sexta-feira, 30 de maio de 2025

BATIDAS NA PORTA - ATRASADO PEDINDO INGRESSO

Em 19.10.2024 o Respeitável Irmão Antonio Lavinas, Loja Justiça & Equidade, 4402, REAA, GOB-RJ, Oriente de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a dúvida seguinte:

 

BATIDAS NA PORTA

 

Assisti vossa palestra sobre as mudanças ritualísticas no Ritual do Grau I, porém o Eminente Irmão mencionou também sobre procedimentos usados em diversos graus que são de origem dos tradicionais “usos e costumes”. Dentre eles, a batida na porta para dar entrada ao templo.

Confesso que esqueci vossa orientação e na sessão passada, da minha loja, um irmão mencionou: devemos bater pelo grau 1 e se o cobridor responder com a mesma batida deveríamos subir para a batida de companheiro e depois de mestre se for o caso. Porém lembro-me vagamente de sua colocação sobre este procedimento.

Por gentileza, poderia me informar a maneira correta para tal procedimento, pois temos aprendizes e companheiros e queremos que venham aprender corretamente.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Inicialmente devo lhe dizer que não há nenhum procedimento prevendo esses descabidos aumentos de bateria na porta do templo por IIr que eventualmente cheguem atrasados.

             Não havendo Cobr Ext, um Ir que chegar atrasado deve, em qualquer situação, bater como Aprendiz Maçom (bateria universal) na porta do templo. Assim, se o momento não for propício para o seu ingresso, o Cobr Int dará pelo lado de dentro a mesma bateria. Isso significa que o Ir atrasado deve aguardar, apenas isso. Quando o momento for propício para a sua entrada, o Cobr Int informará, na forma de costume, que batem maçônicamente à porta do templo. Assim, recebendo ordem para verificar quem assim bate, o Cobr Int fará a verificação, oportunidade em que verificará se o Ir atrasado pode ingressar  - a depender do grau de trabalho da Loja e se ele for um Ir conhecido.).

Este é o procedimento correto, portando não deve haver nenhum replicar de baterias aumentadas na porta do templo nesta ocasião.

Vale ressaltar que isto está previsto no ritual de Aprendiz 2024, REAA, título 4.4 - Comportamento Ritualístico, página 210.

É bem verdade que já houve uma infinidade de práticas escusas e distorcidas, como os tais “aumentos de bateria” na porta, pois não havia nada oficialmente escrito no ritual sobre os atrasados. Isso é até compreensível, na medida em que o hábito do atraso seja algo contrário às formalidades maçônicas, mesmo que seja inegável a sua existência.

À vista disso, mesmo que não seja salutar se institucionalizar o atraso em detrimento à pontualidade, no ritual de 2024 buscou-se trazer, pelo menos, alguma orientação para o caso.

Ao concluir estes comentários, vale ressaltar que os procedimentos previstos no ritual, os quais aqui foram comentados, servem, em primeira análise, para atender IIr atrasados conhecidos. Já para os desconhecidos, a prudência deve ser maior, ocasião em que deverá ser solicitada também a intervenção do 2º Exp para aplicar o exame (telhamento) a um maçom desconhecido.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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MAIO/2025

COMO PEDIR A PALAVRA NAS COLUNAS - REAA

Em 16.10.2024 o Respeitável Irmão Felipe Fonseca Pedruzzi, Loja Luzes da Chapada Diamantina, 3206, REAA, GOB BAIANO, Oriente de Ituaçu, Estado da Bahia, apresenta as questões seguintes:

 

FORMA DE PEDIR A PALAVRA

 

Tenho duas dúvidas acerca do uso da palavra nas colunas do Sul e do Norte e gostaria que o irmão esclarecesse.

Quando a palavra está nas colunas (Sul ou Norte) e algum irmão a solicita, o faz diretamente ao Vigilante que guarda a respectiva coluna. O modo mais correto de fazer essa solicitação seria batendo uma mão nas costas da outra, levantando uma das mãos, ou de que forma?

Outro ponto é, e a autorização dada pelo Vigilante é através de um golpe de malhete, um aceno com a cabeça ou de que outra forma? 

 

RESPOSTA

 

Nas Colunas, em momento apropriado, o Ir que desejar fazer uso da palavra pede-a ao respectivo Vigilante da seguinte forma: sentado, primeiro deve bater com a palma da sua mão direita aberta sobre o dorso da sua mão esquerda; em seguida deve levantar a sua mão direita com o fito de identificar quem está pedindo a palavra. Para concedê-la, o Vigilante, sentado, verbalmente diz: “podeis falar, meu Irmão”. Depois de autorizado o usuário da palavra se coloca à Ord para falar.

No caso de ser um dos Vigilantes quem pede a palavra ao Venerável Mestre, o mesmo, sentado, solicita-a com um golpe de malhete. O Venerável para autorizar, sentado, também responde com um golpe de malhete. O Vigilante, do seu lugar, fala sentado.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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MAIO/2025

 

quinta-feira, 29 de maio de 2025

COR DA BOLSA DE BENEFICÊNCIA - REAA

 

Em 14.10.2024 o Respeitável Irmão Sílvio Scofield, Loja Luz e Caridade, 0970, REAA, GOB BAIANO, Oriente de Caravelas, Estado da Bahia, apresenta a dúvida seguinte:

 

BOLSA DE BENEFICÊNCIA

 

Fui informado que o Saco de Beneficência deve ser na cor azul.

O SOR, no item 10, diz entre outras, que "...bolsas para coleta (sacos)...", deverão ser na cor vermelho encarnada.

Fiquei na dúvida de qual deve ser a cor do Saco de Beneficência.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Conforme determina o Ritual de Aprendiz Maçom, REAA, 2024, vigente, dele a página 20, último parágrafo, está determinado que a cor das bolsas é vermelho-encarnado.
Sendo assim, a informação que lhe foi dada, dizendo ser azul, infelizmente está totalmente errada.

Historicamente, a cor vermelho-encarnado faz parte da decoração do REAA, o que faz com que não só as bolsas, mas também as toalhas, dossel, cortinas, estofos e almofadas sigam esse mesmo matiz.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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MAIO/2025

VOTO DO VENERÁVEL NO ESCRUTÍNIO SECRETO

Em 08.10.2024 o Respeitável Irmão Antonio Carlos Manso, Loja Inconfidência e Liberdade, 2370, REAA, GOB MINAS, Oriente de São Gonçalo do Sapucaí, Estado de Minas Gerais, apresenta a dúvida seguinte:

 

VOTO DO VENERÁVEL

 

Gostaria de um esclarecimento: Escrutínio Secreto para aprovação de Candidato o Venerável pode participar da votação ou não?

 

COMENTÁRIO.

 

O Venerável não participa de votações nominais (abertas, pelo sinal de costume), isso porque é dado a ele o direito do voto de qualidade, conhecido como de minerva, no caso de empate.

Já no Escrutínio Secreto, obrigatoriamente ele deve participar, sendo, inclusive o primeiro a receber do 1º Experto as duas esferas (branca e preta) e assim será o primeiro votar.

No escrutínio secreto, todos os Irmãos Regulares da Loja votam, inclusive o Venerável Mestre.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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MAIO/2025

MAÇOM HONORÁRIO

Em 08.10.2024 o Respeitável Irmão Carlos Augusto Tardin, Loja Acácia de Guarapari, 2066, REAA, GOB-ES, Oriente de Guarapari, Espírito Santo, faz a seguinte pergunta:

 

MAÇOM HONORÁRIO

 

Segundo a Constituição Federal do GOB, Capítulo IV - DAS CLASSES DE MAÇONS, Art. 32, III, o Maçom, não pertencendo ao Quadro da Loja, dela poderá receber o título honorífico de "Honorário", podendo ser homenageado com esse título, Maçom regular de outra Potência reconhecida.

A questão que se apresenta é a seguinte:

O Irmão que foi agraciado com este título honorífico, ao frequentar sessões na Loja que o concedeu, deverá assinar o Livro de Visitantes ou o Livro de Irmãos do Quadro?

Desde já agradeço a atenção!

 

CONSIDERAÇÕES

 

Em que pese este não ser um assunto de ritualística, mas creio, da alçada da Guarda dos Selos, segue a minha opinião a respeito.

Salvo melhor juízo, um membro honorário possui um título honorífico, o que não o torna um obreiro regular do Quadro, ou seja, aquele que recolhe pela Loja os metais devidos, sujeita-se à frequência regulamentar e tem o direito a voto.

Por conta disto, entendo que o Membro Honorário é um Irmão agraciado de outra Loja, ou de outra Obediência reconhecida, mas isso não o faz, de fato e de direito, um obreiro regular do Quadro da Loja que o agraciou. Sendo assim, no meu entendimento ele deve assinar o Livro de Presenças de Irmãos visitantes.

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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MAIO/2025

SUBSTITUTOS LEGAIS DAS LUZES

Em 08.10.2024 o Respeitável Irmão Paulo Afonso Pinheiro Leal, Loja Irmão Augusto Nogueira Paranaguá, 4540, REAA, GOB-PI, Oriente de Corrente, Estado do Piauí, apresenta a dúvida seguinte:

 

SUBSTITUTOS

 

Quem substitui o Venerável Mestre na ausência do Venerável e Primeiro Vigilante?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

            Conforme prevê o ritual de Aprendiz do REAA vigente no GOB e o Regulamento Geral da Federação, o substituto imediato do Venerável Mestre, nas sessões ordinárias, é o 1º Vigilante. Por sua vez, conforme os mesmos dispositivos gobianos, o substituto imediato do 1º Vigilante é o 2º Vigilante. À vista disso, o 2º Vigilante não substitui o Venerável Mestre em nenhuma ocasião.

De acordo com o ritual de Aprendiz mencionado, quem é o substituto imediato do 2º Vigilante é o 2º Experto.

No caso da falta de duas das Luzes eleitas para dirigir a Loja, ou seja, do Venerável Mestre e o 1º Vigilante, o Mestre Instalado mais recente da Loja assume o lugar do Venerável; o 2º Vigilante o do 1º Vigilante e o 2º Experto assume o lugar do 2º Vigilante.

Ao finalizar, vale ressaltar que a falta de duas das três Luzes eleitas para dirigir a Loja, inclusive do Venerável Mestre, é algo que merece atenção, pois sinaliza que algo não vai bem com a administração dessa Loja.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

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MAIO/2025

TILINTAR DE ESPADAS E O SILÊNCIO INICIÁTICO

Em 07.10.2024 o Respeitável Irmão Eduval Moraes Fogaça, Loja Prudente de Morais II, 2231, REAA, GOB-SP, Oriente de Piracicaba, Estado de São Paulo, apresenta a dúvida seguinte:

 

TILINTAR DE ESPADAS

 

No tempo de estudos aos Aprendizes, sobre a sessão de iniciação, comentamos que as pedras eram desbastadas fora do templo, na construção do Templo de Salomão, para não ouvir o tilintar, ou, som dos metais. O Aprendiz perguntou, porque na Segunda Viagem ouvimos o tilintar de espadas dentro do Templo. Pergunto qual explicação para o questionamento? Indago, não seria melhor que o tilintar das espadas ser por Áudio: uma gravação, como, na primeira viagem o som dos ventos, relâmpagos e raios?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Inicialmente é preciso dizer que a alegoria do Tempo de Jerusalém, ou o de Salomão, é apenas um elemento simbólico. O fato de não se ouvir nenhum barulho de ferramentas na construção do Templo, significa que o maçom deve trabalhar constante e silenciosamente no seu interior para alcançar progresso e aprimoramento, moral e intelectual – o Templo, nesse caso, é o próprio homem.

Em Maçonaria, a alegoria do Templo é uma construção simbólica para comportar uma lenda que é a chave da Grande Iniciação.

Nesse contexto se faz cogente compreender que a Maçonaria possui aproximados 800 anos de história documental e o Templo de Jerusalém, aludido na lenda, é muito mais antigo do que a existência da Maçonaria. Enfim, não existia Maçonaria nos tempos da construção do templo hebraico. O que é mencionado na Maçonaria é uma lenda criada para expor lições de ética, moral e sociabilidade. Reforça ainda essa afirmativa, o fato de que o grau especulativo de Mestre Maçom somente veio aparecer em 1725 na Inglaterra, sendo oficializado em 1738 na segunda Constituição de Anderson.

Diferente do Primeiro Templo de Jerusalém, que se acredita ter existido entre os séculos X e VI a. C., o primeiro Templo maçônico teve sua pedra angular fincada em 1776 e concluído aproximadamente dois anos mais tarde para abrigar a primeira Grande Loja, fundada em Londres e Westminster no ano de 1717. Este Templo (onde se encontra o atual Free Mason’s Hall) teve dois modelos principais para a sua construção: a Igreja e do Parlamento Britânico.

                Sob a conjuntura iniciática, a questão do lendário silêncio na construção do Primeiro Templo de Salomão, onde não se ouviam os ruídos produzidos pelas atividades profissionais dos que erigiam as paredes, quer dizer que simbolicamente o trabalho introspectivo, silencioso efetuado por cada maçom deve ser produzido sem alardes (discrição).

Sobre o literal tilintar de espadas em determinadas passagens iniciáticas da Moderna Maçonaria, onde literalmente os Irmãos batiam espadas umas contra outras, faz tempo que isso não ocorre mais. Atualmente este tilintar de espadas se faz valer de recursos sonoros produzidos por equipamentos eletrônicos operados, geralmente, pelo Mestre de Harmonia.

Na concepção iniciática, esses ruídos produzidos pelo tilintar de espadas, como fosse um entre chocar de armas brancas em combate, nada tem a ver com o silêncio da construção "simbólica" do Templo. O silêncio nessa construção revela introspecção do obreiro, já os ruídos produzidos pelo entre chocar de espadas, revela simbolicamente a luta natural daqueles que combatem as futilidades mundanas e os revezes da vida. Esse combate, que se revela na juventude do ser humano é natural daqueles que atravessam a segunda etapa da vida.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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MAIO/2025