segunda-feira, 16 de setembro de 2019

REAA - USO DA PALAVRA E O MODO PROTOCOLAR DE SE DIRIGIR À LOJA


Em 24/06/2019 o Respeitável Irmão José Rito de Aguiar Junior, Loja Filhos de Osíris, 30, REAA, GLESP (CMSB), Oriente de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, solicita resposta para o que segue:

SAUDAÇÃO ÀS LUZES E IRMÃOS.


É extremamente comum que um mesmo Irmão, caso tenha diversas oportunidades de falar durante uma Sessão, saúde as Luzes e demais membros do quadro em todas as oportunidades. Sendo assim por mais que o Irmão tenha saudado uma vez ele novamente o faz na segunda e terceira oportunidades.
Penso que uma vez saudadas as luzes e demais Irmãos e tendo o Obreiro a necessidade de nova fala, na mesma Sessão, não haja a necessidade de saudar novamente.
O que o Irmão pensa a esse respeito?

CONSIDERAÇÕES.

Sob o ponto de vista de originalidade do Rito, todo aquele que fizer o uso da palavra, depois de autorizado, se dirige protocolarmente por primeiro às Luzes da Loja (os que detém o malhete), em seguida, genericamente às autoridades (sem a necessidade de nominá-las uma a uma) e por fim, também genericamente, demais Irmãos.
Durante o uso da palavra essa atitude não é saudação maçônica, mas um protocolo para se dirigir à assembleia, de tal sorte que o usuário da palavra nesse momento não saúda pelo Sinal um a um dos mencionados. No entanto, estando em pé, ele fica à Ordem e só desfaz o Sinal de Ordem pelo Sinal Penal ao término da sua fala e imediatamente antes de tomar assento novamente.
Reitero, se isso fosse saudação, então para cada um que ele se dirigisse teria que fazer o Sinal Penal, entretanto isso não acontece, pois ele fica à Ordem e se dirige, sem desfazer o Sinal, à Loja. Cabe mencionar que saudação maçônica é feita somente pelo Sinal Penal do grau – não existe outra forma de saudação em Loja aberta.
Quanto a possibilidade daquele que já se utilizou da palavra, ao pedi-la novamente não mais precise mencionar protocolarmente às Luzes, autoridades e demais Irmãos, eu penso que é um assunto fora de questão. Essa é uma regra ritualística espontânea e imemorial, com isso não deve ser alterada só porque “alguém” pode pedir a palavra por diversas vezes num mesmo período.
O que eu verdadeiramente penso nesse caso é que o usuário da palavra é quem deve falar menos, ou mesmo condense, se possível, o conteúdo da sua fala restringindo a pedi-la o mínimo plausível. O que não podemos é alterar o molde da garrafa devido ao tamanho da rolha.
Penso que assuntos que merecem muitos debates e com isso a necessidade de muitas vezes se pedir a palavra, para fugir dessa regra ritualística, melhor seria é marcar uma sessão administrativa que, embora ordeira, não carece desses preceitos protocolares.


T.F.A.

PEDRO JUK


SET/2019

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