domingo, 14 de setembro de 2025

INGRESSO NO TEMPLO

Em 21/03/2025 o Respeitável Irmão Antonio S. Silva Paiva, Loja José Ramos Torres de Melo, 2004, REAA, GOB-CE, Oriente de Iracema, Estado do Ceará, apresenta a seguinte questão:

 

PRÉSTITO

 

Antes de entrarmos no Templo de Salomão, tem a falar, "Boa noite meus irmãos, vamos nos desligar do mundo profano, para entrar no templo de Salomão”, Sessão Ordinária de Apr, Comp ou Câmara do Meio, essas palavras deixaram de ser ditas, ou simplesmente, da as Batidas do Grau?

 

CONSIDERAÇÕES

 

          Não é recomendável. Os Rituais do REAA vigentes (2024) não preveem esta, ou outra fala neste sentido. Basta que o Mestre de Cerimônias, depois de organizado o préstito, dê a bateria do Grau na porta e assim que a mesma estiver aberta, faça a chamada na ordem prevista pelo ritual.

Preleções antes da entrada não são previstas, inclusive o próprio ritual menciona que no átrio não existem preces, orações e outras atividades desse gênero. Basta que o M de CCer bata na porta e em seguida se coloque em local adequado para dirigir o ingresso dos IIr.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

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SET/2025

PARAMENTOS DO VISITANTE

Em 21.03.2025 o Respeitável Irmão Alessandro Mota Bastos, Loja Estrela de Davi, 4360, REAA, GOB-SE, Oriente de Aracaju, Estado do Sergipe, apresenta a dúvida seguinte:

 

AVENTAL DO VISITANTE

 

Surgiu uma daquelas situações polêmicas. Minha Loja é a Estrela de Davi n. 4.360, do Oriente de Aracaju, no Estado de Sergipe. Por ser um Oriente pequeno, quase todos os maçons se conhecem e costumam realizar intervisitações. Desta forma, os visitantes ajudam a compor as Lojas, atuando nos cargos, o que já virou uma cultura.

Ontem, uma Loja do Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA) recebeu um aprendiz do Rito de York (Emulação) do Grande Oriente do Brasil. No rito deles, o Aprendiz utiliza o avental com a abeta para baixo, ou seja, equivalente ao nosso Companheiro (REAA). Essa situação causou um desconforto, pois o Mestre de Cerimônias quis que o irmão levantasse a abeta. Essa ação descaracteriza os paramentos do rito do irmão visitante.

A pergunta é: nesse caso, devemos respeitar a formatação da paramentação do Rito do visitante, ou ele precisa usar um paramento compatível com o nosso (REAA)? Sendo a resposta positiva, como fica a questão da gravata? Os ritos que possuem gravatas de outras cores vão ter que utilizar a preta quando estiverem em nossas sessões?

Saliento que o irmão mestre de cerimônias utilizou o artigo 217, que diz que o visitante tem que se adequar ao rito da Loja visitada.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Conforme o relatado na vossa questão, o M de CCer, está completamente equivocado. O Visitante de outro rito se apresenta paramentado conforme o seu rito. O visitante não deve trocar os paramentos, hauridos do rito da sua iniciação pelos de outro rito.

O que o visitante não pode é interferir no andamento litúrgico do ritual que está sendo trabalhado pela Loja que ele está visitando. Isto é, não pode alterar a ritualística inserindo práticas de outros ritos que não constam no ritual (Art. 217 – RGF), por exemplo, um Aprendiz do Rito de York, visitando uma Loja do REAA, deve ocupar lugar no topo do Norte, o mais próximo possível da parede setentrional, e não à nordeste, na primeira fileira, como ocorre no seu rito de origem.

Assim, o visitante se adequa à ritualística da Loja que ele está visitando, o que nada tem a ver com a vestimenta e alfaias que ele estiver usando.

Uma recomendação é para o uso do balandrau, cabendo ao visitante não o usar se o rito da Loja visitada não admitir este tipo de vestuário (Art. 217 – RGF).

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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LOJA COIRMÂ

Em 19/03/2025 o Respeitável Irmão Rodrigo De Felice Ferreira, Loja Colunas de Piratininga, 3780, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a seguinte questão:

 

LOJA COIRMÃ

 

Qual é a real definição de Loja Coirmã?

 

            No contexto maçônico, Lojas "coirmãs" se enquadram na seguinte definição: Adjetivo. Diz-se de sociedades, empresas etc. pertencentes a um mesmo grupo ou que têm entre si afinidade ou comunhão de interesse.

Sob esta óptica, “coirmãs” são as Lojas que pertencem a uma mesma Obediência. Em uma conjuntura mais ampla, são as Lojas que compõem a instituição Maçonaria; são as Lojas que constituem uma Potência Maçônica.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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SET/2025

 

 

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

BATERIA MAÇÔNICA - RITMO E INTENSIDADE

Em 16.03.2025 o Respeitável Irmão José Augusto de Lima, Loja Vigilantes do Quartel, 3364, REAA, GOB MINAS, Oriente de Quartel Geral, Estado de Minas Gerais, faz a seguinte pergunta:

 

BATERIAS MAÇÔNICAS

 

Acompanhei o último ensinamento até o final, ministrado pelo nosso Ir Fuad, muito esclarecedor. 

Sei o quanto seu tempo é limitado e te agradeço pela atenção.

Gostaria de seu esclarecimento sobre harmonia, principalmente as batidas do malhete.

Obs.: Vejo muita diferença de uma Loja para outra, algumas de forma suave, outras de forma agressiva e muito forte, mas não foi falado sobre o assunto.

 

CONSIDERAÇÕES

 

           O ritmo, o andamento e a intensidade das percussões maçônicas são dados conforme a característica de cada titular.

Não há como se criar uma regra unissonante para todas as Lojas, haja visto que seria um excesso de preciosismo se colocar nos rituais golpes de malhete e outras baterias, em uma pauta (pentagrama) musical, com claves, colcheias, semicolcheias, etc.

O máximo que se pode fazer é colocar uma simples representação gráfica indicando uniformemente o número e intervalo relativo às pancadas que constituem as baterias maçônicas. Já a intensidade, compasso e altura dessas baterias são da conta de cada titular no exercício do seu ofício na Loja.

A propósito, sugere-se que esta instrução fique a cargo do Mestre de Harmonia da Loja, porém sem exceder aos parâmetros da racionalidade, longe de quaisquer cogitações ocultistas.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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SET/2025

 

TEMPO DE ESTUDOS - ATIVIDADES

Em 15.03.2025 o Respeitável Irmão Cláudio Portella, Loja Filhos do Rei, 4367, REAA, GOB-RJ, Oriente do Rio de Janeiro, Cidade do Rio de Janeiro, faz a pergunta que segue:

 

TEMPO DE ESTUDOS

 

Segundo nosso novo Ritual, na página 76, O tempo de estudos pode ser preenchido pelo Ven Mestre, pelo Orador ou algum Ir previamente designado.

Segundo o artigo 121 do RGF. É atribuição do 2º Vig instruir os Maçons sob sua responsabilidade. O que prevalece? E outra, o Ven Mestre poderia a qualquer tempo contactar sem a ciência do 2º Vig os IIr AApr para afirmar que a condução do tempo de estudos na seção subsequente será conduzida pelo mesmo? Isso configura usurpação do cargo? A nível de minha instrução aguardo contato

 

CONSIDERAÇÕES

 

De fato, os Vigilantes são os instrutores oficiais dos Aprendizes e dos Companheiros. No REAA, o 1º Vig instrui os Companheiros e o 2º Vig os Aprendizes

             Cabe a cada Vigilante ministrar, junto com o Venerável Mestre, as instruções previstas nos rituais, assim como organizar outras instruções, preparar sabatinas, pedir aumento de salário para os seus instruídos, dentre outras matérias congêneres.  

Isso não quer dizer que apenas o Vigilante é que pode ministrar instruções nas Loja. Outros Irmãos Mestres Maçons designados pelo Venerável Mestre, com ciência e fiscalização do Vigilante, também podem participar dos ensinamentos.

Ressalte-se que é ofício de cada Vigilante proporcionar um tema para que o Aprendiz ou o Companheiro elaborem, cada qual, a sua peça de arquitetura visando aumento de salário, a qual será submetida à Comissão de Admissão e Graus da Loja para o competente parecer.

À vista disso, não se trata de nenhuma usurpação de cargo, pois como foi aqui mencionado, outros Irmãos Mestres também podem, sob ciência do Vigilante, contribuir nas instruções.

Não resta dúvida que o Venerável Mestre deve ser prudente para não interferir no plano de instrução elaborado pelo respectivo Vigilante.

De tudo, em prol do crescimento da Loja e dos Iniciados, o que deve sempre operar é o bom senso. O Orador, guardião da Lei, deve estar atento para que as regras legais sejam sempre cumpridas.

Ao encerrar, peço desculpas por não me aprofundar mais nesta questão, já que ela é relativa à administração da Loja e não propriamente à Secretaria Geral de Orientação Ritualística.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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SET/2025

 

 

terça-feira, 9 de setembro de 2025

SINAL DE SOCORRO

Em 15.03.2025 o Respeitável Irmão Sidney Gonçalves de Souza, Loja Templários do Oeste, 4468, GOB MINAS Rito Adonhiramita, Oriente de Divinópolis, Estado de Minas Gerais, apresenta a pergunta seguinte:

 

SINAL DE SOCORRO

 

Existe alguma matéria ou instrução, sobre o porquê o SINAL DE SOCORRO ser ensinado/revelado ao irmão maçom somente no grau de MESTRE?

Dentre as pouquíssimas instruções do respectivo grau que tive e até hoje vejo, as vagas explicações que tenho, é de ser esse sinal um dos mistérios exclusivo do respectivo grau.

Assim sendo, desculpe a minha petulância, mas partindo do espírito igualitários e fraterno da ordem, não somos todos irmãos? E indiferente do grau, todos não somos passíveis de socorro?

Agradecido ficarei, se puder me dar mais essa Luz.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

O Sin de Socor é restrito aos Mestres Maçons porque para conhece-lo é preciso que antes o Iniciado tenha alcançado a plenitude maçônica, a qual ocorre pelo advento da Exaltação ao 3º Grau.

Sob o ponto de vista histórico, o Aprendiz não conhecia o Sin de Socor porque na época dos canteiros medievais - nossos ancestrais - ele não podia se ausentar da Guilda onde aprendia o ofício porque ainda não tinha o pleno domínio da profissão (Carta de Ofício).

Nos tempos dos ancestrais da Maçonaria, os Aprendizes ficavam pelo menos tr aan restritos ao canteiro de obras, sob ordens e proteção do Mestre da Loja. À vista disso, como ainda não podiam se ausentar do local de trabalho, eles também não necessitavam conhecer o Sin de Socor e nem mesmo de ter uma Pal de Pas.

Nos tempos atuais – da Moderna Maçonaria - o maçom continua tendo seus direitos e obrigações, pelo que deve sempre levar em conta a regra de que a colheita somente virá depois da semeadura - cada qual no seu lugar, cada coisa no seu devido tempo.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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SET/2025

 

EM PÉ EM LOJA ABERTA

Em 15.03.2025 o Venerável Irmão Paulo Toledo, Deputado Estadual pela Loja Theobaldo Varolli Filho, 2699, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a seguinte questão:

 

EM PÉ EM LOJA ABERTA

 

Em relação ao novo ritual do REAA, até seu lançamento, na loja que participo, quando Orador e Secretário se aproximavam para a verificação do Saco de Propostas e Informações, ficavam à Ordem.

Houve a informação, agora, que devem só se aproximar sem estar à Ordem.

Por favor, pode esclarecer se Orador ou Secretário devem ou não estarem à Ordem neste momento?

 

CONSIDERAÇÕES

 

             Quem estiver em pé em Loja aberta fica à Ordem. Esta afirmativa consta inclusive no Ritual de Aprendiz, REAA, GOB/2024, página 209, penúltimo parágrafo - Em pé e à Ord.

Ora, é regra universal do Rito que aquele que estiver em pé e parado em Loja aberta, fica à Ordem. Cá entre nós, de tão óbvio, isto nem precisaria estar escrito no Ritual, mas está.

A vista disso, como a Loja está aberta, não resta nenhuma dúvida que ambos, o Orador e o Secretário, ao se colocarem próximos do Alt, ficam à Ordem (em pé, parados, pés naturalmente em esquadria aberta para a frente, corpo ereto, com o Sinal de Ordem composto).

Quem deu irresponsavelmente informação de que "agora devem só se aproximar sem estar à Ordem”, simplesmente está inventando coisas e passando informação errada, até porque em nenhum lugar do ritual está escrito esta sandice.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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SET/2025

INSTRUÇÕES DOS RITUAIS

 

Em 14/03/2025 o Respeitável Irmão Davi Hackbart Covalesky, Loja Estrela do Sul, 84, REAA, GOB-RS, sem mencionar o Oriente, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão.

 

INSTRUÇÕES.

 

Ponto pacífico que nos rituais (igualmente nas edições de 2009 e de 2024), consta que estão a cargo dos 1º e 2º Vigilantes as instruções dos Companheiros e Aprendizes, respectivamente.

Me parece, inclusive, que na edição de 2024 ocorreu um ajuste de maneira que na comunicação das instruções, ao final do ritual, os interlocutores que as fazer juntamente ao Ven Mestre já são os responsáveis por cada um dos Graus em questão.

Agora lhe pergunto: a que se refere o Ritual com termo "instruções"? Pergunto porque algumas Lojas tem o costume de ministrar uma espécie de grupos de estudo com orientações externas ao templo e à ritualística abordando assuntos inerentes a simbologia e outras questões pertinentes ao desenvolvimento da caminhada maçônica. Estes momentos são, também, monitorados/coordenados pelos Irmãos Vigilantes, geralmente.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Não resta dúvida que no REAA os instrutores oficiais dos Companheiros e dos Aprendizes são os IIr 1º e 2º Vigilantes, respectivamente, cabendo a cada um deles ministrar as instruções contidas nos Rituais vigentes, orientar a confecção de peças de arquitetura, elaborar instruções e sabatinas, pedir aumento de salário para os seus instruídos, etc., sempre em consonância com a Comissão de Admissão e Graus da Loja.

Obviamente que outras instruções, além daquelas previstas nos rituais, também podem ser ministradas por outros Mestres quando designados pelo Venerável Mestre e sob a coordenação dos respectivos Vigilantes instrutores, observando-se que estas instruções estejam sempre em conformidade com a estrutura doutrinária adotada pela Obediência, no nosso caso, no GOB.

É importante tomar muito cuidado para que nas discussões extra loja, principalmente aquelas propiciadas por grupos WhatsApp ou similares, não ocorram contradições oriundas de diferenças litúrgicas e ritualísticas que ocorrem entre as diversas Obediências regulares brasileiras. Nesse sentido, vale ressaltar que na Maçonaria Tupiniquim é possível se encontrar rituais diferentes para um mesmo rito, fazendo com que uma mesma instrução seja pertinente à ritualística adotada por uma Obediência e para outra não. Em se observando este sincretismo o Vigilante deve alertar para que o fato não ocorra.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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SET/2025