sábado, 8 de setembro de 2018

VOLTADOS OU NÃO PARA O ORIENTE?


Em 25/06/2018 o Respeitável Irmão Joaquim Vicente Filho, Loja Duque de Caxias Luzeiro do Oriente, 252, REAA, GOB, Oriente de Recife, Estado do Pernambuco, solicita o seguinte esclarecimento.

VOLTADOS OU NÃO PARA O ORIENTE?


A dúvida no meu questionamento é no Grau 2. Os irmãos na hora da verificação
das Colunas todos têm que se voltar para o Oriente inclusive os do Oriente?
O Venerável se vira a julgar que o Oriente não termina ali, mas infinito. Procede?
Venerável Mestre volta-se para o Oriente como? Se ele está muito junto à parede? No Grau 3, só os Irmãos das Colunas se voltam. Há uma explicação para isso?

CONSIDERAÇÕES.

Já expliquei bastante isso. No ritual do Segundo Grau, a partir da edição de 2009, esse foi um erro de impressão e montagem. Atualmente, as novas impressões do ritual já estão chegando corrigidas.
Assim, essa prática ritualística, com as devidas ressalvas, deve ser executada tal qual com acontece no Terceiro Grau – apenas os do Ocidente ficam e pé e voltados para o Oriente. Os do Oriente permanecem sentados, pois ali não existe telhamento.
Quanto à justificativa do Oriente infinito mencionada na questão, ela é meramente capenga e não faz sentido algum. Eu já expliquei bastante sobre quando surgiu essa atitude de “todos” se voltarem para o Oriente. Nos antigos rituais do século XIX esse fato até era comum por não existir divisão entre Oriente e Ocidente no REAA (não havia desnível e nem balaustrada). Essa divisão só veio surgir com o aparecimento das então conhecidas Lojas Capitulares. Extintas essas, ao contrário, a divisão do ambiente permaneceu fazendo com que todo o quadrante oriental ficasse sob a responsabilidade do Venerável Mestre. Dada a essa divisão, iniciaticamente no Oriente só ingressam Mestres Maçons. É nesse sentido a razão pela qual no Oriente não existe telhamento – sempre afirma o Venerável: “Eu respondo pelos do Oriente”.
Outros comentários a respeito podem ser encontrados em Perguntas e Respostas do Blog do Pedro Juk.

T.F.A.

PEDRO JUK

SET/2018

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

TRANSMISSÃO DA PALAVRA ENTRE OS DIÁCONOS E AS LUZES DA LOJA


Em 20/06/2018 o Respeitável Irmão José de Freitas Tolentino, Loja Fraternidade e Justiça de Gurupi, 1947, REAA, GOB-TO, Oriente de Gurupi, Estado do Tocantins, apresenta a seguinte questão:

TRANSMISSÃO DA PALAVRA ENTRE OS DIÁCONOS E AS LUZES


Venho mais uma vez recorrer à sua sabedoria para dirimir uma dúvida sobre ritualísti
ca. Recentemente nossa Loja passou a adotar a seguinte postura dos Vigilantes por ocasião da transmissão da Palavra Sagrada: ficam em pé, do lado esquerdo de suas mesas, e de frente para a parede da coluna do norte.
Segundo o irmão que liderou a mudança esse comportamento está baseado na seguinte frase que encontramos na página 49 do Ritual do 1º Grau de Aprendiz Maçom do Rito Escocês Antigo e Aceito que diz: (vou colocar as palavras-chaves em maiúsculas)
“O 1º Diácono sobe os degraus do Trono, pelo NORTE... O 1º Diácono dirige-se ao 1º Vigilante transmite a Palavra Sagrada DA FORMA que recebeu e volta ao seu lugar. O 1º Vigilante a envia ao 2º Vigilante DO MESMO MODO..."
Ou seja: A interpretação é que a Palavra Sagrada deve ser transmitida sempre DO LADO NORTE. O entendimento é que quem recebe deve estar NO LADO NORTE.
Estou achando muito estranha essa interpretação. Sempre trabalhamos com os Vigilantes postados à direita das suas mesas nessas ocasiões.
Gostaria muito que pudesse se manifestar sobre esse assunto, o que antecipadamente agradecemos.

CONSIDERAÇÕES.

Pura invenção de gente que parece não ter o que fazer. É a busca do chifre na cabeça do cavalo.
Ora, alguém que explique para esse Irmão inventor que as Luzes da Loja (Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes) são sempre abordadas pela sua direita, isto é, pelo seu ombro direito. Assim, a referência “norte”, dada ao Primeiro Diácono é para que ele suba os degraus pelo lado norte do Altar em direção ao Venerável Mestre. Agora isso não tem nada a ver com lado da abordagem dos Vigilantes pelos Diáconos, sobretudo numa situação como a do Segundo Vigilante que ocupa a Coluna do Sul e fica de frente para o norte.
O termo “da forma que recebeu” ou “do mesmo modo” utilizado genericamente no ritual se refere literalmente ao ato de se transmitir sussurrada a Palavra, que pode ser dita soletrada, silabada ou dada sem separação (por inteiro) conforme o grau de trabalho da Loja. Isso nada tem a ver com lado da abordagem do Venerável Mestre ou dos Vigilantes.
Ora, ora, ora... É mesmo impressionante como alguns Irmãos gostam de deturpar e inventar na ritualística. De fato, além de estranha, é completamente desproposital essa forma de interpretar e praticar a liturgia da transmissão da Palavra Sagrada na abertura e encerramento dos trabalhos.
A forma correta sempre foi a de o Primeiro Diácono abordar o Altar (Venerável) pelo lado direito (norte). Indo ao Primeiro Vigilante, ele o aborda pelo seu lado direito (ombro direito do titular). Por sua vez, o Segundo Diácono vai diretamente do seu lugar até o Primeiro Vigilante abordando-o também pela sua direita e, em seguida se desloca até o Segundo Vigilante aproximando-se dele pelo seu lado direito (ombro direito). Em resumo, tanto o Venerável como os Vigilantes são sempre abordados pelos seus respectivos ombros direitos. A propósito, não existe também o ato de se circular em volta das mesas dos Vigilantes ou mesmo passar pela sua retaguarda.
De resto é só lembrar que morremos e não vemos tudo o que a capacidade inventiva do homem tem para preparar e nos mostrar.


T.F.A.

PEDRO JUK

SET/2018

SESSÃO CONJUNTA SEM PRÉVIA FORMALIZAÇÃO


Em 25/06/2018 o Respeitável Irmão João Domingos de Araújo, Loja Anielo Pernice Neto, 3.564, GOSP-GOB, REAA, Oriente de Peruíbe, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão:

SESSÃO CONJUNTA SEM FORMALIZAÇÃO.


Tenho lido suas matérias pela Internet. Sou do Rito Moderno no Oriente de Santos.
Contudo ao me aposentar vim para Peruíbe, SP. Aqui chegando me filiei a uma Loja
do REAA.
Tenho uma dúvida e gostaria de ser merecedor de sua colaboração:
  1. Uma Loja pode ir com alguns Irmãos a outra Loja de Oriente próximo e dizer que a sessão foi transferida? Ali levar o livro de presença e dizer que houve sessão fora do local de seu templo? Para isto não teria que ser formalizada uma sessão conjunta e não apenas uma visita com muitos irmãos?
  2. E aqueles que não podem se deslocar a outro local, simplesmente fica com ausência, interferindo seu resultado na chancelaria?
  3. Uma sessão conjunta tem que ter amparo ou ciência da Potencia a que sua Loja é subordinada?
Desde já agradeço, pois não encontrei nenhuma leitura que me ajude nestas questões, salvo algumas de suas matérias que me deu a liberdade de lhe escrever.

CONSIDERAÇÕES.

Conforme o Regulamento Geral da Federação em seu Art.º 97, Inciso VII – São direitos da Loja: Realizar sessões; podendo ser em conjunto com outras Lojas.
No tocante a sua questão propriamente dita, seguem alguns apontamentos:
  1. Uma Loja para realizar uma Sessão Conjunta com outra Loja (desde que da mesma Obediência) deve antecipadamente comunicar por edital aos seus Obreiros. Uma Loja como visitante não leva o seu livro de presenças. Os obreiros visitantes podem receber da Loja anfitriã o certificado de visita. A Loja visitante, assim como a visitada, não pode tratar uma visita como Sessão Conjunta.
  2. Se a Sessão Conjunta for acordada entre ambas as Lojas e previamente marcada, o Irmão que não comparecer à sessão será considerado faltante. Dado a isso é que o Quadro deve tomar conhecimento com antecedência. Recomenda-se que essa tomada de decisão seja tratada em Loja com a concordância da maioria.
  3. Não especificamente, pois para tal o que determina a possibilidade de se realizar uma Seção Conjunta deve ser ato previsto no Regulamento Geral da Obediência. Destaque-se que regimentalmente essas sessões se realizam apenas entre as Lojas de uma mesma Obediência.


T.F.A.

PEDRO JUK

SET/2018

INSTALAÇÃO DE VENERÁVEL MESTRE


Em 19/06/2018 o Respeitável Irmão Aécio Speck Neves, Loja Regeneração Catarinense, 138, REAA, GOB-SC, Oriente de Florianópolis, Estado de Santa Catarina, apresenta a seguinte questão:

INSTALAÇÃO DE VENERÁVEL MESTRE.


Recorro, mais uma vez, ao teu conhecimento maçônico a fim de solicitar informações sobre os seguintes tópicos:
1.     Desde quando os Mestres devem se retirar do Templo na parte final da instalação de um novo Venerável Mestre?
2.     Antes disso os Mestres podiam ficar no Templo durante toda a cerimônia?
3.     Faço tais indagações porque pretendo levantar na minha Loja uma ideia, ou luta, em prol da presença dos Mestres Maçons no Templo, durante toda a cerimônia de instalação do novo Mestre da Loja; afinal, se nós elegemos, por que não podemos assistir toda a cerimônia, não concordas?


CONSIDERAÇÕES.

Embora a Instalação que acontece indistintamente em todos os ritos na Maçonaria brasileira não seja original – Instalação tradicional ocorre apenas no Craft – esse costume acabou se tornando consuetudinário por aqui.
Na realidade, a verdadeira Instalação inglesa não se adequa a lendas e a procedimentos esotéricos. Instalação é simplesmente a posse de um dirigente acolhido na cadeira (trono) da Loja.
A despeito desses comentários, a Instalação formatada por uma alegoria lendária, além de sinais, toques e palavra acabou se tornando, particularmente no REAA, uma marca da Maçonaria tupiniquim, sendo a sua aplicação obrigatória para aqueles que são legalmente eleitos para o veneralato da Loja. Nesse sentido, uma vez instalado na cadeira da Loja o maçom adquire ad aeternum o título honorífico, ou distintivo de Mestre Maçom Instalado, mesmo após ter deixado a presidência da Loja. Nesse caso os ex-Veneráveis são Mestres Maçons Instalados. Cabe alertar que embora a presença de “segredos esotéricos” esse título não é um grau maçônico.
No Grande Oriente do Brasil o costume de se instalar esotericamente um Mestre Maçom eleito para o cargo de Venerável ocorre desde o ano de 1968. Naquela oportunidade o então Grão-Mestre Geral Moacir Arbex Dinamarco adotou um ritual para esse fim que fora encomendado ao Irmão Nicola Aslan, obreiro esse oriundo das Grandes Lojas Estaduais brasileiras.
Destaque-se que foi a Obediência que congrega as Grandes Lojas estaduais brasileiras que copiou das Grandes Lojas norte-americanas (Lojas Azuis - York Americano) esse costume, adequando-o, diferente do norte-americano (por extensão, do inglês) a um sistema velado que adota sinais, toques e palavra. Nesse embalo o REAA, rito que originalmente não possui instalação, acabou recebendo essa prática por enxerto.
Provavelmente Aslan ao elaborar o ritual para o GOB buscou todo esse esoterismo em rituais latinos (franceses) que se propunham a dar à Instalação esse tipo de perfil. Acrescente-se que a verdadeira instalação praticada na Inglaterra pelo Craft nada tem a ver com essas criações inventivas.
Dado a isso, aqui no Brasil as Obediências costumeiramente nomeiam Conselhos compostos por Mestres Instalados para empossar um novo Mestre Instalado no cargo de Venerável Mestre, ou mesmo reconduzir um ex-Venerável ao mandato por uma cerimônia de Reassunção. Ocorre que, pela adoção de um cerimonial esotérico que, em primeira análise possui seus “segredos”, um Mestre Maçom eleito Venerável Mestre passa por uma cerimônia própria, cuja qual é restrita apenas àqueles que detêm o título honorífico de Mestre Instalado. Por assim ser e atendendo a um ritual para esse fim legalmente aprovado, parte dessa cerimônia é coberta aos Aprendizes, Companheiros e Mestres Maçons não detentores desse título distintivo. Em síntese, em determinada parte dessa cerimônia só podem estrar presentes Mestres Instalados, portanto não há como, segundo o modelo adotado, estarem presentes Irmãos que não tenham sido ainda eleitos para o veneralato de uma Loja.
Em se tratado do Grande Oriente do Brasil, eu entendo a preocupação do Irmão, todavia a regra é respeitar o ritual legalmente aprovado, destacando que nele existe a cobertura do templo para a reunião do Conselho de Mestres Instalados, Conselho esse designado por ato do Grão-Mestre Estadual.
Especificamente no que diz respeito a sua questão, no GOB a cerimônia esotérica de Instalação passou a se fazer presente desde 1968. Antes disso não havia esse tipo de cerimônia e o Mestre Maçom eleito para o veneralato, particularmente no REAA, simplesmente tomava posse na presença de todos. Ele, ao concluir o seu mandato era tratado apenas como ex-Venerável.
Por fim, alterar esse costume dependeria antes de qualquer coisa mudar toda a estrutura da cerimônia, sobretudo aquela que mantém procedimentos velados e restritos ao Conselho dos Mestres Instalados. 


T.F.A.

PEDRO JUK


SET/2018


quarta-feira, 5 de setembro de 2018

OFÍCIO DO CHANCELER II


Em 17/06/2018 o Irmão Marcelo Souza, Companheiro Maçom da Loja Montsalvat, REAA, GLMMG, Oriente de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, pede comentário sobre o que segue:

OFÍCIO DO CHANCELER


A questão que apresento não diz respeito à ritualística, porém, solicito seu auxílio com relação ao seguinte: além dos deveres em Loja, quais seriam os atos/ações que poderiam
ser atribuídos/exercidos pelo Chanceler?

CONSIDERAÇÕES.

O cargo se deriva do antigo magistrado a quem incumbia à guarda do selo real; por extensão, o guarda-selos.
Em Maçonaria ele é também o oficial encarregado dos registros dos obreiros da Loja, ficando ao seu encargo a guarda do Livro de Presenças, tanto o do da Loja, assim como o dos Irmãos visitantes.
É o responsável pelo Selo da Loja, o qual ele aporá às assinaturas quando se fizer necessário. Sua missão é a de chancelar documentos. Com base nesse ofício é que sua joia distintiva corresponde ao guarda-selos.
Uma das suas missões é controlar a frequência dos Irmãos fornecendo, quando solicitado, os percentuais de assiduidade, principalmente quando da realização de eleições.
Junto com o Secretário ele mantém em dia os dossiês dos membros da Loja registrando paulatinamente as respectivas atualizações. É o encarregado de fornecer os certificados de presença aos visitantes.
É também do Chanceler a missão de informar ao Venerável Mestre se há número suficiente de Irmãos para a abertura dos trabalhos.
Compete a ele informar à Loja as efemérides pertinentes à Maçonaria em geral e do Quadro em particular.
Afora as suas obrigações de ofício, como qualquer maçom ele deve estar sempre à Ordem para desempenhar missões que porventura possam lhe ser atribuída.


T.F.A.

PEDRO JUK


SET/2018.

PREPARAÇÃO DO CANDIDATO NA EXALTAÇÃO


Em 15/06/2018 o Respeitável Irmão Marcelo Pereira Medeiros, Loja Acácia Candidomotense, 2.612, REAA, GOSP-GOB, Oriente de Cândido Mota, Estado de São Paulo, formula a seguinte pergunta:

PREPARAÇÃO DO CANDIDATO NA EXALTAÇÃO


Estou recorrendo a você novamente meu Irmão. Tivemos recentemente

uma Sessão Magna de Exaltação e surgiu uma dúvida, na página 101 do ritual do 3º Grau do REAA, preparação do candidato, está escrito “Que deverá estar com terno preto e sem metais”. Sempre fizemos sem o paletó, ficando o candidato somente com a camisa com o braço e peito esquerdos nus. Alguns irmãos questionaram dizendo que devemos manter o paletó, pois o ritual diz que deve estar com o terno. Mantemos o paletó ou só a camisa?

COMENTÁRIO

Com todo o respeito, sinceramente isso é o mesmo que procurar pêlo em ovo. Ora, o que o ritual menciona é que o candidato deve se apresentar vestido de terno preto e sem os metais. A partir daí então o Experto o irá preparar na forma de costume, isto é, fazendo com que o candidato retire o paletó e se mantenha de camisa branca que será arranjada (adequada) para a cerimônia de Exaltação.
A propósito, o termo “sem metais” significa que ele não deve trazer consigo dinheiro e objetos de valor como joias, relógio, etc. Destaque-se que isso não significa não trazer “objeto de metal”, como a fivela do cinto que segura as suas calças.
Agora, manter o candidato de paletó nessa oportunidade é algo indescritível, senão pura ignorância para com os procedimentos ritualísticos.
Infelizmente sou obrigado a pensar que tem muita gente por aí discutindo o sexo dos anjos, o que é lamentável, sobretudo em se tratando de Maçonaria.
Penso que tudo isso advém da mania do “está escrito”, ou “onde está escrito”, comuns ao peripatético viés latino de Maçonaria. Essa atitude tem sido em muitos casos um verdadeiro suporte para preguiça mental – é o não querer raciocinar.
Os defensores dessas bobagens deveriam antes procurar entender a sequência iniciática e o porquê desse arranjo na vestimenta especulativa de um maçom - desde a sua Iniciação até a Exaltação.
Ora, se o traje do rito previsto no ritual para as sessões magnas é o do terno preto ou escuro, camisa branca, etc., por óbvio o candidato assim se apresenta para que posteriormente ele então seja preparado para a liturgia.
No mais meu Irmão, o candidato fica com as vestes arranjadas sem paletó e de camisa. Por fim, talvez só nos reste sugerir ao GOB que preciosamente explique no ritual (pelo menos para alguns) que “o candidato deve retirar de paletó e permanecer de camisa para a preparação”.


T.F.A.

PEDRO JUK

SET/2018

terça-feira, 4 de setembro de 2018

DISPOSIÇÃO DA ESPADA FLAMEJANTE SOBRE O ALTAR


Em 13/06/2018 o Respeitável Irmão Cesar Salim, Loja União, Pátria e Caridade, 1.258, REAA, GOB-RJ, Oriente de Itaocara, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a seguinte pergunta:

DISPOSIÇÃO DA ESPADA FLAMEJANTE SOBRE O ALTAR


Estou Orador da minha Loja e gostaria de saber do Poderoso Irmão sobre a Espada
sobre o trono do Venerável Mestre, ou seja, para que lado fica a ponta da Espada Flamejante?

CONSIDERAÇÕES.

Não existe nenhuma regra para tal. Como eu já expliquei inúmeras vezes, ela fica preferencialmente dentro de um escrínio ou sobre uma almofada colocada sobre o lado sul do altar ocupado pelo Venerável Mestre, não importando o lado para qual esteja direcionada a sua ponta ou o seu cabo. O lado sul do altar é apenas para que ela fique o mais próximo possível do oficial encarregado de transportá-la durante a liturgia de consagração do candidato.
A Espada Flamejante é de uso exclusivo do Venerável Mestre, sendo que a mesma só pode ser empunhada por ele ou por um ex-Venerável.
Como ela simbolicamente representa um raio de fogo, a mesma então não pode ser embainhada. Acondicionada dentro de um escrínio ou sobre uma almofada, o seu condutor, que é o Irmão Porta-Espada, nela não toca.
O REAA\ herdou o costume de consagrar o candidato das práticas templárias. Sem nenhum sentido religioso ou mesmo de concepções místicas e ocultas, em Maçonaria ela simboliza o ato de constituir e dar dignidade. Nesse sentido, essa prática nada tem a ver com beatificação ou sagração religiosa. Esotericamente a espada representa a precisão e prontidão da justiça salomônica.
Por tudo comentado, ratifica-se: não existe nenhuma orientação quanto à posição da Espada em descanso sobre o altar.

T.F.A.

PEDRO JUK


SET/2018