segunda-feira, 28 de agosto de 2017

O BASTÃO E O SINAL

Em 15/06/2017 o Respeitável Irmão Marcelo Gass, Loja Tríplice Aliança, 3.277, REAA, GOB-PR, Oriente de Toledo, Estado do Paraná, pede esclarecimentos.

BASTÃO E O SINAL


Li no seu blog, sobre Sinal e Instrumentos de Trabalho, onde está bem claro de como fazer corretamente. Atendendo ao pedido de alguns Irmãos, minha questão é a seguinte: O Mestre de Cerimônias quando pega ou leva um Irmão ao seu lugar. Exemplo: vai pegar um Irmão Aprendiz para apresentação de uma Peça de Arquitetura entre colunas. Quando o Mestre de Cerimônias chega à Coluna do Norte, ele fica a Rigor, enquanto o Irmão Aprendiz desfaz o Sinal? Essa dúvida ficou entre os Irmãos, pois em nossa Loja, sempre que o Mestre de Cerimônias vai pegar um Irmão, o mesmo faz com o Bastão um movimento como se fosse fazendo o Sinal. Ou seja, passa o Bastão pelo lado esquerdo e traz até o direito, no mesmo momento que Irmão desfaz o Sinal.

CONSIDERAÇÕES.

Isso hoje não existe mais. Houve tempo que a prática de se levar o bastão ao lado esquerdo do corpo em posição de rigor era bastante disseminada, porquanto até nos nossos Manuais de Dinâmica, hoje revogados, essa prática era recomendada.
Hoje em dia, entretanto, não se adota mais essa prática, justamente porque o movimento parecia um Sinal e é sabido que não se usa instrumento de trabalho para com ele fazer Sinal. Do mesmo modo, o Ritual em vigência não prevê esse movimento.
Assim, atualmente estar à rigor com o bastão é simplesmente mantê-lo na vertical apoiado no chão com a mesma postura que se adota ao empunhá-lo em deslocamento, ou seja, com a mão direita, respectivo braço colado no lado direito do corpo tendo o antebraço para frente formando com o braço direito uma esquadria. O bastão, na vertical, vai empunhado pela sua porção mediana. Estando o Mestre de Cerimônias parado o bastão fica com a sua base apoiada no chão (à rigor); em deslocamento, obviamente o portador o levanta suficientemente para que o mesmo não arraste no chão durante o trajeto.
Em síntese, andando ou parado a posição é quase estática, não existindo mais aquele movimento com o braço direito girando em direção do lado esquerdo do corpo e voltando.
Dúvidas a respeito; consulte os Procedimentos Ritualísticos do GOB-PR edição de 2016 (atualizada), qualquer dos volumes para os três graus.
No que diz respeito aos deslocamentos que envolvem a condução de alguém, o Mestre de Cerimônias parado, simplesmente fica à rigor, até porque ele não está saudando ninguém. O seu conduzido ao levantar é que compõe o Sinal ao ficar em pé, já que quem estiver em pé sem empunhar instrumento de trabalho fica à Ordem. Ao iniciar o deslocamento seguindo o seu guia, desfaz imediatamente o Sinal, pois nessa situação, não se anda com o Sinal. A propósito isso não é saudação, senão o cumprimento da regra de compor em pé o Sinal de Ordem e desfazê-lo pela pena simbólica para iniciar um deslocamento. Note que procedimentos podem ser iguais, entretanto nem sempre o objetivo será o mesmo. Compor e desfazer um Sinal não significa que se está irrestritamente saudando alguém.
Concluindo e ratificando a questão do movimento com o bastão, esse hoje em dia não existe mais, pois não se faz nenhum sinal com instrumentos de trabalho.


T.F.A.

PEDRO JUK


AGO/2017.

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