Em 10/01/2019 o Respeitável Irmão Marcelo Gass, Loja Tríplice Aliança,
REAA, GOB-PR, Oriente de Toledo, Estado do Paraná, apresenta a seguinte
questão:
SABATINA PARA AUMENTO DE SALÁRIO.
Segundo o RGF, é necessário que se faça, além de
Peça de Arquitetura, frequência, um questionário para avaliar os conhecimentos
do Irmão sobre o Grau. Nossa Loja, sempre exigiu Peças de Arquiteturas e também
que o Irmão respondesse a sabatina sobre o Grau. Gostaria da opinião do Mano,
sobre o questionário. A meu ver, acho pouco produtivo, pois passamos ao Irmão
diversas questões para ele responder e depois o sabatinamos em Loja com algumas
perguntas nos lembrando do tempo de escola quando fazíamos prova oral. O Irmão
teria alguma sugestão, ideia, opinião, para que nossa Loja pudesse fazer algo
diferente?
CONSIDERAÇÕES.
Penso que a questão de ser produtivo ou não vai depender de como a Loja
organiza as questões para a avaliação. Isso deve inclusive ser discutido com os
integrantes da Comissão de Admissão e Graus da Loja e ter a participação ativa
do Vigilante responsável pela instrução.
A organização das perguntas deve prever questões de ritualística,
história e filosofia iniciática do Grau, todavia o conteúdo instrutivo que deu
base às questões deve advir de um roteiro desprovido de ilações e conjecturas.
Conhecimentos gerais sobre Maçonaria também é matéria de apreciação e
avaliação.
Eu entendo que tudo deve ser dosado com bom senso visando o alcance do
objetivo e a satisfação do Candidato – ele não deve se sentir enganado.
Devo apontar que tão importante deve ser o conhecimento daquele que é
sabatinado, assim como também daqueles que sabatinam.
A propósito, os Mestres precisam ter o domínio e a segurança sobre os
temas e matérias questionadas, assim o exame não se torna uma coisa jocosa, patética
e improdutiva e nem mesmo elogiável por aqueles que entendem menos que o
examinado.
Preparar um candidato à Elevação e à Exaltação não significa prepara-lo
para dissertar concepções prontas e muitas vezes sustentadas por um
impressionante anacronismo rançoso.
O exame deve sim visar a pragmática do Grau e não se ater a dissertações
viciadas e nem em leituras temerárias.
Muitos “arcanos da sabedoria” se empostam como “senhores do saber”,
entretanto não raras vezes esses nem mesmo sabem elaborar uma questão. É como
vejo às vezes alguns Veneráveis aplicando o questionário do telhamento. Esses,
do alto do seu altar, mas com o texto marcado na mão, inquirem o pobre Aprendiz
temeroso e solitário entre Colunas, cujo qual sem nenhum artifício é obrigado a
saber decoradas as respostas. Penso que nessa ocasião o examinador pelo menos
deveria largar o ritual e serenamente se dirigir (sem ler) perguntando ao Aprendiz.
Entendo que muitas vezes a Verdade e a Sabedoria está na intenção da pergunta e
de quem pergunta e não propriamente na resposta que se espera.
Por hora é o que eu penso Mano.
T.F.A.
PEDRO JUK
MAIO/2019
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