Em 10/07/2019 o Respeitável Irmão Rodolpho Guimarães
Salles, sem mencionar nome da Loja, Rito, Obediência, Oriente e Estado da
Federação solicita esclarecimento para o que segue:
VIGILANTE SUBSTITUTO
Para o
Primeiro Vigilante substituir o Venerável Mestre, ele precisa ser Mestre
Instala
do? Encontro essa resposta em algum Regulamento ou Manual Ritualístico?
CONSIDERAÇÕES.
Existem costumes na Maçonaria que são imemoriais,
espontâneos e universalmente aceitos. Em síntese, não precisam estar escritos.
A questão é muito mais de tradição do que propriamente escritos em regulamentos
de Obediências.
Muito mais antigo que o ato de instalar o Mestre na
cadeira da Loja, é o Landmark de que uma Loja é dirigida por três Luzes e que o
substituto imediato do Mestre da Loja é o Primeiro Vigilante.
É na Moderna Maçonaria (especulativa) que o costume de se
Instalar o Venerável Mestre no trono aparece, sendo original na Maçonaria
Anglo-Saxônica, embora esse costume viesse mais tarde, inadequadamente a se
espalhar por Ritos que não possuem essa tradição.
De qualquer modo, aqui no Brasil a prática de Instalação
se tornou consuetudinária nas três Obediências regulares, inclusive em ritos
que originalmente não possuam Instalação.
Infelizmente, pela inexistência de informação sobre o
Rito e Obediência, a resposta pode não sair a contento.
Assim, de modo genérico, eu poderia lhe informar que no
Craft (Rito de York aqui no Brasil) exige-se que o substituto do Venerável seja
um Mestre Instalado.
Já nos Ritos de vertente francesa, como é o caso do REAA,
essa não é uma exigência, desde que a substituição seja precária e não em
definitiva para o mandato. Nessas circunstâncias deve haver eleição para
empossar o novo Venerável Mestre.
Cabe esclarecer que na França, verdadeiramente Instalação
significa simplesmente posse e o Venerável que deixa o cargo é o Ex-Venerável.
Originalmente, a Maçonaria Francesa desconhece (ou pelo menos deveria
desconhecer) o título de Mestre Instalado. Entretanto, é bem verdade que em
território francês, lá nos meados do século XX, muito possível que por motivos
de reconhecimento, a Grande Loja Nacional Francesa, às turras com a Grande Loja
da França, acabou abrindo as portas para um costume não original - em linhas
gerais, o de instalação à moda inglesa em ritos franceses.
PEDRO
JUK
OUT/2019
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