GOB-PR, Oriente
de Palmas, Estado do Paraná, solicita a seguinte informação:
PELA ORDEM DOS TRABALHOS
Minha dúvida é a seguinte: ao constatar alguma irregularidade, na
discussão de temas em Loja, às vezes um tanto melindrosos e ásperos, é possível
a qualquer dos obreiros, solicitar a palavra "pela ordem", ou essa é
uma função do Orador, como fiscal e guarda da Lei?
Mais uma vez, conto com sua dileta ajuda, e desde já, reitero meus
sinceros agradecimentos.
CONSIDERAÇÕES.
Em se tratando do
REAA\, essa é uma obrigação do Guarda da
Lei. Em passando a irregularidade por ele despercebida, então um Mestre Maçom
pode pedir a palavra “pela ordem dos trabalhos” para apontar a
anormalidade.
O termo “pela ordem
dos trabalhos” nada tem a ver com o ato de se “estar à Ordem”.
A manifestação
imposta em nome do “pela ordem dos trabalhos” precisa ser fundamentada e não
simplesmente para pedir informação ou mesmo tecer outros comentários que não os
que abordem a legalidade do momento.
A expressão se
fundamenta irrestritamente à finalidade de se cumprir protocolos ritualísticos
e assuntos sob o ponto de vista legal inerente à sessão em curso.
Assim, ocorrendo
alguma coisa na sessão que se sustente na ilegalidade sem que seja percebida
por quem de direito, um Mestre Maçom pode extemporaneamente apontar a
ocorrência da anomalia e pedir providências.
A atitude de se
usar a palavra pela ordem dos trabalhos somente é privativa àqueles que
alcançaram a plenitude maçônica (o grau de Mestre) e se dá se necessário em
qualquer momento da sessão sem as formalidades do giro da palavra.
Lembro que “pela
ordem dos trabalhos” tem sido uma prática consuetudinária na Maçonaria e não é
algo que precise estar escrito no ritual, inclusive como também nele não está
escrito que se pode descumprir a lei.
Essa não deve ser
uma situação corriqueira, mas esporádica, avaliada a real necessidade dessa
intervenção.
T.F.A.
PEDRO JUK
DEZ/2017
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