sábado, 4 de novembro de 2017

SAUDAÇÃO NO USO DA PALAVRA - REAA

Em 11/08/2017 o Respeitável Irmão Cesar Salim, Loja União, Pátria e Caridade, 1.258, REAA, GOB-RJ, Oriente de Itaocara, Estado do Rio de Janeiro, solicita o seguinte esclarecimento:

SAUDAÇÃO NO USO DA PALAVRA


Poderoso Irmão sabedor que sou de suas explicações sobre o assunto, mesmo assim eu gostaria de expor em tempo de estudos sobre a saudação em Loja, ao solicitar a palavra, quem saudamos primeiro? Temos um ex Venerável que não concorda com a saudação as luzes em primeiro lugar e sim temos de saudar em sua opinião todos no Oriente e depois os Vigilantes. Certo de sua resposta para possamos apresentar em Loja agradecemos e enviamos nosso TFA.

CONSIDERAÇÕES:

A questão é que isso não é saudação, mas uma maneira protocolar de se dirigir em Loja ao se usar a palavra no REAA\. Além do que, quem usa a palavra estando em pé obedece à outra norma do Rito, ou seja: em Loja aberta quem se posicionar em pé, fica à Ordem e, antes de retomar assento desfaz o Sinal pela pena simbólica – isso não é saudação, mas uma conduta ritualística.
Assim, o usuário da palavra antes de discorrer sobre um assunto, autorizado, costumeiramente ele menciona por primeiro as Luzes da Loja, em seguida as autoridades presentes (sem a necessidade de mencioná-las uma a uma) e por fim, genericamente, todos os demais pronunciando: meus irmãos.
É de péssima geometria o costume de se ficar enumerando e mencionando cada autoridade presente, Mestres Maçons Instalados, etc.
Se o usuário da palavra ainda assim quiser fazer deferência às autoridades, então se sugere que ele, de modo sucinto, apenas mencione a mais alta autoridade presente - o Grão-Mestre, por exemplo - em nome de quem se saúdam todas as demais.
A objetividade é uma das virtudes aplicadas na Maçonaria e, ao mesmo tempo, evitam-se massagens em “certos egos” que adoram essa benevolência.
A propósito, no GOB\, saudações (pelo Sinal) em Loja somente se dão ao Venerável Mestre quando do ingresso e saída do Oriente ou as Luzes da Loja quando do ingresso formal pela Marcha do Grau – vide Ritual de Aprendiz do REAA em vigência.
Concluindo, compreenda-se que a saudação pelo sinal é o ato de se saudar alguém pelo Sinal de Ordem, desfazendo-o imediatamente em seguida pelo Sinal Penal. Já estar à Ordem e se dirigindo a alguém, a exemplo de como se faz quando do uso a Palavra, não é atitude de saudação.

E.T. – nossos rituais ainda mencionam a rançosa e redundante frase: “de pé e à Ordem”. Ora, pergunta-se: alguém ficaria à Ordem sentado?


T.F.A.

PEDRO JUK

NOV/2017


8 comentários:

  1. Contribuindo com a questão, digo, com todo respeito, que a opinião do dito ex-Venerável está complemente errada para o REAA, já que segundo a tradição a ordem de cumprimento protocolar sempre é dada primeiramente às Luzes, pois a elas é atribuída a direção, em sentido lato, da Loja.
    A título de argumentação, lembra-se que caso esteja presente o Grão Mestre, teria havido a tradicional entrega e devolução do malhete, no qual a direção é devolvida ao Ven.·.. Ora, se a própria autoridade máxima do simbolismo devolve a direção da oficina, não há porque ter ela precedência em relação a quem está dirigindo a Loja na citação nominal dos cumprimentos protocolares.
    Ao que parece, o citado ex-venerável está a querer aplicar regra do Rito Brasileiro, em que os cumprimentos são na seguinte ordem: Ven.·., autoridades, VVig.·., etc. Acredito que isso se deva a característica especifica do Rito e a sua ampliação ao REAA implica em evidente enxerto que, no meu modesto entendimento, deve ser coibido.
    Penso que o cerne da questão é que as autoridades da federação e da jurisdição devem ser respeitadas como tal, porém devem respeito e, de certa forma, se sujeitam, enquanto em Loja aberta, as ocorrências e decisões das DDig.·., mormente das Luzes, que compõem e estão desenvolvendo os trabalhos da Loja que no momento visitam. Pensar o contrário seria admitir a irregular interferência nos trabalhos pela Obediência a que está jurisdicionada ou federada a Loja em questão.
    Pelo menos é o que me parece.

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  2. Valeu pela contribuição. Muito bem acertada. Tem uma classe de maçons que se acha por possuir o título honorífico de MI. Assim, por ele "se achar", fica por aí achando coisas. Talvez seja o caso desse ex-Venerável.

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  3. Prezados IIr:., pelo que eu entendi, não se saúda às Luzes por ocasião do uso da palavra, mas apenas as cumprimenta.
    Em minha Loja, estamos em dúvida devido à seguinte passagem (1ª Instrução): O Sin:. Gut:. ou Saud:. Maç:., é feito à entrada do Templo, durante os ttrab:., ao Ven:. Mestre e aos VVig:..
    A ambiguidade está no seguinte: o termo entre vírgulas "durante os ttrab" é um termo explicativo ou um termo aditivo?
    Na verdade, a primeira vírgula, deste trecho já está errado, por separar o sujeito do predicado. Logo, fico sem saber se o termo "durante os ttrab" é explicativo ou aditivo, uma vez que fica redundante, porque que estando em Loja, se não for trabalhando, não há de se falar em sinal.
    É como o próprio irmão explicou em uma mensagem anterior quando do trecho "de pé e à Ordem". Pois, se ao estar de pé deve-se sempre estar à Ordem, por que dizer que se deve ficar à Ordem.
    Sendo assim, pergunto: deve-se saudar às Luzes, ou, permanecendo à Ordem, cumprimentá-las sem se fazer Saudação?

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  4. Envie por favor essa questão para o meu e-mail jukirm@hotmail.com
    Informe o nome, Loja, Rito, Obediência, Oriente e Estado da Federação.

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  5. Respostas
    1. Entendo que todo maçom deve saber que em determinados ritos, após a abertura do Livro da Lei, isto é, da Loja aberta, quem ficar em pé, fica à Ordem. Não compactuo com justificativas para dar vida a redundâncias. É bom que se diga que antes de abrir o Livro da Lei, a segunda obrigação de um Vigilante é a de verificar se todos os presentes são maçons, o que de pronto, todos em pé no Ocidente, ficam à Ordem antes de a Loja estar aberta. Obrigado pelo seu comentário.

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    2. Seu argumento é pertinente, irmão Pedro Juk, por isso excluí meu comentário. Não cabe na Sublime Ordem buscar justificativas para a redundância. TFA

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