quinta-feira, 7 de junho de 2018

A FAIXA DO MESTRE. SEU USO: COM TERNO OU COM BALANDRAU?


Em 11/04/2018 o Respeitável Irmão Marcos José Thebaldi, Loja Suprema Harmonia, 3.858, Rito Brasileiro, GOSP-GOB, Oriente de Jaú, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão:

FAIXA DO MESTRE


Você sabe me dizer se há alguma distinção em usar ou não a faixa de Mestre Maçom quando se usa balandrau?
Ouvi dizer que só usa a Faixa de Mestre quando estiver usando o traje completo, ou seja, o terno.

CONSIDERAÇÕES.

A faixa do Mestre é um dos elementos que compõem os paramentos do Mestre Maçom em alguns ritos. Sua origem, sobretudo na vertente latina da Maçonaria é uma das reminiscências do talabarte usado da direita para a esquerda cujo qual suportava o coldre que acondicionava a espada.
A galante Maçonaria francesa instituiu o uso da espada como símbolo de igualdade, já que no século XVIII, principalmente na França, a espada era também símbolo de nobreza. No intuito de reprimir qualquer distinção social no seio da Maçonaria, adotava-se então o uso indistinto da espada entre os Mestres Maçons na Loja.
Nesse sentido, alguns ritos maçônicos no decorrer do tempo substituíram a espada, propriamente dita, por uma joia distintiva para o Mestre, a qual vai apensa a uma faixa em tecido vestida a tiracolo da direita para a esquerda simbolizando o antigo talabarte. Foi assim que apareceu a faixa como parte da indumentária do Mestre Maçom nos ritos que comportam esse simbolismo.
Só para citar como exemplo, a faixa do Mestre do REAA utilizada no GOB prevê nela, além da joia, também um dispositivo (argola de metal) que serve para acondicionar uma espada, embora essa não esteja prevista para uso indistinto entre os Mestres, salvo aqueles oficiais que utilizam a espada como objeto de trabalho.
Quanto a sua questão propriamente dita, o uso da faixa nada tem a ver com o uso do balandrau. Como ela é um elemento componente das insígnias do Mestre, tanto faz. De balandrau ou de terno, salvo se o ritual previr o contrário, seu uso é obrigatório.
É preciso que alguns entendam que o terno nada tem a ver com os paramentos de um maçom. Ele é apenas um elemento secundário que obviamente supre a necessidade e a maneira de se vestir que as Obediências adotam.

T.F.A.

PEDRO JUK

JUNHO/2018

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