quinta-feira, 13 de junho de 2024

MESTRE INSTALADO - ASSINATURA E O GRAU NO LIVRO DE PRESENÇAS

 O Respeitável Irmão Nicodemos Pinheiro Rodrigues, Loja Liberdade e Justiça, 1712, GOB -CE, Oriente de Crateús, Estado do Ceará, apresenta a dúvida seguinte:

 

ASSINATURAS E O GRAU.

 

Gostaria que me tirasse uma dúvida.

Na assinatura do livro de presença colocamos o CIM e o grau os M I, M M, Comp Maç e Apr Maç.

A dúvida é, Mestre Instalado assina M I ou M M.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

No tocante ao Mestre Instalado, não existe obrigatoriedade para que um Mestre Maçom Instalado tenha que usar a sigla M I após sua assinatura no livro de presenças da Loja.

A despeito de que Mestre Instalado não seja um grau do simbolismo, mas uma categoria especial honorífica (Art. 42 do RGF), menciona a súmula do Decreto 2.085, de 11/06/1968, do Grão-Mestre Geral do GOB, Soberano Ir Álvaro Palmeira:

"Permite (o grifo é meu) aos Mestres usar a sigla de sua Dignidade".

Menciona o Art. Único deste Decreto:

"O Mestre Maçom, que tenha recebido a instrução esotérica de Mestre Instalado, por ter sido eleito Venerável de Loja Simbólica, ou exercido por eleição esse cargo, tem o direito de usar a sigla M I, após o respectivo nome".

Como é possível se notar, em nenhum momento o Decreto 2.085 menciona que Mestre Instalado é um grau, assim como também não obriga, mas permite, ao Mestre Maçom instalado, usar a sigla M I.

À vista disso, o uso do acrograma após a assinatura, é permitido, mas não obrigatório.

Eu, particularmente, não tenho o hábito de usá-la, bastando, no meu entendimento, me identificar como Mestre Maçom.

É bom que se diga que antes de 1968, o GOB não adotava, de modo generalizado, a cerimônia de Instalação esotérica, mas simplesmente empossava o Venerável Mestre.

          A prática de instalação (posse) obedecendo a um ritual esotérico, somente passou a existir no GOB a partir de 1968. Seguindo os critérios da Maçonaria Francesa, de onde o GOB é filho espiritual, os Veneráveis Mestres eram eleitos e simplesmente tomavam posse, sem as formalidades ritualísticas generalizadas que hoje conhecemos.

Nessa conjuntura, vale a pena observar que no Art. Único do Decreto 2085 consta o seguinte trecho: "(...) ou exercido por eleição (o grifo é meu) esse cargo, tem o direito..." Isto implica que foi somente a partir de 1968 que se estabeleceu, de modo generalizado, uma instalação "esotérica" para os eleitos ao cargo de Venerável, podendo, os que anteriormente foram eleitos e apenas empossados, sem a cerimônia ritualística de Instalação, também usar a sigla M I∴.

Concluindo, no GOB, o costume consagrado de uso da sigla após a assinatura no livro de presenças é o seguinte: os Aprendizes usam “Apr Maç”, os Companheiros, “Comp Maç” e os Mestres, “M Maç”. Já o Mestre Maçom Instalado (Ex Venerável Mestre), ao seu critério, pode usar M I.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

JUNHO/2024

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