quinta-feira, 28 de junho de 2018

APRESENTAÇÃO DE TRABALHO EM LOJA - ENTRE COLUNAS OU NO SEU LUGAR?


Em 25/04/2018 o Respeitável Irmão Carlos Roberto Coelho, Loja Alma Farrapa, 3.028, REAA, GOB-RS, Oriente de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, solicita esclarecimentos para o seguinte:

APRESENTAÇÃO DE TRABALHO EM LOJA

Mais uma vez recorro aos seus conhecimentos para esclarecer algumas dúvidas.
As questões desta vez são quanto à apresentação de trabalhos em Loja, a saber:
1 - O Irmão que for apresentar trabalho, apresenta do seu lugar, ou se coloca entre colunas?

2 - Quando da saudação as Luzes, o Irmão deverá fazer o sinal e descarregá-lo quando se dirigir a cada uma das Luzes, ou arma o sinal, cumprimenta as luzes e só depois desarma?
3 - É permitido, após a apresentação do trabalho, ainda no Tempo de Estudos, passar a palavra nas colunas, para comentários ou sugestões ao mesmo, ou somente na hora da Palavra?
Na certeza de que suas considerações serão de grande utilidade para o esclarecimento destas dúvidas, mais uma vez agradeço antecipadamente e nos colocamos a sua inteira disposição aqui no Sul.

CONSIDERAÇÕES:

  1. Não existe uma regra específica para tal, todavia, em nome da praticidade, da produtividade e objetividade é preferível que o apresentador o faça do seu lugar. Se a Loja preferir que o apresentador o faça entre as Colunas do Norte e do Sul no extremo do Ocidente, o Mestre de Cerimônias então deve conduzir o apresentador ao lugar devido. Feita a apresentação, novamente o Mestre de Cerimônias o conduz, desta vez em retorno.
  2. Na verdade essa prática não trata especificamente de saudação, porém de modo protocolar utilizado comumente por aquele que faz o uso da palavra em Loja. A regra simples para essa ocasião é a seguinte: o usuário da palavra fica em pé e, por consequência fica à Ordem, o que significa se posicionar com o corpo ereto, pés unidos pelos calcanhares em esq\ compondo com a(s) mão(s) o Sinal do Grau (também conhecido como Sinal de Ordem). Com essa postura assumida, ele protocolarmente se dirige à Loja (isso não é saudação), primeiramente às Luzes, em seguida e de modo genérico às autoridades se for o caso (sem a necessidade de mencioná-las uma a uma) e, por fim, também de modo genérico, aos demais Irmãos. Concluído o protocolo, ele faz o uso da palavra - nesse caso apresenta a sua peça de arquitetura. Concluído, ele desfaz o Sinal na forma de costume e toma assento, ou, se for o caso, segue o seu condutor.
É oportuno mencionar que o Venerável pode autorizar depois de complementado o protocolo do uso da palavra o protagonista a falar sem a composição do Sinal, sobretudo para tornar a situação mais confortável para ele. Isso acontecendo o mesmo deve segurar o texto com ambas as mãos. Concluída a sua apresentação, volta à Ordem e, antes de se sentar, ou de acompanhar o seu condutor, desfaz o Sinal.
Ratifico: nenhum desses casos considera-se saudação. É bem verdade que toda a saudação maçônica é feita pelo Sinal, entretanto nem sempre o Sinal significa saudação. Saudação maçônica, conforme especifica o ritual, é feita somente ao Venerável Mestre à entrada e saída do Oriente ou às Luzes da Loja por ocasião da entrada formal (após a Marcha do Grau) – são as minúcias da ritualística maçônica.
  1. Se o tempo for plausível e o assunto merecer considerações o Venerável pode colocar a palavra nas Colunas e no Oriente, porém seguindo o giro costumeiro (a partir do Sul). Saliente-se que essas considerações são relativas às peças de arquitetura que possuam o caráter instrutivo ou cultural. Já uma peça de arquitetura produzida para aumento de salário deve ser apresentada na Ordem do Dia para que, a partir dela, sejam tomadas as providências de costume (transformação da Loja, cobertura do Templo, votação, etc.). Peça de arquitetura que objetiva aumento de salário não é matéria de quarto de hora de estudos, mas sim da Ordem do Dia, pois dela resultará votação.
Eram essas as considerações a respeito, lembrando que todo assunto debatido e comentado em períodos anteriores à Palavra a Bem da Ordem não carecem mais de repetições com palavreados que redundantes e que nada mais tem a acrescentar.


T.F.A.

PEDRO JUK


JUNHO/2018

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