Em 14/11/2018 o Respeitável Irmão Nilton Benedito Baltazar, Loja
Conciliação e Justiça, 2058, REAA, sem mencionar o nome da Obediência, Oriente
de Presidente Prudente, Estado de São Paulo, solicita esclarecimentos para o
seguinte:
SAUDAÇÕES, ELOGIOS E CUMPRIMENTOS.

Também não concordo que nas iniciações Irmãos
visitantes além de parabenizar os iniciados queiram lhe dar instruções
(comportamento, assiduidade) etc.
Caso queira agradeça o convite e parabenize o
Venerável pelos trabalhos, o que também acho desnecessário. Enfim. Qual seria o
correto?
CONSIDERAÇÕES.
Um dos ofícios do Orador é saudar os Irmãos
visitantes em nome da Loja na oportunidade em que ele faz as conclusões finais.
Nas devidas proporções, não se pode cercear o
direito de um Irmão fazer algum comentário, nesse caso sobre uma peça de
arquitetura apresentada.
O que deve existir sim, por parte dos
usuários da palavra, é o bom senso para não ficar repetindo pronunciamentos já
feitos ou usar da palavra para proferir os famosos discursos prolixos e
providos de rançoso lirismo.
Para que essas atitudes não aconteçam, é
preciso que a Loja, na medida do possível prepare e ministre instruções sobre o
uso da palavra pelo maçom, sobretudo ensinado que ele deve ser objetivo na sua
fala e evite verborragias desnecessárias.
É oportuno salientar que o comportamento
maçônico se aplica a todos, inclusive ao Venerável que é quem menos deve falar,
porém dirigir como serenidade e competência os trabalhos. Nesse particular, é
bom que se diga que também o Orador deve seguir essa regra, pois como Guarda da
Lei ele deve dar exemplo objetividade no cumprimento do seu dever. Cabe entende
que o Orador de uma Loja maçônica não é aquele que profere discursos, mas
aquele que zela para que os trabalhos se deem na forma da lei.
Sob o aspecto dos visitantes nas Iniciações,
esse é outro assunto sério que encontramos nas nossas lides. Sem dúvida, esses
também precisam de instrução ao invés de querer dar instruções em momentos
inapropriados. Falar sobre assiduidade ao recém-iniciado então, é o mesmo que
querer dar atestado ao novo Aprendiz de que as coisas não andam bem na Loja quando
o assunto diz respeito à frequência. Isso é mesmo atitude de mau gosto e
refinada inconveniência.
Ora, a palavra é posta nas Colunas e Oriente para
que os eventuais usuários se pronunciem a respeito do ato, o que se resume
geralmente em dar boas vindas ao Iniciado. Instruções terão o seu tempo próprio
nas sessões vindouras da Loja e não por visitantes na cerimônia de Iniciação.
Isso, além de ser impróprio é improdutivo e serve só para esgotar a paciência
dos outros.
No fim de tudo, ao que me parece é que antes
do iniciado, quem carece de instrução nesse caso são alguns daqueles que já possuem
bem mais tempo de estada na Ordem e que deveriam dar exemplo àquele que acaba
de ultrapassar os umbrais dos nossos Templos.
A propósito, uma das virtudes do maçom é a de
dispensar elogios.
Concluindo, lembro que a dialética, a
retórica e a lógica são três das Sete Ciências e Artes Liberais. No seu
primeiro trivium, objeto de estudo do
Companheiro, o maçom aprende que a arte do diálogo e da oratória somente é
plausível se para ela existir razão (o porquê da sua existência).
T.F.A.
PEDRO
JUK
MAR/2019
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