sábado, 22 de fevereiro de 2025

REAA - TÍTULOS, CONDECORAÇÕES E INGRESSO NO TRONO

Em 06/08/2024 o Respeitável Irmão Luiz Roberto Lopes. Loja Fé e Perseverança, 426, REAA, GOB-SP, Oriente de Jaboticabal, Estado de São Paulo, apresenta as seguintes questões:

 


TÍTULOS E CONDECORAÇÕES E INGRESSO NO TRONO

 

O Irmão com a Condecoração de “Comendador da Ordem D. Pedro I” (Sapientíssimo) tem ou pode sentar no Oriente?

- Justificativa: Apenas no Regimento de Títulos e Condecorações aparece que o Sapientíssimo, após ser recebido na Faixa 5, deve ser conduzido ao Oriente. Entendo não ser ele Autoridade, pois senão seriam também: o Benemérito, o Grande Benemérito, o Estrela da Distinção Maçônica e o da Cruz da Perfeição Maçônica que deveriam sentar no Oriente, pois no Regimento de Títulos e Condecorações, eles também dentro de suas faixas deverão ser conduzidos ao Oriente.

Nas ¨Salvas de Bateria¨ e “Bateria incessante” o Venerável Mestre deve bater com o Malhete?

De que lado do Trono o Venerável Mestre deve ¨entrar¨ e ¨sair?

- Justificativa: Não acho em nenhum lugar uma explicação, apenas no Ritual de Instalação e Posse onde diz taxativamente: o Presidente da Comissão Instaladora conduz o Venerável eleito ao Trono de Salomão pelo lado Sul.

No aguardo das respostas, agradeço ao Irmão por ser a autoridade máxima da Ritualística junto ao GOB.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

- Questão 01 - Vejamos o que menciona o Artigo 219 do RGF: "Art. 219 - O visitante, que seja autoridade maçônica, ou portador de título de recompensa (o grifo é meu) será recebido de conformidade com o Ritual adotado pelo Grande Oriente do Brasil para o Rito que a Loja visitada praticar e será conduzido ao Oriente (o grifo é meu)".

Ainda no Artigo 219, os incisos de I a VI indicam as autoridades e os portadores de títulos, conforme a sua faixa.

Assim, o RGF em seu Artigo 219 é bem claro quando menciona "autoridade ou portador de título de recompensa". Também está claro que serão conduzidos ao Oriente. Desse modo, os portadores de título de recompensa listados nos incisos I a VI do Art. 219 do RGF têm o direito de ocupar lugar no Oriente.

- Questão 02 - Se o Venerável Mestre estiver ocupando o seu lugar na Loja, ele participará da bateria incessante percutindo seu malhete. Todavia, se ele não estiver no seu lugar por estar recebendo uma autoridade na linha da balaustrada, no centro do templo, ou próximo à porta, obviamente ele não participará, nem da bateria incessante, nem de salvas pela bateria. Vale ressaltar que estes procedimentos constam nos novos rituais do REAA (2024), no título “Recepção de Autoridades e Portadores de títulos de Recompensa”.

- Questão 03 – Por convenção, o Venerável Mestre ingressa no trono sempre pelo lado Norte do Altar e dele sai pelo lado Sul. Nada disso tem a ver com a condução do novo Venerável pelo Mestre Instalador na cerimônia de Instalação. Nesse caso, o que houve foi uma adequação para facilitar a ocupação da cadeira de honra da direita do Trono pelo Mestre Instalador, logo após a condução do novo Venerável.

Assim, reitera-se: práticas ritualísticas da cerimônia de Instalação não podem interferir na liturgia das sessões ordinárias ou magnas de Iniciação, Elevação e Exaltação que constam nos respectivos rituais dos graus vigentes.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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FEV/2024

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

USO DA PALAVRA - ORDEM AO SE DIRIGIR À LOJA

Em 06/08/2024 o Respeitável Irmão Roberto Tiefensse, Loja Evolução e Cultura, 4321, GOB-SC, REAA, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, apresenta a questão seguinte:

 

ORDEM AO SE DIRIGIR À LOJA

 

Respeitosamente venho lhe solicitar orientações em relação à saudação no início da Palavra a Bem da Ordem em Geral e do Quando em Particular.

Julgo que a saudação inicial deveria ser na sequência abaixo, isto com os Grão-Mestres presentes:

-Grão-Mestre Geral – GOB

-Grão-Mestre Geral Adjunto – GOB

-Grão-Mestre Estadual - GOB-SC

-Grão-Mestre Estadual Adjunto - GOB-SC

-Ven Mestre;

-Autoridades e Dignidades que ornamentam o Oriente em todos os seus graus e qualidades;

-IIr1º e 2º Vig;

-Meus Respeitáveis, Amados e Queridos IIr.

Porém, tenho observado em minha Loja e em visitas que eu faço o seguinte:

-Ven Mestre;

-IIr 1º e 2º VVig;

-Autoridades e Dignidades que ornamentam o Oriente em todos os seus graus e qualidades;

-Meus Respeitáveis, Amados e Queridos IIr.

Em algumas vezes ocorre o seguinte:

-Ven Mestre;

-IIr1º e 2º VVig;

-Meus Respeitáveis, Amados e Queridos IIr;

-Autoridades e Dignidades que ornamentam o Oriente em todos os seus graus e qualidades.

Sabendo que o Irmão é profundo conhecedor da nossa Ordem solicito, se possível, sua orientação.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Vale a pena mencionar que quando um Ir estiver usando a palavra, no início da sua fala, ao se dirigir à Loja, ele não está saudando ninguém. O que de fato existe é o modo protocolar para se dirigir à Loja – isto não é saudação.

As saudações em Loja estão previstas nas páginas 42/43 do ritual vigente do REAA (edição 2024), onde é mencionado que saudação é feita apenas ao Venerável Mestre quando da entrada e saída do Oriente, e às Luzes da Loja logo após entrada formal, ou ainda, quando alguém precisar se retirar definitivamente do templo antes do encerramento dos trabalhos.

Dito isto, um Ir ao fazer o uso da palavra deve primeiramente seguir o "modo protocolar" consagrado de se dirigir à Loja.

Nesse caso, independentemente da autoridade que estiver presente, o usuário da palavra deve inicialmente se dirigir às Luzes da Loja, que são os dirigentes da Oficina e os detentores do malhete. Depois disso, genericamente, ele se dirige à(s) autoridade(s) presentes e, por fim, de modo genérico, diz: meus Irmãos.

Não há necessidade de mencionar uma a uma cada autoridade.

Nessa situação, é possível também se eleger a mais alta autoridade presente para que, em nome dela, todas as demais se sintam mencionadas – vide “Usando a Palavra” e “Protocolo de se dirigir à Loja” (Ritual de Aprendiz, REAA, 2024, GOB, página 209).

A seguir, alguns exemplos objetivos e recomendáveis de como protocolarmente se dirigir à Loja:

·       “Venerável Mestre, Irmãos 1º e 2º Vigilantes, Autoridades presentes, meus Irmãos...”.

·       “Luzes da Loja, Irmão Fulano de Tal (tratamento conforme a sua faixa), em nome de quem me dirijo às demais Autoridades presentes, meus Irmãos...”.

·       “Luzes, Autoridades, meus Irmãos...”.

·       “Luzes, Autoridades, demais Dignidades, meus Irmãos...”.

A Maçonaria prima pela objetividade, sobretudo porque isso dá fluidez ao andamento da sessão. Não há necessidade de floreios e enfeites, pois estes além de nada acrescentar, ainda colaboram para tornar a sessão prolixa.

Ao concluir, lembro que o tratamento de “Amado Irmão” é próprio do Rito Adonhiramita, não sendo comum no REAA, por exemplo.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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FEV/2025

DESOBEDIÊNCIA À LEI - DESCUMPRIMENTO DO RITUAL

Em 05.08.2024 um Respeitável Irmão, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GODF–GOB, Oriente de Brasília, Distrito Federal, apresenta as questões seguintes por observação em várias Lojas que visitou:

 

DESOBEDIÊNCIA À LEI

 

Boa tarde meu irmão, antes de tudo parabéns pelo blog, conteúdos de extrema utilidade. A questão é a seguinte, frequento algumas lojas do GOB e vejo frequentemente algumas situações que me geram um certo incômodo.

1)   

 Aprendiz ocupando cargo de Mestre, já levei até a Loja um texto seu sobre o assunto mas disseram que o Aprendiz não estava ocupando cargo mas exercendo função, que o mesmo só não poderia ir ao Oriente, nem ocupar cargos das luzes e nem eletivos sendo que nesse dia tinha um no lugar de Chanceler que é um cargo eletivo, que era para o aprendiz ir aprendendo o ofício na prática e que todas as Lojas fazem isso, disse que o exemplo é a melhor escola e não é por que todo mundo erra que deveríamos errar também. Mas fui voto vencido.

2)     Sobre a preleção, levei outro texto seu, mostrei o que diz a página 12 do ritual de aprendiz sobre a proibição de se inserir ou retirar algo do ritual, falei sobre o SOR e mesmo assim a prática continua, com a mesma justificativa de que todas as lojas fazem e que não há mal nenhum em se falar de Deus antes de entrar em loja. E que sobre as duas situações a loja é soberana e decide o que seguir ou não.

Aí meu irmão lhe pergunto.

a)    a loja pode ser soberana e está acima do Ritual e do RGF?

b)    Não estaria o praticante dessa situação cometendo perjúrio conscientemente já que faz parte do nosso juramento obediência ao GOB e ao Ritual.

c)    Como tentar acabar com hábitos antigos e erros trazidos de outras potências, para convencer os irmãos que não devem continuar com essa prática mesmo que outras lojas o façam?

Desde já agradeço à atenção meu irmão obrigado.

 

CONSIDERAÇÕES

 

O que eu posso dizer diante do vosso relato é que as justificativas apresentadas são estúpidas, acintosas e esfarrapadas. Uma verdadeira desfeita para com o cumprimento das nossas leis e do juramento que todos prestamos. É inconcebível que isso aconteça, sobretudo com a conivência do Venerável Mestre e do Guarda da Lei, que passivamente aceitam estas barbaridades.

a)    A Loja não é soberana neste sentido. Pelo contrário, o Venerável Mestre e o Orador deveriam zelar pelo cumprimento da lei, e não a despojar com justificativas rotas.

b)    Sim, prática de perjuro pelo acintoso confronto e descumprimento das nossas leis. O Ritual é instituído por um Decreto do Grão-Mestre Geral, desobedece-lo é cometer um ilícito maçônico.

c)    O Guarda da Lei deve intervir pelo cumprimento do ritual. O não atendimento dessa obrigação cabe denúncia (fundamentada) ao Ministério Público Maçônico do Estado ou do Distrito Federal

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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FEV/2025

A COR DA CORDA DE 81 NÓS - REAA

Em 06.07.2024 o Irmão Aprendiz, Alexandre Maciel, Loja Obreiros de Macaé, REAA, GOB-RJ, Oriente de Macaé, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a dúvida seguinte:

 

A COR DA CORDA DE 81 NÓS.

 

Estou fazendo uma peça de arquitetura sobre os ornamentos da Loja Maçônica, dentre eles a Corda de 81 Nós.

A pergunta que tenho é se há alguma especificação de cor e de material para essa corda no Ritual?

Na tentativa de encontrar essa resposta eu li todos seus artigos no blog sobre o assunto e faço aqui alguns recortes:

"OBS. – Na decoração de muitos templos a corda, que originalmente é a de sisal, pode também aparecer pintada nas paredes, assim como construída em gesso. Independentemente da sua constituição construtiva, o seu significado é o mesmo da corda de sisal."

"Outras observações: em linhas gerais, a corda que representa os limites do canteiro, também pode aparecer como uma corrente de ferro emoldurando o conjunto de símbolos que compõem alguns Painéis da Loja. Assim, tanto a corda como a corrente possuem o mesmo significado”.

Por hora, minha observação é que não há uma delimitação de cor e material da corda no Ritual, porém que a mesma remeta a uma corda de sisal utilizada nos antigos canteiros de obra, em virtude de suas origens simbólicas.

 

CONSIDERAÇÕES

 

O mais recomendável é que se a “Corda de 81 Nós” for representada por elemento de outro material, que não literalmente o de uma corda de sisal, como de gesso, por exemplo, que ela então siga, sempre que possível, o matiz mais natural possível. Muitas Lojas, que usam elementos seccionados e pré-montados de gesso, pintam a corda de branco, enquanto que outras procuram se aproximar o melhor possível da cor natural do sisal.

A despeito de tudo isso, o mais importante no símbolo é o que ele representa no contexto simbólico da Maçonaria. A sua cor, embora seja recomendável estar o mais próximo da realidade, não é elemento discutível e nem passível de interpretação.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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FEV/2025

PRELEÇÕES, PRECES E ORAÇÕES NO ÁTRIO DA LOJA

Em 05.08.2024 o Respeitável Irmão Abel Ribeiro de Macedo Júnior, Loja União Planatinense, REAA, GODF-GOB, Oriente de Planaltina, Distrito Federal, apresenta a dúvida seguinte:

abel.macedo@gmail.com

 

PRELEÇÕES NO ÁTRIO

 

Sei que o nosso ritual diz que não podemos acrescer ou reduzir nada nele contido. Daí questiono se é correto fazer uma preleção no Átrio antes de adentrar ao templo, visto que não consta tal procedimento, no caso do REAA.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Sendo a sua Loja uma Oficina federada ao GOB, deve-se atender aos rituais do GOB. No caso de preleções no átrio, além destas originalmente não existirem no REAA, também não estão presentes nos rituais vigentes (2024).

À vista disso, e com base no exposto acima, nas sessões do REAA no GOB não existem, no átrio, orações, preces, preleções e outras práticas desse gênero. Em resumo, o que não está no Ritual não se faz. Simples assim.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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FEV/2025

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

O LUGAR DO PAINEL DA LOJA NO REAA

Em 02.08.2024 o Respeitável Irmão Léo Miranda, Loja Vale do Ivaí, 56, REAA, GLP (CMSB), Oriente de Paranavaí, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

 

LUGAR DO PAINEL

 

Penso que você já está careca de responder, mas vamos lá.

- O Painel da Loja deve ficar atrás do Altar de Juramentos e fora do piso de Mosaico é isso?

- O que é Painel da Loja, é físico?

- O que é Painel Alegórico?

- O que Painel Simbólico?

- Os Painéis dos Graus de Aprendiz, de Companheiro e Mestre devem ficar junto e a frente do Altar dos Perfumes em seus respectivos dias?

 

CONSIDERAÇÕES:

 

              Se a questão for relativa ao REAA, o Painel da Loja também é conhecido como Painel Simbólico do grau. Rigorosamente, no REAA ele fica exposto em um dispositivo no centro do Ocidente, sobre o equador do templo, voltado para a porta. O dito “Painel Alegórico” não existe no REAA.

Vale também salientar que no REAA o Pavimento Mosaico, com disposição oblíqua dos quadrados brancos e pretos, ocupa todo o piso ocidental da Loja. Não existe no REAA o pequeno retângulo feito um tabuleiro de xadrez no centro do Templo. Isto foi uma acomodação que foi enxertada e acabou se consagrando em alguns rituais. Este pequeno retângulo quadriculado é algo que não é autêntico no REAA.

Ainda neste contexto, infelizmente existem rituais que colocam o Altar dos Juramentos ao centro do Ocidente tendo como referência esse tabuleiro de xadrez, o que não está em total desacordo com a decoração de um templo do REAA na atualidade.

O lugar correto do Altar dos Juramentos é no Oriente, à frente do Altar ocupado pelo Venerável Mestre - historicamente ele é uma extensão do Altar Mor.

No centro da Loja, sobre o Pavimento Mosaico – que ocupa todo o Ocidente - fica o Painel do Grau da Loja (painel simbólico).

Um outro indevido painel mencionado é o alegórico, o qual não passa de um elemento alienígena no REAA. Os símbolos que compõem este painel nada mais são do que elementos da Tábua de Delinear inglesa, usada pelo Rito de York no CRAFT. Esse painel é um elemento estranho no REAA, sendo que a maioria dos seus símbolos não combinam com a estrutura doutrinária do escocesismo simbólico, oriundo da vertente francesa de Maçonaria.

Assim, vale mencionar que cada grau simbólico do REAA tem o seu Painel de origem francesa, o qual, quando aberto, além de indicar o grau em que a Loja está trabalhando, também apresenta o corolário de símbolos e alegorias que constituem o respectivo grau. O Painel da Loja, ou do Grau, é um importante elemento que expõe de forma velada e compreensível somente aos iniciados, toda a estrutura doutrinária do grau. Graças a isso, o Painel Loja somente é exposto conforme o grau em que a Loja estiver aberta.

Há ainda um painel fixo nunca é fechado, independentemente do grau. Trata-se do espaço da parede que fica imediatamente à retaguarda do Venerável Mestre, onde nele figuram o Delta Radiante, o Sol e a Lua. Este painel tem o nome de Retábulo do Oriente.

Estas são as primárias considerações sobre o Painel da Loja (ou do Grau) no REAA. Ao mesmo tempo, reafirmo que não existe nenhum Painel Alegórico nos três graus simbólicos do REAA. Este painel não passa de um mero “forçamento de barra”. Constituem a Loja apenas dois painéis, o da Loja e o Retábulo do Oriente.

 

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

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FEV/2025

 

CERTIFICADO DE VISITA

Em 02.08.2024 o Respeitável Irmão Fernando Alves Queiroz, Loja Cláudio das Neves, 1939, REAA, GOB MINAS, Oriente de Uberlândia, Estado de Minas Gerais, apresenta a dúvida seguinte:

 

CERTIFICADO DE VISITA

 

Início parabenizando-o e agradecendo pelo brilhante trabalho, contribuindo para a disseminação de conhecimentos na Maçonaria.

Solicito esclarecimento quanto ao certificado de visita. O Irmão que frequenta os Graus filosóficos - Gr 4 ao Gr 33 - pode apresentar em sua Loja base o Certificado de presença recebido nestas sessões?

Considerando que o Grande Oriente do Brasil (potência a que pertencemos) tem tratado de reconhecimento com o Supremo Conselho do Brasil para o REAA.

Ou seja, é um irmão do GOB – REAA - participando de uma sessão maçônica de graus filosóficos em um Supremo Conselho do mesmo rito (REAA) e que tem tratado com nosso GOB.

 

CONSIDERAÇÕES

 

De forma nenhuma. Não devemos misturar as coisas. Simbolismo é simbolismo e Altos Corpos são Altos Corpos.

Independente de tratados, as práticas do simbolismo ficam restritas ao simbolismo, e as dos graus filosóficos ficam aos seus Altos Corpos (Perfeição, Capítulo, Kadosh e Consistório).

Assim, é errado uma Loja simbólica receber certificados de presença, que não os inerentes ao simbolismo. Tratados, nada tem a ver com a liturgia de um ritual simbólico. Cada macaco no seu galho.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

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FEV/2025

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

LITURGIA E RITUALÍSTICA - ELEMENTOS DOS RITUAIS DE 2024

Em 19.02.2025 o Respeitável Irmão Gilmar Dietrich, Loja Perseverança e Vigor, 2638, REAA, GOB-SP, Oriente de Rio Claro, Estado de São Paulo, apresenta a questão seguinte

 

LITURGIA E RITUALÍSTICA

 

Gostaria de tirar algumas dúvidas sobre ritualística.

- Quando usamos da palavra, no Ocidente, devemos estar em pé e a ordem. Acontece que em algumas das falas, temos um lembrete, ou ainda, temos que fazer uma leitura de um documento, ou coisa parecida. Esses apensos, são considerados instrumento de trabalho e suficiente para desfazer o sinal? Se sim, o Venerável Mestre deve consentir o desfazimento do sinal? Qual é a maneira correta de se portar nessas situações.

- Outra situação ainda é que nas falas, sem portar nenhum objeto ou lembrete, ainda com o sinal de ordem (principalmente Grau 1), fica gesticulando com o braço, esquerdo. Em alguns
Irmãos, isso é impossível de controlar. Não seria mais coerente, ficar sem o sinal?

- Nas coletas, do saco de proposta e informação, ou no tronco de beneficência, normalmente em nossa Loja, é auxiliado, no caso do Mestre de Cerimônias, auxiliado por outro Mestre ou então pelo próprio Hospitaleiro, e vice-versa. Este procedimento pode ser adotado? Como fica a ritualística nesse caso? Ambos devem permanecer “entre colunas” ou no “eixo” no ocidente, no início e no final do giro?

- No ritual do Grau 2, consta em uma das passagens onde o Mestre de Cerimônias está com o candidato junto ao 2º. Experto, e logo em seguida precisa levar o candidato até o 2º. Vigilante para trabalhar na PP. Nesse caso eles devem fazer o giro, ou, podem ir direto?

 

CONSIDERAÇÕES:

1.    No caso de estar com as mãos ocupadas, o Ir que irá fazer a leitura deverá antes segurar os documentos e afins com a sua esquerda. Assim, com o Sin de Ord, por primeiro deverá se dirigir protocolarmente à Loja. Nesta condição, o Venerável Mestre, depois de ter o Ir se dirigido à Loja pela forma de costume, o autorizará a a desfazer o Sinal. O Ir que fará a leitura então deverá segurar o documento com as duas mãos para fazer a leitura. Concluída a mesma, o Ir voltará a tomar o seu assento imediatamente. Vale lembrar que nesta condição não se deve voltar ao Sin de Ord para logo desfazê-lo novamente, antes de se sentar.

Caso o Venerável Mestre, antes da leitura, não tiver se apercebido da necessidade de se dispensar o Sin, o próprio Ir que fará a leitura pedirá a dispensa ao Venerável.

2.    Os SSinde cada um dos três graus do simbolismo são sempre feitos, no REAA, com a mão direita, a despeito de que no grau de Comp também se faça uso da mão esquerda como complemento do Sin. Assim, eventuais gestos e movimentos (cacoetes) que porventura sejam feitos com a mão esquerda por parte de alguns IIr quando usam a palavra no 1º e no 3º Graus não alteram a essência do Sin. Obviamente, o recomendável é que no 1º e 3º Graus o braço esquerdo fique sempre caído e parado ao longo do corpo, todavia, se por hábito o Ir que estiver falando fizer alguma gesticulação com a mão esquerda, a mesma é perfeitamente tolerável. O que de fato não pode acontecer é uma inversão de valores, ou seja, se dispensar o uso consagrado do Sin para os IIr que têm o hábito de gesticular enquanto falam. Nesse caso é preferível sempre manter o Sin, do que dispensá-lo.

3.    Não está previsto, no ritual vigente, nenhum auxiliar para os titulares que circulam com a bolsa de propostas, ou de caridade. O ritual é claro quando menciona que é o Mestre de Cerimônias (apenas ele) ou o Hospitaleiro (apenas ele) que munidos da bolsa realizam, cada qual o giro para a coleta. Não existe nenhum auxiliar previsto e há nem ritualística para tal. Um ritual não será alterado para se adequar aos costumes de uma Loja que indevidamente se utiliza de práticas que não constam no ordenamento litúrgico. Ora, sem inversão de valores, são as Lojas que devem seguir o ritual, não ao contrário.

4.    Inicialmente, vale relatar que no REAA a pedra é titulada como Cúbica e não Polida. Dito isto, conforme consta no ritual de Comp(2024), nesta passagem ritualística o M de CCer∴, e o seu conduzido, já estão na Coluna do Sul, próximos ao 2º Exp. À vista disso, a Pedra Cúbica também se encontra na Coluna do Sul, junto ao lugar do 2º Vig. Logo, todos estão na mesma Coluna, e na mesma Coluna não existe circulação. Assim, o M de CCer, e o seu conduzido, sem circular, saem das proximidades do 2º Exp e se dirigem diretamente à Pedra Cúbica. A regra é de não se dar a volta ao Mundo para parar no mesmo lugar.

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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FEV/2025