Em 11.06.2020 o Irmão Antônio Sávio Santana Dionizio, Companheiro Maçom da Loja Piauhytinga, 1.521, REAA, GOB-SE, Oriente de Estância, Estado de Sergipe, apresenta o que segue:
EXPLICAÇÕES SOBRE O PAINEL DE MESTRE
Estou fazendo pesquisas pra exaltar
ao Grau de Mestre, acompanho o seu blog sobre maçonaria e já foi muito útil em
minha caminhada, desta vez venho através dessa mensagem pedir ajuda no tema
“SIMBOLISMO EXISTENTE NO PAINEL DO GRAU E NO PAINEL DO RITO”, preciso de
explicações mais suscitas sobre o tema para que eu possa prosseguir no meu
trabalho e alcançar o Grau de Mestre.
CONSIDERAÇÕES.
O Painel da Loja de Mestre encerra todo o simbolismo que cerca a Grande Iniciação,
cujo cerimonial ocorre com a cerimônia de Exaltação ao sublime grau de Mestre
Maçom do REAA, à última etapa do simbolismo na jornada iniciática que conduz à
plenitude maçônica.
No caso do REAA, rito de origem francesa, é preciso ter cautela quanto a
interpretação do Painel do Terceiro Grau, pois por muito tempo boa parte dos
rituais brasileiros traziam (alguns ainda trazem) um painel da Maçonaria
anglo-saxônica no escocesismo, o que acabava causando alguns paradoxos no trato
com a doutrina e a explicação dessa alegoria. O ritual do GOB em vigência, nele
à página 86, está o painel correto para o REAA. Vale repetir que existe
diferença no conteúdo simbólico entre os Painéis franceses e as Tábuas d
e Delinear inglesas. Cada conteúdo é pertinente à lenda e a forma de como ela é contada e representada.
Por óbvio que o conteúdo dos símbolos se associa à m∴ e a ressur∴ tal como ela é contada na Lenda de H∴ A∴. Em linhas gerais a finitude da vida fica evidente pelos eembl∴ da mort∴. O conteúdo do quadro deve coincidir
com a narrativa, daí a razão pela qual se deve respeitar a originalidade de
cada Rito.
Nesse caso, o Painel do REAA, rito de origem francesa, é exatamente o Painel
que está presente no Ritual do GOB como aqui já mencionado.
Nele, o esq∴ simb∴ menciona o assas∴ do Arq∴, destacando as suas influências deístas de um rito solar (francês), onde
o personagem H∴ é apresentado como o Sol que alegoricamente é golpeado uma vez por ano,
pelos três meses do inverno, o que faz com que a Terra dele fique, por um
período, a sua viúva – inverno, menos luz e os ff∴ da v∴.
Indisfarçavelmente esse conjunto emblemático foi decalcado nos cultos
solares da antiguidade (vide essa história). A título de ilustração, lembro que
o Grau de Mestre é recente na história da Maçonaria. Ele foi criado como grau especulativo
apenas em 1725. O antigo Mestre não era “grau”, porém um cargo profissional
denominado Companheiro do Oficio onde geralmente o mais experiente é que era
conduzido ao “cargo” de Mestre (o dono ou o dirigente) da corporação
profissional na primitiva Maçonaria de Ofício, ou Operativa.
No intuito de auxiliar nas suas pesquisas, destaco que a Lenda d 3º Grau
somente veio aparecer depois da criação do Grau de Mestre. Para as devidas adaptações
para o então Grau recém-criado no século XVIII na Inglaterra, a Lenda Hirâmica muito
provavelmente foi adaptada de uma Lenda Noaquita (Noé e seus três filhos) onde
H∴ acabaria se tornando o personagem
principal. Isso pode ser constatado no T∴ do M∴ pelos C∴ PP∴ PP∴ do Mestrado da atualidade, cujo costume fora haurido do cargo de Companheiro
operativo, já que esses C∴ PP∴ PP∴ eram primitivamente utilizados numa Lenda Noaquita e eram conhecidos
como os C∴ PP∴ PP∴ do Companheirismo.
Uma das particularidades do Painel original do REAA é trazer o túm∴ simb∴ como que em relevo e coberto por uma mort∴ negra e decorada por duas faixas que se cruzam perpendicularmente – uma
longitudinal e outra transversal.
Provavelmente essas faixas (linhas) ali estão como referências da
passagem do Sol pela abóbada na sua aparente revolução anual. Não à toa que os
pp∴ que compõem a Marcha do 3º Grau
simulam o movimento ilusório do ir e voltar do astro rei de um para outro
hemisfério produzindo os equinócios e solstícios de verão e inverno. A bem da
verdade a Lenda de H∴ A∴, contada e representada nas cerimônias maçônicas traz “esotericamente”,
para alguns ritos, explicações relacionadas a essa alegoria solar.
Devo ainda lembrar que esse conjunto emblemático é lendário e têm como
principal objetivo aplicar lições de moral, ética e sociabilidade. O maçom não
deve olhar para essa representação lendária como uma matéria da academia da
História, pois ela é apenas e tão somente um conto em que o personagem
principal nos incita a compreender que a “Luz” do esclarecimento jamais
sucumbirá perante as trevas da ignorância.
Ao concluir saliento que é imperativo o maçom compreender o que esse Painel
e a sua exposição lendária representam para a passagem e transição do Mestre no
momento da sua ressurreição a caminho do Oriente.
T.F.A.
PEDRO JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
MAIO/2021
Saudações em MB, mestre se possível cite algumas informações no tocante ao alfabeto maçônico que está escrito no painel do grau. TFA
ResponderExcluirNa medida do possível. Obrigado pela visita.
ExcluirAinda, se possível, corroboro o pedido para solucionar o porque dos alfabetos inscritos no painel. Parabéns.
ResponderExcluirDevido ao ecletismo maçônico, e principalmente a influência hebraica em alguns ritos, especialmente o REAA, nada a estranhar essas referências no vernáculo hebraico, já que a própria lenda tem sua estrutura montada na construção do 1º Templo de Jerusalém. Só esse contexto já explica a influência hebraica (hibri - o povo do lado de lá do Rio Eufrates. T.F.A.
ExcluirPara mim o painel do REAA francés e o do caixao, com as letras do alfabeto maconico. Esse e do inglés. Correto ? TAF:.
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