segunda-feira, 22 de julho de 2024

POSIÇÃO DO SEGUNDO VIGILANTE NO TEMPLO - REAA

Em 25/10/2023 o Respeitável Irmão Júlio César Polido, Loja Caminho do Peabiru, 4343, REAA, GOB-PR, Oriente de Peabiru, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

 

POSIÇÃO DO 2º VIGILANTE

 

Gostaria de saber o porquê de a mesa do 2º Vigilante ser direcionada para o Norte e, a mesa do 1 vigilante para o Leste. Já tentei pesquisar, porém, não consegui chegar a uma resposta concreta.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

          A resposta está no ritual. Observe a dialética de abertura e a pergunta que o Venerável faz aos Vigilantes.

Assim, o 1º Vigilante se coloca no poente do Sol pelas razões mencionadas no ritual. Por ele se encontrar no extremo do Ocidente, ele vê, do Ocidente, à sua frente, o nascer do Sol no Oriente que, durante a sua jornada diária, encaminha-se para o ocaso.


             Já o 2º Vigilante, conforme descreve o ritual, fica no meridiano do dia para observar a passagem do Sol pelo zênite. Como ele está estrategicamente colocado ao Sul como observador do movimento aparente do Sol, naturalmente ele precisa se colocar de frente para o Norte do Templo para registrar esse movimento solar à sua frente, do Leste ao Meio Dia e do Meio Dia ao ocaso.

Vale lembrar que no REAA, o Templo é a representação simbólica de um segmento retangular posicionado sobre o equador da Terra, cuja orientação se faz, no comprimento, de Leste para o Oeste, e na sua largura, de Norte para o Sul.

No conjugado desta alegoria, a Abóbada corresponde ao firmamento e o Pavimento Mosaico o solo terrestre. O Oriente é o lugar onde nasce o Sol e o extremo do Ocidente, o seu poente. As Colunas B e J, figuradamente marcam a passagem dos trópicos: o de Câncer ao Norte, e o de Capricórnio, ao Sul. A linha imaginária que corta longitudinalmente o Templo, de Leste para o Oeste, separa-o em dois hemisférios, chamados em Maçonaria de Colunas do Norte e do Sul.

Destaque-se que o REAA, que tem o seu berço de nascimento na França, mas, por questões históricas, possui inegáveis influências da Maçonaria Anglo-saxônica, é um rito solar, cuja construção iniciática se dá baseada no movimento aparente do Sol, tanto o diário (de rotação), como o  anual (de translação).

Em resumo, essa mecânica celeste se constitui no período de aperfeiçoamento do Iniciado, ou o aperfeiçoamento humano. Por isso é que no REAA cada ciclo anual da Natureza (as Estações do Ano) se encontra representado pelas doze Colunas Zodiacais distribuídas em quatro grupos de três colunas, seis ao Norte e seis ao Sul.

Esta é a razão pela qual as Luzes da Loja se colocam no Leste, Oeste e Sul do Templo.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspor.com.br

 

 

JUL/2024

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