quarta-feira, 14 de março de 2018

SAUDAÇÃO NO USO DA PALAVRA - RITO BRASILEIRO


Em 01.12.2017 o Respeitável Irmão Mahatma Gandhi Salh, Loja Universitária Panamericana, 3.324, Rito Brasileiro, GOB-PR, Oriente de Foz do Iguaçu, apresenta a seguinte questão:

SAUDAÇÃO NO USO DA PALAVRA.


Infelizmente ainda não tive o prazer de pessoalmente conhece-lo. Aproveitando, gostaria de tirar uma duvida referente a Ritualística.
Em nossa Loja praticamos o Rito Brasileiro. Minha dúvida e de mais alguns irmãos esta referente ao pedido da palavra.
Na saudação aos irmãos, qual seria a ordem correta para fazer esta saudação? Antes de proferir a palavra.
No ritual esta mal colocada ou tenho uma interpretação errada. No começo diz que devemos saudar Venerável Mestre e autoridades, demais Luzes e irmãos. Na Palavra a Ordem e Bem Geral do Quadro em Particular diz que devemos saudar Luzes, autoridades e demais irmãos.

CONSIDERAÇÕES.

À bem da verdade sabe-se perfeitamente que o Rito Brasileiro foi criado acompanhando bem de perto a liturgia do Rito Escocês Antigo e Aceito. Infelizmente o Rito Escocês na época – e ainda hoje – foi muito descaracterizado na sua prática por influência de outros Ritos, sobretudo numa Maçonaria ainda rudimentar num Brasil do século XIX. Assim, o Rito Brasileiro acabou adotando muitas contradições por conta de um escocesismo deturpado e feito uma “colcha de retalhos”.
Independente desses pormenores, o uso da palavra por um obreiro segue determinadas normas comuns à vertente francesa de onde a Maçonaria brasileira é filha espiritual.
Nessa vertente é regra geral que nas Colunas (exceto os Vigilantes em alguns casos) o usuário da palavra fale à ordem e, antes de proferir o seu pronunciamento, siga um protocolo respeitoso (que na verdade não é saudação) mencionando genericamente por primeiro as Luzes da Loja, em seguida as autoridades presentes e por fim os demais Irmãos. Não existe a necessidade de se nominar um a um durante a menção protocolar.
No que diz respeito ao que menciona o Ritual do Rito Brasileiro, parece que ele se equivoca ao tentar no primeiro caso separar o Venerável Mestre das demais Luzes, inserindo entre eles as autoridades. Isso não passa de pura firula, pois os primeiros mencionados no protocolo sempre serão os detentores dos malhetes por serem eles os dirigentes da Loja. Assim, a melhor forma é aquela adotada na Palavra a Bem da Ordem, ou seja, Luzes, Autoridades e demais Irmãos. É simples, prático e objetivo, portando de bom senso.
Destaque-se que as Luzes da Loja correspondem aos cargos de Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes.
Para que se evitem manifestações dos “puristas”, bem como daqueles que dão mais valor ao molho do que à carne, devo, ao concluir, esclarecer que as minhas colocações a respeito sugerem apenas a autenticidade maçônica, portanto não existe da minha parte nenhuma intenção de desrespeitar ritual em vigência. O meu parecer tem a intenção de apontar para o que é correto, ou pelo menos para o que deveria ser correto.


T.F.A.

PEDRO JUK

MARÇO/2018

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