sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

ONDE SENTAM-SE OS NOVOS APRENDIZES - REAA

 

Em 26/08/2024 o Respeitável Irmão José Estevão Júnior, Loja Mensageiros do Bem, 812, REAA, GOPE/GOB, Oriente de Garanhuns, Estado de Pernambuco, apresenta a seguinte questão:

 

ONDE SENTAM-SE OS NOVOS APRENDIZES

 

Bom dia meu Irmão. O topo da Coluna do Norte é junto ao 1º Vigilante ou junto ao Tesoureiro, ou seja, onde devem tomar lugar os novos Aprendizes?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

               O topo da Coluna do Norte é toda a parede setentrional onde se encontram fixadas as seis primeiras Colunas Zodiacais – de Áries até Virgem.

No topo do Norte é onde sentam-se os Aprendizes no REAA. Especialmente o novo Aprendiz, que no dia da sua iniciação ocupa lugar próximo à Coluna de Áries, perto do 1º Vigilante, lugar que simbolicamente indica, no templo, o início da primavera no hemisfério Norte.

Iniciaticamente, na primavera é onde começa a senda do Iniciado. Essa primeira parte da jornada vai desde a infância (Áries) até o final da adolescência, às portas da juventude
(Virgem). A partir daí, em uma segunda etapa da jornada, o Iniciado atravessa do Norte para a do Sul para chegar em Libra, no topo da Coluna do Sul (parede Sul), lugar onde doravante passará a receber o seu salário como Companheiro Maçom.

Como iniciado mais experiente e preparado, o Companheiro rompe a sua jornada pelo outono (maturidade) em direção à colheita dos bons frutos (Sagitário) e do fenecimento no inverno (Capricórnio – o Mestre).

Assim, para romper o caminho iniciático proposto pelo REAA, o recém-iniciado, como prevê o ritual, é colocado, no dia da sua Iniciação, no topo do Norte à noroeste, onde se localiza o ponto de partida da sua jornada (Áries, início da primavera ao Norte).

Ao concluir estes comentários, vale ressaltar que a base (o pé) da Coluna do Norte é a linha do equador imaginário do templo, enquanto que a sua altura, o topo, menos iluminado por ficar mais distante do equador, é a parede Norte.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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fev/2025

APRENDIZ - PALAVRA SOLETRADA

Em 25.08.2024 o Respeitável Irmão André Humberto Duarte, Loja Cavaleiros Escoceses, GOB-SP, REAA, Oriente de Santos, Estado de São Paulo, faz a pergunta seguinte:

 

PALAVRA SOLETRADA

 

Pergunto ao meu inteligente irmão, uma dúvida que me assola a tempos: Por que o Diácono recebe, e passa a palavra sagrada monossilábica se são todos mestres? Não v p d, s s não é para o Aprendiz?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Por se tratar de uma questão iniciática, a palavra do Aprendiz, em qualquer situação, será sempre transmitida soletrada (letra por letra).

Nesse sentido, existem duas formas de transmiti-la.

            A primeira delas ocorre quando se tratar de um telhamento (o exame de um maçom). Neste caso, o examinador, ao pedir a palavra ao examinado, inicialmente dá a ele a primeira letra e dele recebe a segunda, e assim sucessivamente, até que sejam transmitidas as quatro letras da Pal Sagr do Aprendiz. A regra é, o pede a palavra é sempre quem dá a primeira letra. Concluída a transmissão, não existe ao final, nenhuma repetição da palavra, seja ela inteira, soletrada ou silabada. Maiores detalhes, vide o Cobridor do Grau no respectivo Ritual.

O segundo caso, (inerente à sua questão), trata-se da simples transmissão da palavra entre as Luzes da Loja e os Diáconos para cumprir a liturgia de abertura e encerramento dos trabalhos.

Como este caso não se trata de exame de um maçom, durante a transmissão não há troca de letras entre os interlocutores como ocorre no telhamento, ou seja, o transmissor transmite a palavra inteira dando, uma a uma, as quatro letras que a compõem. Nesse caso, também não existe nenhuma repetição da palavra no final, seja ela inteira, soletrada ou silabada.

Eram estas as considerações.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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FEV/2025

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

ESPADA FRATERNA E ESPADA CONDENATÓRIA

Em 16.08.2024 o Respeitável Irmão Iris Barzotto, Loja Vigilantes do Oeste, 2713, REAA, GOB-PR, Oriente de Cascavel, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:

 

ESPADA FRATERNA E ESPADA CONDENATÓRIA.

 

Repassando um antigo questionário usado para sabatinar Aprendizes antes de seu aumento de salário encontrei uma questão que não consegui decifrar nem no Ritual (2009) e nem no S.O.R.-Sistema de Orientação Ritualística (Decreto 1784/2019): a Espada Fraterna e a Espada Condenatória do Perjúrio. Além de não encontrar nada a respeito desses termos, o dito questionário ainda deixa claro que a Espada Fraterna é empunhada com a mão esquerda e a
Condenatória com a mão direita. Pensei que aquela se tratava das espadas do "Faça-se a Luz" (páginas 133 e 134) e esta do momento em que se bate profanamente a porta do Templo (verificação de quem bate - página 100) mas nossas fontes oficiais não trazem esclarecimento nesse sentido. Essas denominações quanto ao uso da espada têm ligação litúrgica com o REAA praticado no GOB?

 

RESPOSTA.

 

De minha parte, sem comentários sobre essa enorme bobagem.

Obviamente que nada será encontrado sobre esta matéria, pois é algo sem nenhum fundamento. Indiscutivelmente isso não existe no REAA. É pura invencionice, fruto de requintada imaginação.

Recomendo inutilizar esse questionário.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

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FEV/2025

MANTO DE VELUDO PARA O VENERÁVEL MESTRE

Em 15.08.2024 o Respeitável Irmão Frans Robert, Loja 9 Acácias, 3874, REAA, GOB-SP, Oriente de Rosana, Estado de São Paulo, apresenta as questões seguintes:

 

MANTO DE VELUDO NEGRO

 

Máximo respeito e admiração pela sabedoria do Irmão que compartilha seu conhecimento e faz tão bem a nossa Ordem.

Fiz a leitura da obra O Mestre Instalado de José Castellani, 1a edição, ed. A gazeta maçônica de 1989.

O autor destaca em Cam do Meio, os MM MM usarão balandrau negro e o Venerável Mestre um manto de veludo negro. A indicação histórica remete aos Collegia Fabrorum (Século VI a. C), antiga corporação de Ofício do período do apogeu Romano. 

Para a Maçonaria evolutiva e progressista de hoje caberia tais tradições?

Observei ainda que o Avental do Venerável Mestre para o Rito Adoniramita é de veludo negro. Seria seu resquício histórico? Caberia também para os demais ritos?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Caro Irmão Frans, é sempre um prazer atendê-lo.

No tocante ao manto de veludo negro e o balandrau, de fato eram indumentárias usadas pelos Collegia Fabrorum, corporação de pedreiros criada pelo lendário Imperador Numa Pompílio por volta do século VI a.C.

         Os conquistadores romanos, sempre preocupados com a preservação da cultura, levavam com as suas legiões, corporações de construtores visando reconstruir tudo aquilo que a atividade bélica havia destruído na campanha pelas conquistas. Os Collegiati, que iam na retaguarda dos exércitos romanos, se distinguiam dos legionários guerreiros vestindo um hábito escuro (túnica) - provável ancestral do balandrau na Maçonaria.

Essas corporações de ofício, consideradas como as primeiras associações organizadas de construtores, eram comumente dirigidas por mestre do ofício. Este artífice principal se distinguia dos demais operários por usar um elaborado manto escuro sobre a túnica, o qual, segundo alguns autores, era de veludo preto.

Nesse sentido, é bastante provável que venha daí a referência ao tal “manto de veludo preto”.

Vale ressaltar que ao serem aqui mencionadas velhas corporações de ofício da época das conquistas romanas, não se está afirmando, sob nenhuma hipótese, que naquele período da história existia Maçonaria, muito menos ainda a existência do grau de Mestre Maçom.

Mais tarde, por volta do século XVIII, já em plena era da Moderna Maçonaria (dos Aceitos), algumas Lojas francesas, principalmente, passaram a adotar o uso do manto preto para o Venerável Mestre, este estilo, no entanto, não era uma regra abrangente à toda a Maçonaria francesa.

Mediante a isso, com a evolução da moda, alguns ritos adotariam o uso do balandrau como uma veste confortável que dava um caráter de igualdade entre os membros da Loja, onde todos se vestiam iguais.

A partir do século XX, por alguns costumes regionais e outros históricos, o terno preto veio aparecer com força na Maçonaria, principalmente a britânica, e acabou virando uma indumentária maçônica, conforme os ritos.

Sob essa óptica, ambos os trajes, o terno e o balandrau, permaneceram como vestuário maçônico, enquanto que o manto de veludo não prosperou e acabou em desuso por parte daqueles que o haviam adotado.

Graças a isso esse manto de veludo não é mais cogitado como espécime de vestimenta maçônica.

Quanto ao avental Adonhiramita, eu não acredito que tenha a ver com o "manto de veludo", que outrora fora utilizado pelos Collegia Romanos.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

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FEV/2025

SESSÃO PÚBLICA - NÃO INICIADOS E AS LUZES EMBLEMÁTICAS

Em 14/08.2024 o Respeitável Irmão Marcio Carvalho, Loja Poço Grande do Rio Tubarão, 125, REAA, GOSC (COMAB), Oriente de Tubarão, Estado de Santa Catarina, apresenta a dúvida seguinte:

 

SESSÃO PÚBLICA E O LIVRO DA LEI

 

Irmão, lhe escrevo para ver a sua opinião sobre um assunto: quando houver ingresso de profanos no templo, como em sessões brancas, no REAA, o Livro da Lei pode/deve ser mantido aberto, com o esquadro e compasso posicionados no Grau de Aprendiz? Considerando que houve a abertura do mesmo antes do ingresso dos profanos.

 

CONSIDERAÇÕES

 

          Antes de mais nada, eu gostaria de salientar que o nome mais apropriado para sessões abertas com a presença de não maçons é Sessão Pública.

Esse título, "sessão branca", dá margem para os nossos detratores e opositores a dizer pejorativamente que na Maçonaria existem" sessões negras", o que de fato não é verdade.

No tocante à sua questão, eu não vejo nenhum óbice de o Livro da Lei permanecer aberto e a Loja e as Luzes Emblemáticas compostas na presença de convidados não maçons. O que rigorosamente não é permitido revelar são os nossos sinais, toques e palavras (únicos e verdadeiros segredos).

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK.

jukirm@hotmail.com

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FEV/2025

MESTRE DE CERIMÔNIAS USANDO A PALAVRA

Em 14/08/2024 o Respeitável Irmão Itamar Pereira, Loja Filhos de Salomão, 2311, REAA, GODF-GOB, Oriente de Brasília, Distrito Federal, apresenta a dúvida seguinte.

 

MESTRE DE CERIMÔNIAS E O USO DA PALAVRA.

 

Estou com uma dúvida e procurei no seu blog e não achei. Mas sei que já vi em algum lugar.

Pergunto: pode o Mestre de Cerimônias, durante a Palavra a Bem da Ordem e do Quadro em Particular, falar três vezes, mudando de colunas e se deslocar até o Oriente, aproveitando da condição de que ele tem livre circulação na Loja?

 

CONSIDERAÇÕES

 

         De forma nenhuma! O Mestre de Cerimônias não pode mudar de Coluna, ou se dirigir ao Oriente para fazer uso da palavra. A regra é que nas Colunas cada um fale do seu lugar, assim como os do Oriente também falam do seu lugar.

O Venerável diz na abertura dos trabalhos: "Desde agora a nenhum (o grifo é meu) Irmão é permitido falar ou passar para outra coluna sem obter permissão, e [...]".

Assim, está bem claro que "nenhum Irmão", dos quais também o Mestre de Cerimônias, podem mudar de lugar para pedir novamente a palavra.

Nas Colunas, caso algum Irmão queira usar da palavra novamente, ele a pede ao
respectivo Vigilante. Este, por sua vez, a solicita ao Venerável Mestre.

Se o Venerável Mestre resolver concedê-la novamente, obrigatoriamente a palavra deverá fazer o giro completo, isto é, ficará livre a partir da Coluna do Sul.

Nesse particular, o Venerável Mestre deverá ser assaz criterioso para conceder o retorno na palavra, não devendo concedê-la senão mediante premente necessidade.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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FEV/2025

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

LEITURA E APROVAÇÃO DA ATA EM LOJA

Em 13/08/2024 o Respeitável Irmão Angelo Carlos Kondlatsch, Loja Fé e Trabalho, 635, REAA, GOB-PR, Oriente de Rio Negro, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

 

ATA

 

Atualmente sou o Orador da Loja, e desde que fui iniciado, nunca houve a leitura da Ata em Loja Aberta, somente o envio por e-mail e a posterior aprovação pelos presentes em Sessão.

Entendo que a ritualística "manda" ler a Ata em Loja, passando posteriormente a palavra pelas
Colunas e então a votação pela aprovação ou não.

O Orador pode "impor" que a leitura seja realizada em Loja ou cabe ao Venerável Mestre essa decisão?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Inicialmente eu gostaria de dizer que recebo, por mês, mais de uma centena de questionamentos, tornando-se praticamente impossível eu lembrar individualmente de todos os queridos Irmãos que me escrevem. Fica mais fácil quando o consulente se identifica e oferece de pronto o nome da sua Loja, rito, Obediência, Oriente e Estado da Federação. Isto me poupa tempo antes de procurar dados arquivados.

Dito isto, quando a sua questão, os rituais vigentes do REAA (2024) são bem claros quando mencionam em negrito: “Impreterivelmente a Ata deve ser lida em Loja”.

À vista disso, não atender ao que prescreve o ritual é desobedecer a Lei. Vale afirmar que não existe nenhum Ato ou Decreto do Grão-Mestre Geral citando que as Atas não precisam ser lidas, discutidas e aprovadas "em Loja". Ao contrário, os rituais informam que a Ata seja lida em Loja.

Assim, o Orador é o Guardião da Lei e representante do Ministério Púbico Maçônico na Loja, portanto, antes de tudo ele deve preservar e fazer cumprir a lei. Neste caso, a sua obrigação é alertar o Venerável Mestre sobre o descumprimento do Ritual, exigindo, portanto, que ele seja descumprido como está.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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FEV/2025