Em 11/05/2018 o Respeitável Irmão
Paulo Ambrósio, Loja Acácia Balsense, 2.351, REAA, GOB-MA, Oriente de Balsas,
Estado do Maranhão, formula a seguinte questão:
ESTRELA DE CINCO PONTAS.
Temos uma dúvida que gerou vários pontos de vista em nossa Loja e
precisamos de vossos conhecimentos para melhorar nosso aprendizado e trabalhos
em Loja.
Sobre a Estrela de 5 pontas localizada em cima do 2. ° Vigilante, temos
em nossa Loja uma lâmpada nesta alegoria, a pergunta é se ela deve ficar acesa
nos 3 Graus Simbólicos ou somente no Grau de Companheiro e se possível seus
comentários para este tema.
CONSIDERAÇÕES.
No que diz respeito
ao ritual do Segundo Grau em vigência do REAA\ no GOB, este não
prevê nenhuma iluminação especial da Estrela Flamejante.
De modo genérico
ela é prevista como um símbolo pendente do teto que fica no alto sobre o lugar
do Segundo Vigilante no meridiano do meio-dia.
Em resumo, ela pode
ficar pendente ou fixa na abóbada de tal modo que se localize por sobre o lugar
mencionado. O cuidado para com esse símbolo é que ele, em relação à letra G que
fica no seu centro, se apresente com um único ápice voltado para cima, a
despeito de que essa Estrela é um símbolo hominal e pitagórico, também
denominado por “pentalfa” (cinco princípios), portanto ele possui forma estelar
de cinco pontas.
Em Maçonaria, como
símbolo equivalente a uma estrela de cinco pontas ela se apresenta com a
aparência de um pentagrama em apenas alguns ritos. A Estrela pentagonal só foi
introduzida na Ordem no século XVIII e em território francês.
De origem
pitagórica, especulativamente ela representa o Homem equilibrado e a letra G ao
centro corresponde à Geometria aplicada na sua construção interior. Como um dos
símbolos do grau de Companheiro ela sintetiza também a luz intermediária –
entre o Sol e a Lua.
A Estrela
Flamejante não é um astro componente do mapa estelar da decoração da abóbada,
senão apenas um emblema que coincidentemente assume a característica visual de
um objeto que reflete a Luz. Em síntese, ela não é um luminar do firmamento,
mas sim a representação hominal de elevado caráter espiritual que fica no alto,
conforme o ritual, entre o Sol no Oriente e a Lua no Ocidente.
É devido a esse caráter
e a essa posição intermediária (no meridiano do meio-dia) que a Estrela,
segundo alguns autores, pode ser decorativamente iluminada por uma luz cálida
(suave). Provavelmente como representação de um símbolo que se encontra entre a
luz ativa emanada pelo Sol do Oriente e a luz reflexa e passiva emanada pela
Lua no Ocidente.
Assim, é essa a
explicação para a existência ainda, em alguns casos, do costume de se iluminar
suavemente a Estrela Flamejante. Na realidade, essa iluminação não é
obrigatória, entretanto se ela porventura existir, levando-se em conta de que a
Estrela é objeto de estudo do Companheiro, então que seja ela somente iluminada
a partir do Segundo Grau.
Devo destacar que
não estou aqui inserindo e nem incentivando nenhuma prática nova no ritual,
pois a Estrela, iluminada ou não, jamais perderá a sua característica principal,
que é a de nela encerrar a chave filosófica do reconhecimento no Segundo Grau.
Concluindo, essa
iluminação estelar que ainda aparece em algumas Lojas nada mais é do que um
simples componente de decoração, sem que nela resida nenhum segredo ou
significado esotérico, pois se fosse esse o caso a Estrela Flamejante seria então
retirada do teto em Loja do Primeiro Grau.
P.S. – Não confundir a Estrela
Flamejante (pentagonal) com a Estrela de Seis Pontas (Magsen David ou a Blazing Star) comum na simbologia do Craft (Rito
de York). Para a Estrela Hexagonal, existe outra interpretação simbólica.
T.F.A.
PEDRO JUK
JULHO/2018
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