domingo, 24 de março de 2019

REAA - QUANDO O MESTRE DE CERIMÔNIAS USA O BASTÃO


Em 12/11/2018 o Respeitável Irmão Renato Coelho, Venerável Mestre da Loja Trajano, Theodomiro da Silva, REAA, GOB-MG, Oriente de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, solicita o seguinte esclarecimento:

QUANDO O MESTRE DE CERIMÔNIAS DEVE USAR O BASTÃO.


Peço explicar se o Mestre de Cerimônias, ao conduzir um Aprendiz entre Colunas para Instruções e principalmente se o mesmo tiver de instruir o Aprendiz, por exemplo, com a macha e bateria do Grau, se estará de posse do Bastão?
Peço discriminar todos os momentos obrigatórios, que o Mestre de Cerimônias deverá estar com o Bastão.

CONSIDERAÇÕES:

Exprime o Ritual na sua página 44:
“O M\ de CCer\ estará munido de bastão, não devendo usá-lo quando circular em Loja, excetuando-se na abertura e no encerramento dos Trabalhos, ou quando conduzir um Ir\ em Loja, ou ainda quando o Ritual o determinar”.
Especificamente, no caso da primeira instrução ao Aprendiz na página 164 do Ritual o Venerável ordena ao Mestre de Cerimônias que ele convide o Irmão Aprendiz para receber os ensinamentos. Na mesma página vai um explicativo determinando que o Aprendiz seja colocado entre colunas para receber a instrução.
Nesse sentido, o Mestre de Cerimônias deve conduzir o Ir\, porquanto deveria estar munido do bastão, entretanto é preciso se levar em conta que ele para ensinar o Aprendiz, por motivos óbvios, carece de estar com as suas mãos livres, tornando-se impróprio e incômodo o uso do bastão nessa oportunidade. Nesse sentido o bom senso aponta para que ele não utilize o bastão ao auxiliar na instrução.
Como se sabe, toda a regra tem a sua exceção e esse é um caso, o que nos dá a certeza que pela necessidade do momento não se estará ferindo o ritual. Aliás, é bom que se diga que entre proceder de modo incorreto só porque ele “está escrito”, ou o de se fazer a coisa comprovadamente correta, o melhor mesmo é se optar pelo comprovadamente correto.
O bom senso tem sido uma virtude na vida, sobretudo quando se aplica corretamente a razão para julgar ou raciocinar casos particulares da existência. Ao invés de se utilizar de uma prática equivocada só porque às vezes ela está escrita, melhor mesmo é buscar bom senso para julgar e resolver o problema de acordo com o senso comum. Seria oportuno que os defensores da máxima “onde é que está escrito” se inteirassem às vezes, pelo menos um pouco dessa assertiva. Excesso de preciosismo é um vício que desvirtua o progresso.
Quanto à discriminação de “todos os momentos obrigatórios” que o Mestre de Cerimônias deverá estar com o bastão, penso que além daqueles previstos, outras situações poderão se apresentar durante a liturgia, portanto não tenho como prever essas situações, senão recomentar que, diante delas o Irmão utilize o “bom senso”.
Concluindo, circunstâncias como essa farão parte das explicações e orientações ritualísticas para os três rituais do REAA\ que serão paulatinamente publicadas numa plataforma de nome GOB-RITUALÍSTICA ainda esse mês.


T.F.A.

PEDRO JUK


MAR/2019

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