quinta-feira, 16 de novembro de 2023

O TRONCO DE BENEFICÊNCIA - COMENTÁRIOS

Em 16.06.2023 o Irmão Companheiro Maçom que se identifica como Tossida, Loja Luz e Sabedoria, 4184, REAA, GOB-SP, Oriente de Conchal, Estado de São Paulo, apresenta o que segue:

 

TRONCO DE BENEFICÊNCIA

 

Gostaria de saber mais sobre o Tronco de Beneficência. Algum trabalho a respeito?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

O giro do Tronco de Beneficência, ou de Solidariedade, em Loja, também conhecido como Tronco da Viúva, é natural nos ritos de origem francesa. O sentido dessa coleta é a do exercício da caridade sem ostentação.

Assim, cada um deve depositar aquilo que pode sem que outros saibam quanto ele pode doar, ou mesmo se nada pode dispor naquele instante.

O termo “da Viúva” remonta aos tempos operativos da Maçonaria onde as viúvas e filhos dos operários que sucumbiam no exercício do seu ofício eram assistidos pelas guildas.

             Na Maçonaria francesa do século XVIII e XIX, o giro do tronco teve origem nas igrejas francesas daquela época, onde ao final das missas, durante a saída dos fiéis, um personagem encarregado pela caridade da paróquia oferecia aos devotos uma bolsa que ele trazia à tiracolo para receber a doação.

Graças a essa característica de arrecadação é que atualmente na Maçonaria um oficial encarregado pela coleta apresenta aos maçons em Loja uma bolsa segura pelas duas mãos junto ao seu quadril esquerdo. Essa postura, em tese procura imitar o gesto do esmoleiro que operava a coleta no átrio das igrejas na França.

O encarregado pela coleta em Loja denomina-se Hospitaleiro, cujo qual ao fazer a coleta volta os olhos para o lado oposto em uma atitude de discrição que o momento exige.

Cabe destacar que nos séculos XVIII e XIX era comum nas Lojas francesas os maçons doarem joias valiosas e moedas para a caridade da Loja. Desse modo, naquela época geralmente o produto da coleta era conferido pelo Guarda da Lei que, por sua vez, pesava o produto e informava em quilos à Loja a quantidade de metais preciosos arrecadados. Esse produto era posteriormente creditado à tesouraria e ficava à disposição do Hospitaleiro.

A vista dessas características é que acabariam consagradas na Maçonaria as expressões “medalha cunhada”, “metais” e “quilos”. Atualmente convenciona-se que o produto arrecadado é anunciado em moeda corrente do País.

No tocante à operacionalidade litúrgico ritualística que envolve o giro para a coleta do Tronco, o mesmo segue o que dispõem os rituais dos respectivos ritos.

A lição iniciática haurida do ato da coleta é a da discrição na prática da caridade, sobretudo naquilo que cada um pode doar de coração.

Ainda vale ressaltar que a palavra “tronco”, do francês tronc, é de modo figurado de mencionar aquilo que com o tempo engrossa no volume – no caso engrossa a caridade e a solidariedade da Loja.

Esses são alguns aspectos inerentes à coleta do Tronco de Beneficência.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

NOV/2023

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