segunda-feira, 16 de julho de 2018

ESPADA FLAMEJANTE. SUA POSIÇÃO SOBRE O ALTAR.


O Respeitável Irmão José Vicente, Venerável Mestre da Loja Cavaleiros da Arte Real, 3.245, REAA, GOB-PR, Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

POSIÇÃO DA ESPADA FLAMEJANTE SOBRE O ALTAR.


Existe uma posição para a Espada Flamejante no Altar do Venerável Mestre? Sua ponta deve estar voltada para qual lado? Sem pressa, quando o Irmão puder me responder, agradeço.

CONSIDERAÇÕES.

A Espada Flamejante, cuja lâmina simula um raio de fogo, consagra no REAA\ a justiça implacável do Rei Salomão.
Assim, por representar uma chama de fogo, ela não pode ser embainhada, pois ninguém conseguiria, naturalmente, acondicionar um raio.
Entretanto, existe uma regra litúrgica para essa Espada determinando que ela só possa ser empunhada (manuseada) por um Venerável Mestre ou por um Mestre Maçom que traga consigo o título distintivo de Mestre Instalado (ex-Venerável).
Como ela não pode ser embainhada, então existe um oficial denominado Porta-Espada, que é quem tem a função de conduzi-la nas ocasiões em que a liturgia exigir.
Nesse sentido e para que não haja obrigatoriedade de o seu condutor ser um Mestre Instalado, a Espada Flamejante fica guardada dentro de um escrínio ou mesmo descansa sobre uma almofada. Essa providência faz com que o seu condutor, sem tocá-la, possa a conduzir (no escrínio ou sobre uma almofada) nas ocasiões em que ela se fizer necessária.
Acondicionada dessa forma, a Espada quando não utilizada, fica então descansando sobre o lado sul do Altar ocupado pelo Venerável Mestre (lado direito de quem do Ocidente olha para o Oriente). Destaque-se que é com base nessa posição de descanso que o Porta-Espada tem o seu assento a sudeste no Oriente para dela ficar próximo (vide planta do Templo no Ritual de Aprendiz do REAA em vigência no GOB).
Quanto ao lado para qual deve ficar apontando a ponta da lâmina ígnea, não existe nenhuma regra ritualística e nem qualquer significado simbólico para tal. Basta apenas que ela esteja acondicionada como o comentado e ocupe a banda sul do Altar. Dizer que ela deve apontar para esse ou para aquele lado é mera fantasia e ilação – bobagem mesmo.
Obviamente que quando Espada estiver servindo aos propósitos como objeto de consagração de um candidato, o Irmão Porta-Espada deve conduzi-la (no escrínio ou almofada) de tal modo que a sua empunhadura (cabo) fique adequada à mão esquerda do Venerável Mestre, porquanto ele terá na sua mão direita o malhete para percutir as pancadas simbólicas que anunciarão a constituição do candidato na sagração, o que é o mesmo que conferir dignidade a um grau.
Dois aspectos ainda a se considerar. O primeiro é a de que a Espada Flamejante é a única espada na Maçonaria que deve ser, por razões óbvias, empunhada pelo seu titular com a mão esquerda. O segundo é que o termo “sagração”, nesse caso com a Espada Flamejante, nada tem a ver com o que é sagrado, santo, religioso, etc. Assim, a sagração é o mesmo que consagração e deve ser compreendida em Maçonaria como o ato de se conferir dignidade a alguém ou a alguma coisa, isto é, consagrar, constituir, e não tornar santo.
Concluindo então, a Espada Flamejante, quando não utilizada, deve descansar sobre o Altar no seu lado sul. Não há nenhuma regra que mencione para qual lado deve assinalar a sua ponta.


T.F.A.

PEDRO JUK

JULHO/2018

3 comentários:

  1. Querido Pedro Juk, no Ritual de Instalação e Posse de Venerável Mestre (GOB) há a orientação da ponta da Espada estar volta para o Norte.

    ResponderExcluir
  2. Reitero o comentário do meu irmão, que está registrado ritual de instalação de que a ponta da espada deve estar voltada para o norte. Tfa

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É a história do "está escrito". Ora, então alguém poderia explicar o porquê dessa importante norma ritualística de "ficar apontada para o Norte". Aguardo uma justificativa plausível - que não seja só o de está escrito - para mudar a minha opinião. No meu parco conhecimento, para mim tanto faz. Provavelmente alguém colocou assim no ritual para facilitar o oficio do Porta Espada que ocupa lugar na parte sudeste (Oriente). Salvo melhor juízo, entendo que isso não seja nenhuma regra iniciática. Por fim, eu sugiro que o, ou os, desconhecido(s) poderiam se identificar. Algum problema nisso?

      Excluir