sexta-feira, 21 de outubro de 2022

ESTAR OU NÃO À ORDEM?

Em 07.04.2022 o Respeitável Irmão Wilson Batista dos Santos, Loja Universo, 2110, REAA, GOB-RJ, sem mencionar o Oriente, Estado do Rio de Janeiro, apresenta o que segue:

 

ESTAR OU NÃO À ORDEM

 

Em primeiro lugar parabenizo-o pelo seu trabalho na divulgação do REAA através de seu blog e também por sanar diversas dúvidas ritualísticas que os Irmãos lhe trazem. Dou muita importância a Ritualística e tento em minha Loja ajudar na sua correta execução.

O motivo de lhe escrever é com o intuito de fazer-lhe uma pergunta sobre as explicações ritualísticas no momento em que os Diáconos recebem a palavra sagrada e a transmite aos Vigilantes. É sabido que no REAA, estando em Loja aberta, o maçom que estiver em pé deve ficar à Ordem, mesmo que esteja fazendo uso da palavra. Daí a dúvida: porque se desfaz o sinal de ordem na passagem da palavra pelo Venerável Mestre ao 1º Diácono e deste ao 1º


Vigilante; bem como do 1º Vigilante ao 2º Diácono e deste ao 2º Vigilante. Visto não ser saudação não entendi a necessidade de se desfazer o sinal. Não poderiam falar à ordem também? Há razão para isso? Quando da conferência pelos Vigilantes nas colunas (grau 2), até entendo que se desfaça o sinal, pois as mãos serão usadas para a verificação, motivo porque não portam o malhete.

 

CONSIDERAÇÕES:

 

A questão é apenas de praticidade e conforto no momento da transmissão da palavra no encerramento dos trabalhos quando os protagonistas frente a frente se colocam à ordem porque a Loja, nesse momento, ainda está aberta. No início dos trabalhos não há composição do Sinal porque a Loja está em procedimento de abertura, isto é, não está aberta.

Assim, no encerramento ambos desfazem o Sinal para facilitar a postura, aproximação e conforto no momento da transmissão. Obviamente isso não é saudação e nem possui qualquer significado iniciático. O SOR assim orienta visando dar uniformidade no procedimento.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

OUT/2022

4 comentários:

  1. Irm.·. Pedro, como sempre cirurgicamente preciso na resposta.
    Se o Irm.·. me permitir, gostaria de acrescentar uma observação e conclusão a que cheguei, além da justificativa já dada pelo Irm.·. Observando-se a postura dos envolvidos no momento da transmissão, percebe-se que ambos, por mais próximos que estejam, acabam por se inclinarem para transmitir/receber no ouvido próprio a palavra a ser transmitida. Assim, momentaneamente deixam, ainda que em pequeno grau, a postura aprumada e ereta característica de se estar à Ord.·. motivo que, no meu "achismo", justificaria plenamente a descomposição do sinal, sendo que no momento da transmissão ambos permanecem com os braços estendidos rentes ao corpo (postura prevista para o pós desfazimento do sinal), evitando assim algumas posturas deselegantes e desencontradas de alguns IIrm.·., que não sabendo o que fazer com as mãos, acabam apoiando uma delas no ombro do outro Irm.·., ou dando um meio abraço para se achegar do ouvido do recebedor da palavra.
    Pode parecer até uma filigrana sem sentido esse meu pensamento, mas acredito que ele ao mesmo tempo corrobora com a corretíssima linha de "facilitar a postura, aproximação e conforto no momento da transmissão" e "uniformidade no procedimento" ao mesmo tempo em que dá cumprimento à previsão de que o sinal somente é composto quando à Ord.·. e essa postura se dá quando em pé, totalmente ereto e aprumado, com os pés na maneira de costume prevista no ritual e SOR.
    Desculpe a intromissão desse "achismo" de advogado de profissão profana e ex-Orad.·. , mas é que vejo muitos IIrm.·. buscando o tal "onde está escrito", mas se esquecendo de que as regras ritualística e litúrgicas também necessitam, assim como as leis, de uma exegese sistemática, em que várias "normas" e precedimentos "conversam" entre si e devem guarda a necessária Lógica, a propósito, uma das 7 artes liberais que tanto prezamos.
    Um Tr.·. Frat.·. Abr.·.
    Ricardo Lóes

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  2. Respeitável Irmão Pedro Juk.
    Todos os rituais antigos de tenho acesso, desde o "Guia de Maçons Escocezes" de 1834, passando pelos de 1898 e 1945 a expressão "à ordem" está grafada com a letra "o" minúscula, pois, a referência, me parece ser, de "disposição - ordenação. Já os rituais atuais (do GOB) grafam com a letra "O" maiúscula levando ao entendimento que seria à Ordem Maçônica e, considerando a crase, "para a Ordem Maçônica". Por favor, me instrua, se os rituais atuais estiverem corretos neste caso.
    Muito obrigado pela resposta e tudo que se aprende aqui no seu site.
    Paulo Marinho

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    1. Em Maçonaria menciona estar preparado, pronto, a disposição. Assim o obreiro à ordem demonstra pela expressão corporal de estar pronto pelo Esquadro, Nível e Prumo, elementos simbólicos que fazem parte do Sinal de Ordem. De certo modo é estar pronto para atender a Ordem Maçônica e os seus Irmãos pelo juramento feito. T.F.A. Obrigado pela visita.

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