segunda-feira, 22 de abril de 2019

PINTURA DE SÍMBOLOS DA CÂMARA NO INTERIOR DO TEMPLO


Em 27/11/2018 o Respeitável Irmão Ronaldo Alves da Silva, Loja 13 de Maio 1888, 188, REAA, Grande Loja de Pernambuco, Oriente de Recife, Estado de Pernambuco, pede esclarecimento para o que segue:

PINTURAS DE SÍMBOLOS NO INTERIOR DO TEMPLO.


Tenho acompanhados suas publicações, as quais têm contribuído enormemente para meu crescimento.
Recentemente vi em um ritual de Grande Loja, do REAA, na planta de um templo, o desenho de um Galo, pintado na parede por trás do Primeiro Vigilante e uma Ampulheta na parede, entre o Mestre de Harmonia e o Guarda do Templo.
Soube que esses desenhos já foram encontrados em tempos atrás.
Não encontrei bibliografia a respeito desse assunto.
Agradeceria ao irmão uma orientação sobre o assunto ou indicação de uma bibliografia.

CONSIDERAÇÕES.

Símbolos da Vigilância e da Perseverança (galo) e do tempo e sua brevidade (ampulheta), os mesmos não são apropriados para decorarem as paredes internas do Templo (sala da Loja), mas sim as da Câmara de Reflexão.
Nesse sentido, é inadmissível que um ritual do REAA os mencione aparecendo nas paredes internas da Loja - seja nos lugares mencionados na sua questão ou em qualquer outro lugar - senão na Câmara.
Eu diria que é mesmo lamentável que essas coisas ainda aconteçam, até porque esses símbolos são apropriados para compor a alegoria da Câmara de Reflexão e não como elementos decorativos e dispersos arranjados fora dos seus ambientes apropriados. É preciso que se diga que fora dos seus recintos eles simplesmente não fazem nenhum sentido. Também não deixam o interior da sala da Loja “mais bonita”.
Faz-se cogente compreender que a decoração de uma Loja exprime uma alegoria maior, não cabendo nela, portanto, inserções que deturpem a sua verdadeira mensagem “esotérica”. Em termos de simbologia maçônica autêntica, nada foi idealizado e colocado sem que houvesse motivo e razão para tal. Assim, introduções e retiradas intempestivas de símbolos no conjunto apenas desconstroem o seu significado.
Nesse sentido, obviamente que o Irmão dificilmente encontrará bibliografia autêntica que traga o equivocado transporte de símbolos do interior da Câmara de Reflexão para dentro da sala da Loja (Templo).
Por fim, se porventura alguém lhe disse que isso era comum em tempos atrás, tenha certeza que comum não era e nunca foi. Penso que comum mesmo era o de propositalmente desfigurar a cultura do Rito.


T.F.A.

PEDRO JUK

ABR/2019

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