Em 01/05/2019 o Respeitável Irmão André Scarpitti, Loja Estrela de
Luziânia, REAA, GOB-GO, Oriente de Luziânia, Estado de Goiás, solicita o
seguinte esclarecimento:
PALAVRA SEMESTRAL
Sirvo-me por meio desse para além de
cumprimentá-lo, buscar da sua sabedoria para tirar uma dúvida que vem assolando
as reuniões de minha Loja.
Pois bem. Amado Irmão, na minha oficina tem um
irmão que além de fazer parte do qu adro da Loja, também pertence a outra
Oficina, ambas pertencentes ao GOB.
ACONTECE QUE NA SESSÃO QUE TIVEMOS AO FINAL A
TRANSMISSÃO DA PALAVRA SEMESTRAL, POR ORDEM DO VENERÁVEL MESTRE, FIZERAM COBRIR
O TEMPLO, AO ARGUMENTO DE QUE ESSE IRMÃO RECOLHIA PELA OUTRA LOJA QUE NÃO
NAQUELA ONDE A PALAVRA SEMESTRAL SERIA TRANSMITIDA.
O irmão alegou que por fazer parte de ambas as
Lojas, deveria ficar para o recebimento.
No entanto a ORATÓRIA o fez cobrir o templo porquanto
não tinha a plena certeza que esse
irmão estava em dia com a Loja em que recolhe os emolumentos.
Dessa forma, como Orador de Ofício, gostaria de
saber algo a respeito até para que a paz a harmonia e a concordância reine nas
sessões.
CONSIDERAÇÕES.
Antes dos comentários propriamente ditos, eu
gostaria de fazer uma rápida, mas importante colocação sobre a expressão “cobrir o Templo”. Penso que precisamos
extirpar esse anacronismo do nosso linguajar. De há muito eu venho batendo
nessa tecla. Quem cobre o Templo, não é aquele que dele sai nas ocasiões
necessárias. Aquele que se retira é quem tem para si o Templo coberto - pelo
Cobridor. Isso significa que ele não poderá ver e nem ouvir o que se passa no
interior do Templo naquela oportunidade. Reitero, quem tem o ofício de cobrir o
Templo é o Cobridor. Se ao contrário fosse, como muitos mencionam, “o fulano cobriu o Templo”, ou “fazei o fulano cobrir o Templo”, então os
demais é que deveriam sair para que o fulano pudesse cobrir o Templo (fechar a
porta).
Dados esses comentários, vamos à questão do
Irmão filiado em duas Lojas.
Nessas condições, é comum que ele receba a
Palavra Semestral apenas pela Loja que ele recolhe suas obrigações devidas à(s)
Obediência(s). É aconselhável, entretanto, que a Loja que possui no seu quadro
Irmão(s) duplamente filiado(s), antes de revelar a Palavra Semestral, se
certifique primeiro da condição de regularidade desse(s) Irmão(s) na outra
Loja.
Por outro lado, cabe lembrar que a Cadeia de União
no REAA é formada apenas para se transmitir a Palavra Semestral. Assim, se um
Irmão duplamente filiado já recebeu a Palavra numa das Lojas, ele não tem
necessidade de exigir a sua participação na Cadeia, pois ele já sabe a Palavra,
lembrando que ela é igual na Obediência inteira.
Outro aspecto a se considerar é o de que dupla
filiação faz com que o duplo filiado precise se manter regular nas duas Lojas.
A sua irregularidade numa delas poderá atingi-lo em toda a Obediência. O
recolhimento dos metais devidos à Obediência ele o faz apenas numa das Lojas,
mas aquelas obrigações pecuniárias concernentes às Lojas em particular ele o
faz em ambas. Lembro que há também o cumprimento do índice obrigatório da
frequência, por Loja. Dada a essas particularidades é que se dedica cautela na
transmissão da Palavra Semestral, pois sua posse denota penhor irrestrito da
regularidade.
Atualmente já existem muitos sistemas
eletrônicos que em tempo real podem averiguar as condições de regularidades de
Obreiros. Acredita-se que em breve tudo estará aprimorado e interligado,
inclusive as Lojas.
T.F.A.
PEDRO
JUK
AGO/2019
Nenhum comentário:
Postar um comentário