Em
20/02/2018 o Respeitável Irmão Ivan Barbosa Teixeira, Loja Tiradentes, 65, Rito
de York (Americano), sem mencionar a Obediência, Oriente e Estado da Federação,
apresenta a questão seguinte:
VISITANTE DE OUTRO RITO
Tenho uma dúvida que coloquei em Loja e acabou em uma discussão com
várias opiniões divergentes.
Sou de uma Loja onde se pratica o Rito de York (Rito Americano) e temos
os sinais de nosso Rito, como o Due Guard, o de Fidelidade, etc.
Como irei visitar uma Loja que pratica o REAA fiquei na dúvida se
deverei usar nossos sinais ou aderir aos sinais da Loja que visito, pois em meu
Rito não fazemos a bateria
do Grau nem a aclamação.
Bom, isso gerou um confronto de opiniões, pois enquanto alguns Manos
acreditam que por estar em visita deveria praticar o Rito da Loja em que se
visita, incluindo seus sinais, outros optaram que se deva proceder conforme o
Rito que praticam e assim como o avental diferente e a cor da gravata, (em
nosso Rito é azul celeste), apesar de seguirmos os trabalhos daquele Rito, deve-se
manter os sinais de sua Loja de origem, pois muitas vezes visitamos ate mesmo
Ritos que desconhecemos.
Já outra parte optou pelo meio termo, e usando o bom senso, manter o que
for possível de seu Rito, desde que não ofenda a Loja visitada.
Como não encontrei na legislação Maçônica, tampouco na ritualística,
nada que viesse a regulamentar o assunto, recorro ao nobre Irmão para que me
tire essa dúvida.
CONSIDERAÇÕES.
A regra da boa etiqueta
é a de que o visitante se adeque aos costumes da casa do visitado.
Tenho dito que numa
situação em que a Loja visitada trabalhe num rito diferente da do visitante,
então que quem a visita pelo menos chegue com antecedência suficiente para
expor, antes da abertura dos trabalhos, a situação aos seus recepcionistas.
Com tempo hábil
disponível, certamente algum Irmão da Loja visitada irá ensinar os
procedimentos ritualísticos mínimos necessários ao visitante.
O que não deve,
sobretudo numa situação dessas, é que o visitante chegue sem tempo hábil, ou
pior ainda, chegue atrasado.
Ratifica-se: é do
visitante a obrigação de se adequar à Loja que o recepciona.
Quanto ao avental ou
gravata de cor diferente conforme o Irmão menciona na questão acima, nada disso
faz algum sentido (não cola), pois a questão não é de alfaias e nem de traje,
mas do Rito que a Loja acolhedora pratica. Naturalmente ela abre os trabalhos
litúrgicos no seu Rito, e não no do visitante.
Tenho dito que sempre
se deve lançar mão do “bom senso”. Na medida do possível o visitante primeiro deveria
se informar com antecedência mínima se a Loja que ele pretende visitar pratica
um rito que ele conheça. A questão é a de se preparar antes para se evitar
atropelos de última hora – a isso se dá o nome de “bom senso”.
Não sendo possível,
por motivo que se justifique, então que o visitante pelo menos adote a
prudência de chegar com tempo necessário para se adequar a situação e não
causar desordem nos serviços alheios.
É de bom alvitre
lembrar que uma das virtudes do maçom é a de se utilizar da “educação” que se
espera tenha ele recebido na sua Loja.
A propósito: bom
senso não é misturar procedimentos de um em outro rito na ideia de se adequar à
situação.
O resto... Bem, o
resto... É procurar pêlo em ovo.
T.F.A.
PEDRO JUK
MAIO/2018
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