Em 07/01/2020 o
Respeitável Irmão Luiz Antônio Silva, Loja Vinte de Agosto, 2.670, REAA,
GOB-MS, Oriente de Dourados, Estado do Mato Grosso do Sul, apresenta a questão
que segue:
ASSENTO NAS CADEIRAS DE HONRA
Considerando o
decreto 1469/2016/GMG, pergunto:
1) Grão Mestre
Estadual (ou Geral) e Grão Mestre Adjunto Estadual (ou Geral) podem ser
assentados à direita e à esquerda do Venerável em uma mesma sessão?
2) Autoridades que
não sejam Mestres Instalados podem ocupar uma das cadeiras ao lado do
Venerável?
CONSIDERAÇÕES.
1. Conforme prevê o
Decreto 1469/2016 em estando desocupada a cadeira, a sua ocupação se dará pela
ordem de precedência que menciona o Regulamento Geral da Federação no seu Art.
219, § 2º e Incisos seguintes. No tocante à sua questão sobre esse tópico, tudo
vai depender de quais autoridades estejam presentes na sessão, lembrando de que
os Grão-Mestres Gerais Adjuntos, Estadual e Geral, detém a 3ª e 5ª faixa
respectivamente.
2.
No Rito em questão, o 1º Vigilante, que é o substituto imediato do
Venerável Mestre, não precisa, para ser 1º Vigilante, um Mestre Instalado.
Assim, na condição de substituto precário, ele dirige os trabalhos mesmo não
sendo Mestre Instalado. Em qualquer situação o substituto dirige os trabalhos ocupando o trono.
Essa condição, de Mestre Instalado, também
não atinge a nenhum ocupante das cadeiras de honra. Quem é instalado para o
exercício do mandato é o Venerável que ocupa por ofício o Trono. As duas cadeiras,
da direita e da esquerda respectivamente, nada tem a ver com esse título
distintivo. Lembro que trono só existe um, o destinado ao Venerável Mestre.
Assim, no meu entender não há obrigatoriedade
para que o ocupante da cadeira de honra seja um Mestre Maçom Instalado, até
porque muitas autoridades podem até mesmo nem possuir esse título distintivo,
porém continuam autoridades - Deputados, por exemplo.
Cabe mencionar que nas Sessões Magnas de Iniciação, Elevação e
Exaltação, o substituto legal do Venerável aí sim precisa ser um Mestre
Instalado da Loja, preferencialmente mais recente. Isso se dá não por uma questão
de trono ou lugar, ou ainda de instalação, mas devido a liturgia da sagração
que envolve o uso da Espada Flamejante.
Eram as considerações, porém por oportuno gostaria de mencionar que
essas não são regras iniciáticas. Infelizmente nossos rituais às
vezes ficam condicionados a regras que estão muito distantes dos verdadeiros
propósitos e tradições da Sublime Instituição, dos quais deles é o de exercer a
humildade. Poderíamos perfeitamente estar livres dessas condicionantes de
títulos e distinções se as duas cadeiras de honra, por exemplo, servissem
apenas aos Grão-Mestres quando estes se fizessem presentes, caso contrário as
mesmas deveriam ficar vazias, ou mesmo seriam retiradas. É bom que se diga que as
outras autoridades, como é sabido, já têm destinado seu lugar no Oriente, porém,
abaixo do sólio, fato que parece infelizmente trazer insatisfação para
alguns. Dado a isso, desafortunadamente a liturgia iniciática, que é sem dúvida
a mais importante de todas, acaba ficando legada a um segundo plano. Essa é a
minha opinião. Como diz um dito popular castelhano: "Yo no creo en brujas,
pero que las hay, las hay".
T.F.A.
PEDRO JUK
MAR/2020
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