sexta-feira, 8 de novembro de 2019

NÃO EXISTE CIRCULAÇÃO NA MESMA COLUNA


Em 01/08/2019 o Respeitável Irmão Frederico Emílio Germer, Loja Herbert Jurk, 2.818, REAA, GOB-SC, Oriente de Timbó, Estado de Santa Catarina, solicita esclarecimentos para o que segue:

CIRCULAÇÃO NA MESMA COLUNA.


No novo site de Ritualística, do REAA, questão 30. Circulação e Saudação, item V.3 está descrito: Na mesma Col\ não há circulação. Gostaria de clarificar essa questão. Se, por exemplo, o Mestre de Cerimônia precisar, devidamente autorizado, ir até o assento do cobridor interno ou do mestre de harmonia, e retornar ao seu lugar, este o fará diretamente, sem circulação através do eixo do templo?

CONSIDERAÇÕES.

Circulação em Loja no REAA se dá apenas no Ocidente da Loja e segue a marcha diária do Sol (sentido horário). Os deslocamentos horários seguem a regra de se circular somente quando se passa de um para outro hemisfério.
Isso se dá porque o espaço da Loja representa simbolicamente um segmento retangular sobre o equador do globo terrestre, cuja linha imaginária do equador, tal qual no planeta Terra, divide o ambiente em dois hemisférios. Assim o espaço do Templo é orientado na sua largura de Norte ao Sul e no seu comprimento do Ocidente (Oeste) para o Oriente (Leste). As duas Colunas Vestibulares B e J marcam, tal como na esfera terrestre, a passagem dos trópicos de Câncer ao Norte e de Capricórnio ao Sul.
As paredes ocidentais Norte e Sul são conhecidas como Topos do Norte e do Sul respectivamente. Neles se situam as seis Colunas Zodiacais relativas ao lado Norte e as outras seis relativas ao lado Sul.
Quem estiver parado sobre o eixo imaginário do Templo, no centro da porta de entrada, olhando para o Oriente, vislumbra à sua esquerda um espaço que vai até a divisa com o Oriente. A esse espaço denomina-se Coluna do Norte. O mesmo espaço, porém, à direita, denomina-se Coluna do Sul.
Dado a essa topografia e seguindo o giro dos ponteiros do relógio existe uma regra para se cruzar o equador do Templo. Do Sul para o Norte, obrigatoriamente se cruza o eixo pelo espaço mediano que fica entre a frente do Painel e a porta de entrada. Do Norte para o Sul, obrigatoriamente se cruza o eixo pelo espaço mediando que fica entre a retaguarda do Painel e o limite com o Oriente.
Assim, a circulação dextrogira só existe quando se passa de um para outro hemisfério – do Norte para o Sul, próximo ao limite com o Oriente, do Sul para o Norte, próximo à porta de entrada no extremo do Ocidente.
Já no mesmo hemisfério (mesma Coluna) não há padronização para tal. Nesse espaço anda-se normalmente indo e voltando sem ter que fazer o dextrogiro em torno do Painel. Na verdade, a regra é a que ninguém precisa dar uma volta ao mundo para parar no mesmo lugar.
Também não existem circulações em torno das mesas dos Vigilantes.
Quanto ao Oriente, nele também não existe padronização de circulação, entretanto segue-se a regra de que para nele se ingressar é preciso antes passar pela Coluna do Norte, enquanto que para dele se retirar, obrigatoriamente se vai em direção da Coluna do Sul. Em síntese, no Oriente se entra pelo Nordeste e dele se sai pelo Sudeste.
Ainda em relação ao Oriente, é bom que se diga que não existe também nenhum impedimento de passagem entre o Altar mor (onde fica o Venerável) e o Altar dos Juramentos. Se for o caso, o trânsito é livre por esse espaço – tanto pela frente do Altar dos Juramentos como pela sua retaguarda.
Concluindo os comentários, circulação só existe no Ocidente quando se passa de uma para outra Coluna. Na mesma Coluna não existe circulação. Tomando como exemplo as suas colocações na questão, o Mestre de Cerimônias vai até o Cobridor Interno e retorna ao seu lugar sem precisar passar pelo Norte. Do mesmo modo, se o seu deslocamento se der até o Mestre de Harmonia, ao retornar ele volta diretamente ao seu lugar. Isto é, não existe giro porque o Mestre de Cerimônias não passou para outra Coluna.



T.F.A.

PEDRO JUK


NOV/2019

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