quarta-feira, 25 de abril de 2018

ROTEIRO DA PALESTRA SOBRE OS PRIMORDIOS DA MAÇONARIA - NO BRASIL E NO PARANÁ


ROTEIRO PARA PALESTRA NA LOJA D. PEDRO II, 1433 – ORIENTE DE GUARATUBA - PR


  1. PRIMEIRA PARTE
BREVE RELATO SOBRE A HISTÓRIA DA MAÇONARIA


a)     Origens e o período operativo;
b)     Período especulativo – declínio das confrarias;
c)     A Moderna Maçonaria – Os Antigos e os Modernos.


  1. SEGUNDA PARTE
PRIMÓRDIOS DA MAÇONARIA NO BRASIL – BREVE RELATO HISTÓRICO

ANTES DA FUNDAÇÃO DO GOB.

a)     1796 - Fundação do Areópago de Itambé – raias da Paraíba com Pernambuco Frade Carmelita Arruda Câmara – não era Loja (ideias libertárias). Ênfase: o Areópago não era uma Loja Maçônica.
b)     1797 – Fundação da Loja Cavaleiros da Luz na Povoação da Barra na Bahia a bordo da Fragata La Preneuse e o Comandante Larchier (há questionamento oriunda da academia francesa de história sobre essa afirmativa – alguns exegetas mencionam que essa fragata nunca esteve em águas territoriais brasileiras...).
c)     1800 – Maçonaria Regular - Fundação da Loja União que em seguida vira Reunião – Rio de Janeiro.
d)     1801 – Instalação no Rio de Janeiro da Loja Reunião sob os auspícios do Grande Oriente da Ilha de France – Monsieur Laurent - (Ilhas Maurício – Oceano Índico – colonização francesa – Rito Moderno).
e)     1802 – Fundação na Bahia da Loja Virtude e Razão (vida efêmera).
f)       1803 – Fundação em Niterói (Grande Oriente Lusitano – Rito Adonhiramita) das Lojas Constância e a Filantropia.
g)     1807 – Ressurge na Bahia a Virtude e Razão Restaurada, seguida pela Humanidade e outras mais... Em Pernambuco surge a Restauração, a Patriotismo e a Guatimozim. Muitas Lojas se espalham pela Bahi
a, Pernambuco e Rio de Janeiro. Conde dos Arcos, inimigo da Maçonaria, inicia perseguição.
h)     1813 – Três Lojas da Bahia e uma do Rio de Janeiro tentam fundar uma Obediência (Grande Oriente Brasileiro). Tentativa frustrada – não progrediu. Alguns autores desapercebidos querem afirmar equivocadamente ter sido esse o primeiro Grande Oriente no Brasil.
i)       1815 – Instalação da Loja Comércio e Artes na Rua Pedreira da Glória, RJ. Essa Loja se manteve independente – não aderiu ao Grande Oriente da França e nem ao Lusitano. Já com intenção de fundar uma Obediência eminentemente brasileira com fins políticos e sociais – Independência do Brasil.
j)       1817 – Eclode a Revolução Pernambucana na intenção de separação de Portugal.
k)     1818 – Em face à Revolução Pernambucana surge o Alvará Imperial de 30/03/1818 proibia o funcionamento das sociedades secretas. As Lojas eram fechadas, inclusive a Comércio e Artes, mas os maçons continuavam a trabalhar as escondidas. Clube da Resistência à Rua da Ajuda, José Joaquim da Rocha.
l)       1821 – Secretamente é reinstalada a Loja Comércio e Artes na Idade do Ouro. Destaque-se o ambiente agitado – sedição das tropas portuguesas, juramento de D. João VI à Constituição Portuguesa, embarque da família real de retorno a Lisboa. Após a reinstalação da Loja Comércio e Artes houve grande número de adesões, sobretudo pelos acontecimentos políticos pré Independência. Fato marcante como o desmembramento da Loja Comércio e Artes, União e Tranquilidade, Esperança de Niterói. Da identificação dessas Lojas surgem as cores do GOB (vermelho, branco e azul).
m)   1822Dia do Fico (09/01/1822) obra puramente maçônica.

DEPOIS DA FUNDAÇÃO DO GOB.

a)     1822 - 17/06/1822 fundação do Grande Oriente Brasílico pelas três Lojas Metropolitanas (cores do GOB). Adotou o rito dos sete graus. Grão-Mestre Bonifácio. Iniciação em Agosto de 1822 do Príncipe Regente – Elevação e Exaltação. Acontecimentos protagonizados por Bonifácio, Ledo e a Prince
sa. Independência do Brasil em 07/09/1822. Em seguida Pedro I passa a ser o Grão-Mestre. Escaramuças entre Ledo e Bonifácio. Fechamento do GOB pelo Grão-Mestre D. Pedro I em 21/10/1822. O Apostolado de Bonifácio. Surgiu em junho de 1822 e foi encerrado 05/07/1823.
b)     1824 – Eclode a Confederação do Equador – Frei Caneca (república e separação do Império). Todos os líderes são enforcados e o maçom Frei Caneca é fuzilado (ninguém quis ser o seu  carrasco).
c)     1830 - Fundação do Grande Oriente do Passeio (Rua do Passeio) e seria instalado em 24/06/1831 por maçons oriundos do GOB.
d)     1831 - Abdicação de D. Pedro I em 07/04/1831.
e)     Reinstalação do Grande Oriente do Brasil em 23/11/1831. A partir daí icorre o fortalecimento do GOB e do Grande Oriente do Passeio com criação de Lojas e mudanças de Obediências entre elas. Exemplo: em 1837 a União Paranaguense instalada no GOB em 12/06/1837.
f)       1832 - Supremo Conselho para o REAA (Montezuma). Mescla de ritos entre o Passeio e o GOB – Rito Moderno e Escocês. Em 1834 aparecem os reguladores para os Ritos Moderno e Escocês.
g)     1839 - Inicia-se o declínio do Passeio – questões políticas, tutoria de Bonifácio e sua prisão, envolvimento de Lojas de ambos os lados, o Passeio começava a perder Lojas.
h)     1841 - Reconhecimento ao GOB do Grande Oriente da França.  Em 1842 caía a constituição de 1839 - por ser mais liberal e atraente trouxe para o GOB muitas Lojas do Passeio (acentuava-se a sua queda). Em 1842 o Grande Oriente do Brasil passava a ocupar o Palácio do Lavradio.
i)       1852 – Extingue-se o Grande Oriente do Passeio e em 1861 o GOB absorve suas Lojas.
j)       1863 – Por questões políticas nas eleições do GOB, aparece a primeira cisão e é provocada por Saldanha Marinho, afastamento de mais de 1500 maçons. Era criado o Grande Oriente dos Beneditinos, ou do Vale dos Beneditinos, 16/12/1863. A partir daí o GOB ficaria conhecido como o Grande Oriente
do Lavradio enquanto que a dissidência como o Grande Oriente dos Beneditinos. Aparecimento de inúmeras Lojas nos dois Grandes Orientes (atentar para esse fato na fundação das Lojas especialmente no Paraná). Em 1872 o Grande Oriente de Saldanha Marinho também ficaria conhecido como Grande Oriente Unido.
k)     1883 – Em 18/11/1883 o Grande Oriente Unido funde-se como o Grande Oriente do Brasil (que mantém o seu nome). Grande articulador foi o Grão-Mestre do GOB – Francisco Cardoso Junior (mais tarde se fixaria no Paraná como primeiro presidente do Estado pós-proclamação da república).
COMENTÁRIOS A PARTE.
l)       1927 – Cisão do Grande Oriente do Brasil por Mário Marinho Béhring e a criação das Grandes Lojas Estaduais Brasileiras (CMSB).
m)   1973 – Cisão no Grande Oriente do Brasil – Athos Vieira de Andrade e no Paraná Enoc Vieira dos Santos, a criação dos Grandes Orientes Independentes (COMAB).

  1. TERCEIRA PARTE
PRIMÓRDIOS DA MAÇ\ PARANAENSE – BREVE RELATO HISTÓRICO.
A PARTIR DE 1837 COM A FUNDAÇÃO DA PRIMEIRA LOJA NO PARANÁ.

3.1.          Aspectos que merecem atenção

a)     Reinstalação do Grande Oriente do Brasil em 23/11/1831 (José Bonifácio).
b)     Instalação do Grande Oriente Brasileiro – Passeio 24/06/1831.
c)     Grande Oriente Brasileiro – Passeio. Encerra as suas atividades em 1852.
d)     Grande Oriente Beneditinos inicia suas atividades em 16/12/1863. Em 1872 passa a se denominar Grande Oriente Unido e em 18/11/1883 funde-se com o GOB.
e)     Durante a existência da primeira cisão as Obediências ficaram conhecidas com Grande Oriente dos Beneditinos, depois Unido e o GOB como o do Lavradio.
f)       19/12/1853 desmembramento da 5ª Comarca, depois 10ª de São Paulo e instalada a Província do Paraná.
g)     15/11/1889 – Proclamação da República.

3.2.          CRONOLOGIA DAS PRIMEIRAS LOJAS NO PARANÁ.

a)     1837Loja União Paranaguense. Fundada na Vila de Paranaguá (ainda na 5ª Comarca de São Paulo) em 21/03/1837, cadastro 38 do GOB. Praticou o REAA e foi instalada em 12/06/1837. Principais fundadores foram: José Joaquim da Cunha Viana, Manoel Antonio Pereira Filho e Manoel Francisco Correia Junior. Construiu seu templo na Rua da Misericórdia, hoje Rua José Leocádio. Funcionou por 11 anos, até 1848, adormecendo em seguida.
b)     1845Loja Fraternidade Corytibana. Fundada na Vila de Curitiba (ainda na 5ª Comarca de São Paulo) em 01/04/1845, cadastro 75 do GOB. Praticou o REAA e foi instalada em 15/09/1846. Por preconceitos
religiosos e perseguições numa cidade que não contava com mais de 10.000 habitantes, funcionou por 16 anos e em 1861 abateu colunas.
c)     1847Loja Conciliação Morreteana. Fundada na Vila de Morretes (ainda na 5ª Comarca de São Paulo) em 15/06/1847, cadastro 81 do GOB. Praticou o REAA. Não tenho a data da sua instalação. Dadas as dificuldades da época, funcionou por 14 anos e foi dada como adormecida também em 1861.
d)     1850Loja Candura Coritybana. Essa Loja não possui registro da sua fundação e há probabilidade de que tenha sido fundada no início da década de 50 do século XIX. Segundo o historiador maçom Francisco Negrão (Loja Fraternidade Paranaense) em artigo publicado em 1932 sobre a Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, nele menciona que membros de uma Loja Maçônica denominada Candura Coritybana, em sessão realizada em 07/11//1855 resolveram oferecer à Santa Casa o prédio do seu Templo à Rua Direita (atualmente Rua 13 de Maio), bem como os móveis, demais bens e numerário. Provavelmente porque a Loja resolveu encerrar as suas atividades. Consta que a Irmandade da Santa Casa resolveu aceitar a oferta. Pela falta de registro não há como se apurar a qual Potência essa Loja pertenceu (GOB ou PASSEIO). O único registro é que um Irmão de origem alemã pertenceu a essa Loja. Esse irmão, de nome Theodor Paul Gaspar era hoteleiro e residente em Curitiba (conforme Hercule Spoladore). É bastante provável que essa Loja tenha sido constituída por Irmãos estrangeiros que fundaram a Loja, mas não se submeteram a nenhuma Obediência. De retorno aos seus países de origem, doaram o patrimônio à Santa Casa de Misericórdia de Curitiba.
e)     1859Loja Fraternidade Paranaguese. Fundada em 1859 em Paranaguá (após a Instalação da Província do Paraná [1853]) e recebeu a Carta Constitutiva em 01/02/1860 do GOB (LAVRADIO), cadastro nº 137. Fundada por Irmãos que pertenceram à extinta Loja União Paranaguese. Permaneceu em atividade no REAA até 1861 quando Saldanha Marinho se tornou dissidente do GOB com o Grande Oriente do Vale dos BENEDITINOS, a Loja passou por problemas internos e acabou adormecendo 2 anos após a sua fundação.
f)       1864Loja Perseverança de Paranaguá – Fundada no período provincial por 19 Irmãos remanescentes das duas Lojas anteriores em 05/05/1864. Recebeu a Carta Constitutiva no REAA em 14/06/1864 do Grande Oriente dos Beneditinos (Saldanha Marinho). Quando ela foi incorporada ao GOB ela recebeu o cadastro 159. Foi a Loja mais importante no período da Província no Paraná. Em 1867 iniciou o movimento abolicionista comprando alforria para os escravos e promovendo campanhas contra a escravidão. No Paraná foi a primeira Loja que se decidiu pela compra de alforria de filhas de escravos. Em 1877 recebeu do Grande Oriente dos Beneditinos (Unido) a Carta Capitular. Em 1887 todos o quadro da Loja foi fundador do Clu
be Republicano. Em 1891 já incorporada ao GOB recebeu o título de Brande Benemérita assinado pelo Grão-Mestre Deodoro da Fonseca. Em 21 de janeiro de 1922 um incêndio consumiu as suas dependências quando se perdeu preciosa documentação. Salvou-se, dentre alguns, a primeira ata por estar fora das dependências do prédio sinistrado. A Loja Perseverança encontra-se até hoje em franca atividade na Cidade de Paranaguá.
g)     1869Loja Estrela de Antonina. Fundada na Vila de Antonina na Província do Paraná, sob os auspícios do Grande Oriente do Vale dos Beneditinos (Unido) em13/04/1869 no REAA. Adormeceu em 1876 e foi reerguida, agora pelo GOB, em 1899 que recebeu deste o cadastro nº 190. Cessou novamente os seus trabalhos no ano de 1907 e voltou aos trabalhos em 1911. Durante a Primeira Grande Guerra abateu colunas novamente, sendo novamente reerguida pelo GOB em 23/07/1921 e permanece em atividade até hoje. Em 1º de junho recebeu a sua Carta Capitular. Em 1973 por ocasião da cisão no GOB se tornou dissidente e transferiu-se para o Grande Oriente do Paraná (Independente) da COMAB.
h)     1871Loja Modéstia – Fundada em Morretes sob os auspícios do Grande Oriente dos Beneditinos, em 22/06/1871. Teve a Carta Constitutiva em 12/10/1871 e regularizada em 27/12/1871 no Rito Adonhiramita (primeira Loja do Paraná nesse rito). Em 20/10/1872 recebeu a sua carta Capitular Noachita. Em 07/10/1898 tendo como Venerável o Irmão Rômulo José Pereira a Loja aprovou a mudança do Grande Capítulo Noaquita para o REAA. Em 23/06/1900 recebe o título de Benemérita por serviços prestados, sendo Venerável o Irmão Heráclito Gomes, tendo o quadro na ocasião o número de 98 obreiros que trabalhavam em Templo próprio à Rua dos Mineiros (atualmente Santos Dumont). A Loja acabou adormecendo definitivamente no ano de 1939 na questão Getúlio Vargas quando do início da Segunda Grande Guerra. A Loja doou suas dependências ao Hospital de Morretes e alguns dos seus documentos
e alfaias encontram-se sob a guarda da Loja Cardoso Júnior em Curitiba. A Loja Modéstia iniciou o padre Vicente Guadinieri o que lhe custou uma punição das autoridades eclesiásticas e foi transferido de Morretes para Palmeira onde, após ter abandonado as vestes sacerdotais, veio a pertencer ao quadro da Loja Conceição Palmeirense.
i)       1872Loja Philantropia Guarapuavana. Na fundação dessa Loja existe uma questão contraditória. Segundo a Loja, ela teria sido fundada em 28/08/1851 por existir um livro (em poder da Loja) que contém um registro de obreiros – essa é uma questão afirmada pela Loja. Segundo o Irmão Kurt Prober (em quem eu prefiro acreditar) ela realmente teria sido fundada em 1872 no Grande Oriente Unido (Beneditinos) e recebeu sua carta constitutiva no REAA em 16/12/1872. Essa Loja veio definitivamente ao GOB após o ano de 1883 (fusão dos Beneditinos com o Lavradio). Realmente, antes dessa data não há documentação alguma que comprove a sua regularização no GOB. Entendo que devido à documentação primária no GOB, a Loja tem que ser considerada apenas a partir de 1872, já que o documento que menciona o ano de 1851 é de poder da Loja e não está registrado no GOB. Indubitavelmente em 1851 existiam atividades de maçons que pertenciam à elite campeira na cidade de Guarapuava o que pode ter havido inciativa para se fundar uma Loja, todavia ela não aparece nos registros oficiais, senão após 1872. Destaquem-se as atividades dos caminhos que vinham do sul para Campinas e vice-versa.

A partir daí outras Lojas seriam fundadas até a Proclamação da República, sobretudo no Grande Oriente do Vale dos Beneditinos (Unido), cuja Obediência dissidente de Saldanha Marinho se extinguiria em 1883 tendo as suas Lojas sido absorvidas pelo GOB.
Até a Proclamação da República, no Estado do Paraná, menciona-se ainda:
a) Loja 27 de Dezembro – REAA, fundada em Curitiba à 27/12/1873;
b) Loja Estrela do Paraná – REAA, fundada em Ponta Grossa à 12/09/1874;
c) Loja Virtude de Campo Largo – REAA, regularizada em Campo Largo à 12/12/1874;
d) Loja Santo Antonio da Lapa – REAA, regularizada na Lapa à 18/03/1875;
e) Loja Apóstolo da Caridade – REAA, fundada em Curitiba à 05/11/1875;
f) Loja Concórdia IV – REAA, fundada em Curitiba na língua alemã em 24/01/1877.
As demais do Século XIX seriam fundadas após a Proclamação da República. Seu rol pode ser consultado na obra de autoria do Irmão Hercule Spoladore – História da Maçonaria Paranaense no Século XIX, assim como na obra do Irmão Kurt Prober em Achegas para a História da Maçonaria Paranaense.

  1. QUARTE PARTE
APONTAMENTOS SOBRE A LOJA D. PEDRO II

Sobre a Loja, o que se pode apurar nesse curto espaço de tempo é consta no livro “Achegas para a História da Maçonaria” de autoria do saudoso Irmão Kurt Prober, sem dúvida um dos autores mais autênticos e que possuiu, senão a maior, uma das maiores bibliotecas particulares sobre a Maçonaria Brasileira, o seguinte:
- na página 99 no índice das Lojas, página 89 consta como Loja dissidente da Grande Loja e teve a sua fundação em 07/06/1954 (minha observação – fundada ou instalada?).
- Ainda no mesmo livro à página 48, consta o seguinte:
“ Quase simultaneamente ainda se fundaram em 1954 mais quatro lojas no Paraná, que, todas elas tiveram o seu Breve Constitutivo aprovado na mesma Sessão do Conselho Federal da Ordem do Grande Oriente do Brasil em 10/01/1955. 1) A primeira deve ter sido a Loja Dom Pedro II, no Oriente de Guaratuba, que teve o seu funcionamento provisório autorizado por Ato nº 6 de 07/06/1954 do Grande Oriente do Paraná, e que recebeu o seu Breve Constitutivo, Cadastro nº 1433, que foi fornecido por protocolo nº 104.479, em maio de 1955 para o REAA. Essa Oficina recebeu pouco tempo depois um terreno da Prefeitura Municipal de Guaratuba em que chegou a lançar “Pedra Fundamental”, entretanto, os seus trabalhos nunca chegaram a ser “regularizados” pelo GOB, nunca tendo funcionado legitimamente. Teve vida efêmera. Como Fenix das cinzas, porém, repentinamente reapareceu como Loja Dom Pedro II nº 19, sob a jurisdição da Grande Loja do Paraná, tendo como data de fundação 23/04/1966, certamente a data em que foi reerguida (veja nota adicional à página 95)....”
Ainda na mesma página:
“Novamente adormeceu, e já em março de 1971 Enoch Vieira dos Santos, Grão Mestre do Grande Oriente do Paraná estava fazendo força para reergue-la, mas pelo jeito, cozinhou em água morna, só a reinstalando após a Dissidência, onde agora parecia vivinha, tendo como endereço a Prefeitura Municipal, ex-dona do terreno. De passagem se diga que D. Pedro II não foi maçom”.
Por fim, na página 95 in NOTAS ADICIONAIS DE ÚLTIMA HORA, consta:
“Loja Dom Pedro II de Guaratuba. Consta que em 1974 o Grande Oriente Dissidente (Grande Oriente do Paraná) conseguiu reerguer as colunas dessa Oficina, e ... ‘que na segunda metade deste ano o Irmão Plínio Teixeira estava desenvolvendo os trabalhos iniciais...’. Tornara-se Venerável da Loja o Irmão Diógenes Caetano dos Santos (prefeito local). Por isso certamente o endereço da Loja no Anuário do Colégio de 1976 era: Prefeitura Municipal”.

                                                                                   ROTEIRO - Pedro Juk – 23/04/2018



BIBLIOGRAFIA CONSULTADA.
Achegas para História da Maçonaria Paranaense – Kurt Prober –
História da Maçonaria Paranaense no Século XIX – Hercule Spoladore.
Os Maçons na Independência do Brasil – José Castellani.
História do Grande Oriente do Brasil – José Castellani e William Almeida de Carvalho.


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