Em 21.02.2022 o Respeitável Irmão Tonny Santos, sem mencionar o nome da sua Loja, Rito, Obediência, Oriente e Estado da Federação, apresenta a seguinte questão:
PAVILHÃO NACIONAL E O TEMPLO COBERTO
Prezado e estimado irmão Pedro Juk, tríplice fraternal abraço. Gostaria,
se possível, tirar uma dúvida contigo: Sabemos que pelo ritual maçônico, todo e
qualquer tipo de expressão maçônica tem que ser feita no Templo e com as portas
fechadas. Mas pareceu uma dúvida, se quando for ficar de pé e a ordem no Templo
é com as portas fechadas, não permitindo nada com as portas abertas, por que
então na retirada, após uma cerimônia Magna, o pavilhão nacional (Bandeira
Nacional) é retirado, os Irmãos ficam de pé e a ordem e com as portas do Templo
aberta para saída da bandeira? Não seria uma incoerência?
Sou grato meu irmão, vou apresentar um tempo de estudo e tenho essa
dúvida.
CONSIDERAÇÕES
De modo geral, o Sinal do Grau, conhecido como Sinal de Ordem, é feito
em ambiente coberto, isto é, longe de olhos e ouvidos daqueles que nada podem
ver a respeito.
Nesse sentido, geralmente os sinais são compostos em Loja, por extensão,
em uma Loja aberta, ou aquela que trabalha sob a cobertura dos Cobridores.
O que precisamos é usar o bom senso conforme a situação, até porque o
átrio de um Templo é um ambiente específico para maçons nas sessões ordinárias
e magnas exclusivas para maçons.
Assim, seria um excesso de preciosismo se achar que a porta deva estar hermeticamente
fechada para que o Sinal seja composto. Ora, sabemos perfeita que existem situações
ritualísticas que demandam se manter a porta aberta por um determinado período,
como é o caso do ingresso e retirada formal do Pavilhão Nacional.
Obviamente que nesse caso a porta deverá permanecer aberta para a
passagem do dispositivo, momento em que nas sessões exclusivas para maçons a
Loja recebe o lábaro com todos os presentes à Ordem, isto é, compondo o Sinal
de Ordem.
compreender que há momentos em que a liturgia deve se adaptar à situação. Não há crime nenhum nisso, ao contrário, devemos evitar é o excesso do preciosismo.
Cada caso deve ser analisado conforme a necessidade ritualística. Se a entrada
e retirada do Pavilhão Nacional está prevista, como também está previsto que
todos fiquem à Ordem, a porta deve se abrir para a passagem com todos à Ordem.
No mais, seria de fato excesso de preciosismo se imaginar que no átrio da Loja
pudesse estar presente um não iniciado numa sessão exclusiva para maçons.
As regras se adequam às situações. Além do Pavilhão Nacional, veja
também o caso da leitura da ata, oportunidade em que nem sempre todos os
ouvintes estiveram presentes na sessão em que a ata fora redigida.
T.F.A.
PEDRO JUK
http://pedro-juk.blogspot.com.br
AGO/2022
Nenhum comentário:
Postar um comentário