Em 09/07/2019 o Respeitável Irmão Hugo Schirmer, Loja
Honra e Verdade, 439, Rito Adonhiramita (13 Graus), GORGS (COMAB), Oriente de
Santa Maria, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão
relacionada ao REAA.
CHAMA VOTIVA? VELA ACESA? NO REAA?
A questão nada a ver com o Rito acima referido.
Faço parte de uma Loja de Pesquisa, aqui do Oriente, que diz trabalhar
no REAA (Vermelho) GORGS/COMAB.
A questão é a seguinte:
1.
Existe ou não chama a dita “Chama Votiva”
no REAA, seja ele do GOB\, GG\LL\ ou GG\OOr\ IInd\?
2.
Lembro que antigamente havia a chamada
ou dita “votiva”, sobre a porta de entrada do Templo;
3.
Hoje ela voltou em forma de uma vela
ao lado Altar dos Juramentos!!!???
4.
O que está certo?
Esclareço que estou filiado na Loja Adonhiramita. Quanto a Loja de
Pesquisa estou por detalhe e continuo a frequentar, sabendo que ela escolheu o
Rito, mas as reuniões são só administrativas e nunca ritualística.
CONSIDERAÇÕES.
- Chama votiva - em que pese terem existido rituais
no passado com esse anacronismo, a tal “chama votiva” nunca fez parte da
doutrina do REAA. Isso pode ser constatado em se verificando os Painéis da
Loja do Rito (originais e sem deturpação).
Há que se mencionar
que não cabe na Maçonaria esse tipo de conceito já que o adjetivo “votivo”
menciona algo relativo a voto; ofertado em cumprimento de voto ou promessa. Assim,
reitera-se que esses entendimentos, de modo geral, não fazem parte da doutrina
da verdadeira Maçonaria, pois, como um centro de união e harmonia entre os
homens, ela não pode trazer conceitos de credos ou religiões que possam caber
para uns e não para outros.
- Luz sobre a porta - é, muitas Lojas traziam
essa invenção. Algumas pelo lado de fora da parta, outras pelo lado de
dentro e algumas até no oriente. Trágico para não dizer burlesco, não raras
vezes a tal luz votiva se caracterizava por uma lâmpada vermelha que mais
parecia com outra coisa – que é melhor nem comentar. Alegavam alguns que
essa lâmpada não poderia ser apagada nunca, pois representava o “Criador”.
Sem dúvida uma comparação de muito mal gosto e péssimo exemplo.
- Vela acesa - essa chama acesa no Altar dos
Juramentos, ou no dos Perfumes (algumas vezes) é outro anacronismo e não
faz nenhum sentido para a doutrina do REAA. Poderia ser um desrespeito com
a fé de outrem manter uma chama acesa como representação do “Criador” ou
mesmo com a finalidade de voto ou promessa.
- O certo é o quê? É a inexistência desse tipo
de símbolo (votivo), especialmente porque a representação conciliatória do
Grande Arquiteto do Universo já se apresenta na Loja de modo único e conciliatório.
A presença do Divino é muito bem representada pelo Delta Radiante, cujo
qual pode trazer no seu interior o Tetragrama hebraico, ou mesmo só a letra
IÔD, ou ainda trazendo na sua parte interna o Olho Que Tudo Vê – concepções,
teísta ou deísta respectivamente.
Concluindo, “chama ou luz votiva” não é parte do
corolário simbólico do verdadeiro REAA. De modo geral, cabe ao maçom
compreender que a Maçonaria não é um palco para proselitismos religiosos. A
Ordem Maçônica sustenta que todo o maçom deve respeitar e praticar a sua
religião, porém no espaço dos seus templos religiosos. De modo geral a Sublime
Instituição reafirma que todo o sectarismo religioso é incompatível com a
universalidade maçônica. Afinal, a Maçonaria não é uma religião.
T.F.A.
PEDRO JUK
OUT/2019
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