sábado, 30 de dezembro de 2023

LOJA EM PENUMBRA DURANTE A COLETA

Em 17.08.2023 o Respeitável Irmão Fabiano Penforte Cestari, Loja União Humanitária Central, REAA, GOB, Oriente de Estrela do Sul, Estado de Minas Gerais, apresenta a dúvida seguinte:

 

LOJA EM PENUMBRA

 

Segue minha Dúvida. Pelas Lojas do Grande Oriente do Brasil, na hora do saco de Proposta e Informação e de Beneficência, não se apagam as luzes laterais do Norte e do Sul; No nosso Ritual não achei menção que proibisse tal feito; Gostaria de saber onde prevê tal proibição, pois na hora em que o saco de beneficência circula na loja e momento de reflexão e caridade em doar aquilo que desejamos ajudar e ser ajudado; No ritual fala "Nos trabalhos litúrgicos, em qualquer Sessão é proibida a inclusão de cerimônias, palavras, expressões, atos, procedimentos ou permissões que aqui não constem ou não estejam previstos.

Verificando o ritual dentre outras Leis não achei nenhuma menção sobre se pode fazer ou não; Diante desta dúvida peço que me esclareça se posso efetuar tal procedimento.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

                 Veja, pelo simples fato dessa prática não estar prevista no ritual em vigência e nem no SOR - Sistema de Orientação Ritualística oficial do GOB (Decreto 1784/2019), já é suficiente para se entender que ela não existe na liturgia do rito em questão.

Também seria improcedente que escrevêssemos no ritual aprovado tudo aquilo que não se pode fazer. Ora, o que não estiver previsto, simplesmente não se pratica.

Vale mencionar que originariamente o REAA não contempla procedimentos desse tipo, sobretudo no coletivo, onde não devemos impor convicções particulares, pois elas
são de caráter particular.

Assim sendo, não existe nenhum momento de meditação nem de reflexão por ocasião do giro das bolsas, até porque, como já comentado, nem mesmo elas estão previstas.

Em resumo, não há o apagar de luzes para deixar o ambiente em penumbra durante o giro das bolsas.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2023

 

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

JANELAS (ABERTURAS) NO PAINEL - REAA

Em 16.08.2023 o Companheiro Maçom Gabriel Monteiro de Araújo, Loja Fraternidade Acadêmica Guarulhos, 3253, REAA, GOB-SP, Oriente de Guarulhos, Estado de São Paulo, apresenta a questão seguinte:

 

JANELAS NO PAINEL

 

Com relação às janelas representadas no painel de Companheiros, a dúvida que possuo é que no painel de Companheiro ela está deslocada para o sudeste, com relação ao do Aprendiz que está bem centralizada, gostaria de saber se existe algo que justifique, se existe uma simbologia nessa posição.

 

CONSIDERAÇÕES

 

                     Com respeito a sua questão, de fato não existe nada em especial nessa distribuição dos símbolos. Tanto no Painel do Aprendiz como no do Companheiro, as aberturas (janelas) precisam estar distribuídas de tal modo que uma fique na banda oriental, outra na banda Sul e a outra na banda ocidental. Não carece que a abertura do Sul (meio-dia) esteja equidistante da do Oriente e da do Ocidente. Ela precisa de fato é estar deslocada para a região Sul.

Essa alegoria, no REAA - um rito nascido no Hemisfério Norte – menciona que na mecânica celeste, sob o ponto de vista do Norte para o Sul, o deslocamento aparente do Sol na sua eclíptica passa pelo Sul, ou seja, por onde ele atinge a sua declinação máxima nas regiões meridionais.

Isso posto, as três janelas (aberturas) presentes nos Painéis de Aprendiz e Companheiro representam a marcha diária aparente do Sol (aurora, meio-dia e ocaso). As aberturas ficam na banda Sul dos painéis porque o ponto te vista é do Norte para o Sul, com isso o deslocamento do Sol parece ocorrer por sobre a banda meridional da Terra.

Graças a essa alegoria astronômica, herdada dos cultos solares da antiguidade, geralmente construídos por civilizações nativas do hemisfério Norte, é que o Sul também ficou conhecido como “meio-dia”, por ser uma região aparentemente mais iluminada.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2023

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

MESTRE DE CERIMÔNIAS - POSTURA COM O BASTÃO. ANDANDO E PARADO

Em 14.08.2023 o Respeitável Irmão Esdron Guimarães, Loja Alferes Tiradentes, 1680, REAA, GOB-ES, Oriente de Vila Velha, Estado do Espírito Santo, apresenta a dúvida seguinte:

 

POSTURA COM O BASTÃO E ORDEM DE ABORDAGEM

 

Gostaria que o irmão me tirasse essas duas dúvidas:

1) No grau de Mestre, nos graus 02 e 03 na abertura do Livro da Lei, o irmão Mestre de Cerimônias põe seu bastão repousado no solo;

2) Por que por ocasião da coleta do Tronco de Beneficência, o irmão Tesoureiro não consta, como prioridade, nessa coleta, figurando, Ven, 1 e 2 vigilante, Orador, Secretário e Cobridor Interno etc, sendo ele eleito como os demais.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Não só nos graus 2 e 3, mas nos 3 graus (Aprendiz, Companheiro e Mestre), o Mestre de Cerimônias, estando em pé e parado portando o bastão, deve manter o mesmo apoiado no chão. Já, em deslocamento o titular o levanta aproximadamente 15 cm do piso para que a sua base não arraste no chão. Essa é apenas uma postura prática e de normatização, portanto nada há de iniciático ou emblemático nesse procedimento.

A vista disso, o M de CCer deve sempre empunhar o bastão com a mão direita pela sua porção mediana, tendo o respectivo braço e cotovelo encostados no lado direito do tronco. Nessa condição, o titular conserva o objeto na vertical com o antebraço voltado para frente.

Estando o titular parado, o bastão fica apoiado no chão. Em deslocamento deve levantá-lo um pouco para que o mesmo não arraste no chão. Reitero, isso é apenas uma questão de lógica, portanto nada há de iniciático. Místico ou oculto em se apoiar ou não o bastão no chão.

No tocante ao giro para coleta do Tronco, conforme prevê o SOR, a ordem de abordagem é: primeiro as Luzes da Loja (Venerável, 1º e 2º Vigilantes respectivamente), em seguida o Orador, o Secretário, e o Cobridor Interno. Esses são no REAA os seis primeiros cargos que, somados ao M de CCer perfazem o número mínimo de sete Mestres necessários para se abrir a Loja.

Quanto aos cargos de Tesoureiro e Chanceler, os mesmos são cargos eletivos e não fazem parte dos seis primeiros cargos consagrados que devem ser abordados durante o giro no Rito em questão.

No caso do Tronco, segundo o ritual em vigência, o Tesoureiro é quem confere e recebe o produto da coleta, creditando-o em seguida à Hospitalaria da Loja. Isso, por sua vez, nada tem a ver com a ordem de abordagem que ocorre no giro.

Dúvidas nesse sentido, consulte também o SOR, Sistema de Orientação Ritualística, que é o mecanismo oficial de orientação ritualística do GOB, então criado pelo Decreto 1784/2019 para ser aplicado sobre os rituais em vigência. O SOR se encontra hospedado na página oficial do GOB e foi publicado no Boletim nº 31 de outubro de 2019.

Em meados 2024 novos rituais serão editados e contemplarão todas as orientações e correções previstas no SOR.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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DEZ/2023

sábado, 23 de dezembro de 2023

SUBSTITUTO EMERGENCIAL DO VENERÁVEL MESTRE - REAA

Em 12/08/2023 o Respeitável Irmão Antonio Mancio Lima, Loja Dr. Lima Verde, 1969, REAA, GOB-CE, Oriente de Limoeiro do Norte, Estado do Ceará, apresenta a dúvida seguinte:


SUBSTITUIÇÃO DO VENERÁVEL MESTRE.

 

Poderoso Irmão Pedro Juk SGOR/GOB, meu amado irmão na última sessão ordinária da Loja Dr. lima Verde Oriente de Limoeiro do Norte, surgiu questionamentos quanto ao substituto imediato do Venerável Mestre, pergunto substituto precário do Venerável Mestre é o Primeiro Vigilante e na ausência dos dois quem substitui é o Segundo Vigilante ou o Venerável de Honra?

Este é o questionamento.

Gostaria de levar as devidas orientações na próxima reunião terça-feira dia 15 de agosto.

Fico grato pela atenção.

 

OPINIÃO

 

Veja, se das três Luzes eleitas para dirigir a Loja, duas delas não se fizerem presentes para dirigir os trabalhos, me parece há algo de anormal.

Como não existe clareza sobre esse fato, eu particularmente penso que nesse caso não deveria haver sessão, já que dos três eleitos para dirigir a Loja, dois deles não se fazem presentes. Devo deixar bem claro que essa é apenas a minha opinião.

No caso do REAA, no GOB, nas sessões ordinárias, o previsto é que faltando o Venerável Mestre o seu substituto legal é o 1º Vigilante. Por conseguinte, o 1º Vigilante será substituído pelo 2º Vigilante e o cargo de 2º Vigilante, no Rito em questão, será preenchido pelo 2º Experto.

Nessa conjuntura, vale a pena observar que na legislação em nenhum momento o 2º Vigilante é o substituto do Venerável, senão do 1º Vigilante. A vista disso eu entendo que, faltando dois titulares das Luzes da Loja, os trabalhos não deveriam ser abertos.

No entanto, sabe-se que mesmo faltando orientação de aspecto legal para esse caso, muitas Lojas assim mesmo abrem os seus trabalhos. A vista disso, o mais plausível no caso então seria que faltando o Venerável e o 1º Vigilante, o Mestre Instalado mais recente da Loja assumisse a direção dos trabalhos e o 2º Vigilante ocupando o do lugar do 1º Vigilante. O 2º Experto assumiria o cargo do 2º Vigilante.

Em linhas gerais, vale mencionar que o RGF prevê que conforme o Rito, o 1º Vigilante tem a função de substituir ao Venerável Mestre e o 2º Vigilante a de substituir ao 1º Vigilante.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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DEZ/2023

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

QUEM ENCERRA O LIVRO DE PRESENÇAS DE UMA SESSÃO MAÇÔNICA

Em 08.08.2023 o Respeitável Irmão Alessandro Mota Bastos, Loja Estrela de Davi, 4360, REAA, GOB-SE, Oriente de Aracaju, Estado de Sergipe, apresenta a dúvida seguinte:

 

ENCERRAR O LIVRO DE PRESENÇAS

 

O Grão-Mestre Adjunto estando em Loja, assina o Livro de frequência de obreiros, por último? Estando o Grão-Mestre e o Grão-Mestre Adjunto em Loja, assinam os dois após o Venerável Mestre da Loja?

Gostaria muito que houvesse essa explicação detalhada no SOR, muitos irmãos interpretam
a Constituição equiparando os Grandes Orientes Estaduais a esfera Federal.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

No GOB o RGF é bem claro nessa questão em seu Artigo 116 onde menciona: Compete ao Venerável Mestre, XVI - Encerrar o Livro de Presenças. O Diploma Legal é taxativo quando menciona que quem encerra é o Venerável Mestre, não mencionando nesse mister nenhuma outra autoridade.

No que tange ao SOR – Sistema de Orientação Ritualística oficial do GOB, é preciso que o obreiro consulte cada um dos dispositivos legais vigentes. Repetir o que já se encontra escrito não nos parece muito producente.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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DEZ/2023

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

SESSÃO ORDINÁRIA OU SESSÃO ECONÔMICA

Em 07.08.2023 o Respeitável Irmão Harllen Alves, Loja Deus e Fraternidade, 51, GLMEB (CMSB), REAA, Oriente de Cruz das Almas, Estado da Bahia, apresenta a dúvida seguinte:

 

ECONÔMICA OU ORDINÁRIA

 

Caríssimo Irmão, saudações. Fico sempre com a dúvida sobre chamar as sessões de econômicas. São seria mais indicado tratar como ORDINÁRIAS? Agradeço se puder me esclarecer algo a esse respeito.

 

COMENTÁRIOS

 

No que concerne à Maçonaria e o tipo de sessão, parece que ambos os títulos se adequam, e vai depender de como cada ritual menciona.

No caso da denominação “sessão ordinária”, significa que a reunião se refere às ocorrências comuns, de ordem usual, regular, periódico, etc.

No caso da denominação “sessão econômica”, ela menciona algo
relacionado ao cotidiano (dia a dia), a despeito de que também ela é relativa à economia da Loja no trato com o desenvolvimento e conteúdo moderado da reunião.

A vista disso, nesse contexto vai depender de como especifica o ritual. No meu humilde parecer, vejo que por definição o título "sessão ordinária" ser o mais condizente, pois o título “sessão econômica” também pode ser interpretado como algo ligado às finanças, recursos, condição financeira, etc., o que não é o caso.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

 

domingo, 17 de dezembro de 2023

COLUNETAS E OS VIGILANTES

Em 07.08.2023, o Respeitável Irmão Alvany José Barros, Loja Liberdade, 33, REAA, GLERN (CMSB), Oriente de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, apresenta a dúvida seguinte:

 

COLUNETAS NO REAA

 

Vi o seu trabalho sobre as colunetas no REAA e despertou em mim a vontade de saber sobre o movimento das referidas colunas dos vigilantes na abertura e fechamento dos trabalhos.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Devo mencionar que já escrevi bastante sobre esse tema no meu Blog.

Assim não me resta reafirmar que no REAA verdadeiro não há nenhuma coluneta como elemento ritualístico sobre as mesas dos Vigilantes.

É bem verdade que desafortunadamente há rituais ditos do REAA que trazem esse enxerto, contudo isso não passa de um sincretismo de símbolos que, a bem da verdade, nem mesmo aparecem – no caso – nos painéis verdadeiros do REAA – não são elementos originais pertencentes à decoração do templo do rito em questão.

Colunetas junto aos Vigilantes, tenho incansavelmente falado, são elementos simbólicos pertencentes ao Rito de York no working (Maçonaria Inglesa) e ali elas existem apenas com o intuito de sinalizar se os trabalhos estão abertos, fechados ou suspensos. A vista disso, elas são movimentadas conforme o momento ritualístico.

Salvo melhor juízo, pode-se dizer que iniciaticamente não existe nenhuma outra interpretação envolvendo essas duas colunetas. Vale relatar que elas também nada tem a ver com as colunas representativas à sustentação da moral maçônica (Wisdom, Strenght, Beauty), visíveis na Tábua de Delinear do 1º Grau do Rito de York (inglês)

De forma prática, a única interpretação racional a respeito que eu conheço, é que no Rito de York, quando a coluneta do 1º Vigilante estiver em pé e a do 2º Vigilante deitada, significa que a Loja está trabalhando (força e vigor). Já, de modo inverso, a do 1º Vigilante deitada e a do 2º Vigilante em pé, significa que a Loja se encontra fechada ou em descanso (recreação).

Assim, despido de invencionices e justificativas mirabolantes, certamente não existe nenhuma outra finalidade para essas colunetas no Craft, muito menos no REAA onde originalmente elas nem mesmo fazem parte do seu relicário simbólico. A propósito, o Rito de York é elemento constitutivo da Maçonaria anglo-saxônica (inglesa), enquanto que REAA é componente da Maçonaria latina (francesa).

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

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DEZ/2023