quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

PROCEDIMENTOS PARA O CERIMONIAL À BANDEIRA

Em 17.06.2025 o Respeitável Irmão Sidney Gonçalves de Souza, Loja Templários do Oeste, 4468, Rito Adonhiramita, GOB MINAS, Oriente de Divinópolis, Estado de Minas Gerais, apresenta as seguintes questões:

 

PROCEDIMENTOS PAVILHÃO NACIONAL

 

Gostaria de verificar com o Eminente Irmão, que nos esclarecesse sobre as Sessões Magnas considerando o Decreto 1.476, de 17/05/2016 referente ao Cerimonial do Pavilhão Nacional: Sabemos que a Comissão de recepção do Pavilhão, é composta de 13 mestres mais os 03 Mestres da Guarda de Honra., e que não havendo o número suficiente de irmãos, pode-se ir baixando os membros dentro dos procedimentos legais exigidos. Participei de uma sessão Magna, em que a guarda de honra entrou acompanhando o Porta-Bandeira sem a comissão de recepção, e após a entrada do mesmo chegando no Oriente, o Porta-Bandeira parou com a Bandeira, e foi cantado o Hino Nacional, e depois a Bandeira colocada em seu Lugar. No encerramento dos trabalhos, após a saudação do Pavilhão Nacional, e cântico, o Mestre de Cerimônias queria que a Bandeira após a saudação voltasse a ser colocada ao pedestal, mesmo tendo entrado no início dos trabalhos.

Seguem minhas perguntas.

Na entrada da Bandeira:

1º) Não havendo o número mínimo exigido, a Bandeira pode entrar somente acompanhada da Guarda de Honra?

2º) Se assim puder, mesmo sem a Comissão de Recepção, para-se com a Bandeira entre colunas para o cântico do Hino Nacional, ou segue com ela diretamente para o Oriente e ali para-se com ela antes de colocá-la no Pedestal, canta-se o Hino Nacional?

3°) A Bandeira acompanhada da Guarda de Honra, segue direto para o pedestal e não cantamos o hino?

No Encerramento dos trabalhos, após a saudação da Bandeira e cantarmos o Hino da Bandeira, frente ao relato acima, saí com a Bandeira, mesmo sem ter a guarda de recepção, ou retornamos a mesma para o para o pedestal?

Observação: Frente ao Mestre de Cerimônias ser muito incisivo, e estar convicto de que esse procedimento era correto, resolvi vos indagar se houve alguma modificação no procedimento do Decreto.

 

CONSIDERAÇÕES

 

De imediato devo responder que o Decreto 1476/2016, que dispõe sobre o Cerimonial para a Bandeira Nacional, continua em vigência e até o momento não sofreu nenhuma alteração.

Pelo relatado na questão acima, o Mestre de Cerimônias da Loja está afrontando um diploma legal quando insere práticas que lhe são estranhas, o que é no mínimo reprovável.

Nada é mais correto do que se seguir integralmente um Decreto que foi editado, publicado e que se encontra em plena vigência.

                No tocante ao desenvolvimento do cerimonial com presença reduzida de Mestres Maçons, o Art. 3º do Decreto mencionado, em seu parágrafo 2º prevê que não sendo possível integrar a Comissão de Recepção com 13 Mestres, a mesma poderá ser formada por número ímpar inferior de membros, e se mesmo assim não for possível, a Bandeira ingressará acompanhada apenas pela Guarda de Honra.

Vale a pena mencionar que a Comissão de Recepção da Bandeira é formada por Mestres Maçons armados de espadas e munidos de estrelas. Não menos importante é também dizer que a Guarda de Honra, que escolta o Pavilhão Nacional, é formada pelo Mestre de Cerimônias e mais dois Mestres Maçons, todos armados de espada.

Feitos esses comentários, seguem as respostas às suas indagações:

  1. Sim, conforme preconiza o Art. 3º do Decreto 1476/2016.
  2. Em qualquer condição, o Porta-Bandeira, munido do Pavilhão Nacional e escoltado pela Guarda de Honra, ingressa e pára próximo à porta de entrada. É então entoado o Hino Nacional Brasileiro. Em seguida a Bandeira, acompanhada da sua escolta, é conduzida ao Oriente onde é colocada no seu pedestal. Acompanhando a Bandeira, a Guarda de Honra não ingressa no Oriente, porém pára próximo à entrada deste.
  3. Depois do canto do Hino Nacional, a Bandeira é conduzida ao seu lugar de acordo com o mencionado no item número 2 acima.

No encerramento dos trabalhos, para a saudação e o canto do Hino à Bandeira (com a presença ou não da Comissão de Recepção), a Bandeira Nacional é posicionada pelo seu condutor de acordo com o previsto no Decreto 1476/2016. Nesta oportunidade a Guarda de Honra, no Ocidente, se coloca próximo ao Oriente. Finalizada a saudação à Bandeira e concluído o canto da primeira e última estrofe do Hino à Bandeira, o Pavilhão será impreterivelmente conduzido para fora do Templo, escoltado pela Guarda de Honra.

Para concluir, alerta-se para o seguinte: nas sessões magnas a Bandeira Nacional ingressa e se retira formalmente no Templo nos momentos previstos. Qualquer procedimento ou prática ritualista que esteja em desacordo com o Decreto 1476/2016, vigente, será considerado um ilícito maçônico, e como tal deverá ser tratado. Ninguém pode alterar a liturgia e a ritualística dos rituais e dos decretos vigentes.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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jukirm@hotmail.com

 

 

DEZ/2025

A FORMA DE SE PEDIR A PALAVRA

Em 14/06/2025 o Respeitável Irmão Daniel Adelino de Sousa Brito Filho, Loja Aurora do Amazonas, 2445, REAA, GOB-AM, Oriente de Parintins, Estado do Amazonas, apresenta a pergunta que segue:

 

PEDINDO A PALAVRA

 

Gostaria de saber, qual é a forma certa de pedir a palavra a bem e da ordem novo ritual. Sendo informado que deveria ser feito somente levantando a mão e inclusive outros somente se levantando com autorização dos Vigilantes. Observei em seus arquivos que seria necessário
bater no dorso da mão e levanta-la. Então ficou a dúvida, como proceder?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Para pedir a palavra, o Ir, ainda sentado, bate com a palma da sua mão direita aberta sobre o dorso da mão esquerda; depois levanta um pouco o braço e a respectiva mão direita espalmada à frente (para chamar atenção); permanece desse modo aguardando autorização para falar.

Assim que seja autorizado a falar, o Ir se coloca em pé (à Ordem) e faz o uso da palavra. O modo correto de se dirigir à Loja encontra-se no item 4.4 - Comportamento Ritualístico, Protocolo de se dirigir à Loja, página 209 do Ritual de Aprendiz do REAA, vigente.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2025

 

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

ORIGEM DO TOQUE NA MAÇONARIA -(EXAME DE UM IRMÃO DESCONHECIDO).

Em 14/06/2025 o Respeitável Irmão Rodrigo Cesar Abu Bakr Cunha, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GOB-SP, Oriente de Várzea Paulista, Estado de São Paulo, faz a seguinte pergunta.

 

TOQUES - ORIGEM

 

Bom dia irmão. Mais uma vez venho levantar questões sobre algo que me gera dúvidas. É em relação aos toques. Qual é a origem dos tt no REEA, e se há alguma relação com a loja dos antigos. O que influenciou as diversas formas de reconhecimento? Digo isto, por que aprendi ao ser iniciado, uma forma de dar o toque, e após mudar de potência, fui ensinado a dar o toque de outra forma. Ex: o t de Comp, aprendi que era para dar e o d p e o i. No GOB, onde estou atualmente, aprendi no ritual que se dá primeiro na fal do d i e depois entre o d m e o a. De onde vem essa prática?

Desde já desejo um TFA, e agradeço pela atenção.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Em relação à sua questão, os ss, tt e pp da Maçonaria vêm dos tempos primitivos (entre os séculos X e XIII) da Maçonaria Operativa, ou de Ofício, época em que os “canteiros” das Guildas Medievais de Construtores viajavam, a serviço do clero, principalmente pelo Norte da Europa, para construir catedrais, igrejas, mosteiros e abadias.

Como construtores a serviço da Igreja, esses pedreiros eram livres dos impostos feudais e eclesiásticos. Tinham livre trânsito pelos rincões europeus e foi graças a isso que ficariam conhecidos como Franco-maçons (o pedreiro livre) que pertenciam à Franco-maçonaria (Instituição, Corporação).

               Em linhas gerais, quando um Franco-maçom se apresentava em uma corporação de ofício para trabalhar, geralmente ele usava como meio de reconhecimento os ss, tt e pp que ele aprendeu na Loja em que um dia ele fora feito maçom.

Se utilizando dessa forma, um Franco-maçom fazia ss, dava tt e pronunciava pp que o identificavam como um verdadeiro profissional, conhecedor da Arte e não um simples cowan.

Sendo examinado e reconhecido pelos ss, tt e pp, não havia necessidade de o artífice ficar várias horas esquadrejando e burilando uma pedra para demonstrar a sua habilidade.

Mais tarde com o declínio do ofício e com a demanda dos ritos maçônicos especulativos, já no século XVIII cada rito, com algumas variações, acabaria adotando seus ss, tt e ppcaracterísticos, mas geralmente muito parecidos entre os rituais.

À vista disso é que hoje em dia, nos rituais de cada rito maçônico, existe um Cobridor do Grau, que em última análise é o repositório dos verdadeiros segredos da Moderna Maçonaria – a forma moderna de se examinar e identificar um Ir desconhecido (telhamento).

No caso do Cobr do REAA praticado GOB, o mesmo segue aproximadamente os antigos rituais, guias e monitores franceses, pós Lojas Capitulares, no século XIX e XX.

Em relação ao Cobr e o t no 1º Gr, dão-se as pp na pr f (próximo a junta) do d i da m d; no caso do 2º Gr dão-se as pp entre as ppr ff dos dd m e an da m d (próximo a junta); no caso do 3º Gr, de modo peculiar o t é dado mediante a form dos c pp pp do m - todas essas explicações poderão ser encontradas nos respectivos CCobr do Gr nos devidos rituais do REAA, em vigência no GOB.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2025

SAUDAÇÃO AO VENERÁVEL III

Em 13/06/2025 o Respeitável Irmão André Macchione, Loja Aurora II, 2017, REAA, GOB-MS, Oriente de Campo Grande, Estado de Minas Gerais, apresenta a pergunta seguinte:

 

SAUDAÇÃO

 

Por muitas vezes vi irmãos levantando de seus lugares e saudando o Venerável.

E o mesmo ao retornarem aos seus lugares antes de sentar.

Por exemplo, o Hospitaleiro, antes de cumprir seu ofício, precisa levantar e saudar o Venerável? E ao retornar para o seu lugar, ele deve saudar o V M antes de se sentar? Vejo muitos irmãos fazendo isso, mas não encontrei fundamentação legal que sustente essa prática. O que encontrei no ritual foi apenas orientação sobre entrada e saída do Oriente e do Templo.

Obrigado mais uma vez pelos esclarecimentos.

 

CONSIDERAÇÕES

 

            Em Loja aberta do REAA, saudações somente são feitas ao Ven Mestre, durante a entrada ou saída do Oriente, ou às Luzes da Loja (Ven Mestre, 1º e 2º VVig), quando da entrada formal logo após a marcha do grau, ou ainda quando algum Ir precisar se retirar definitivamente dos trabalhos.

Diga-se de passagem, que todas essas orientações se encontram no Ritual de Aprendiz do REAA em vigência no GOB, página 43.

Quando algum Irmão em Loja aberta precisar se levantar para transitar pelo recinto, ele o faz sem nenhum sinal e saudação. Simplesmente levanta-se e inicia a sua jornada imediatamente. De retorno ao seu lugar, sem nenhum sinal e saudação, prontamente se senta.

 

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2025

QUEM FALA POR ÚLITIMO (DEPOIS DO ORADOR)

Em 12.06.2025 o Respeitável Irmão D’Angelo Damasceno, Loja Rei Salomão, REAA, GOB-AM, Oriente de Manaus, Estado do Amazonas, apresenta a seguinte questão:

 

QUEM FALA POR ÚLTIMO

 

Vi em seu blog, que por sinal é um excelente manancial de conhecimento, que tanto o Grão-Mestre quanto o seu Adjunto falam por último após as considerações finais do Orador.

Alguns Irmãos falam que é somente se tiver um ato do Grão Mestre para representá-lo.

https://pedro-juk.blogspot.com/2022/09/presenca-do-grao-mestre-e-o-ultimo.html?m=1

Outra dúvida seria se o Grão-Mestre Adjunto pode receber o malhete para presidir os trabalhos de uma loja e depois, se assim desejar restituir ao Venerável para que possa presidir os trabalhos.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Conforme reza o DECRETO N.º 1.767/2019 de 09/08/2019, na ausência dos titulares, recebem o malhete também o Grão-Mestre Geral Adjunto e o Grão-Mestre Estadual Adjunto.

             Nessa condição, falam por último, logo após as conclusões do Orador (Guarda da Lei).

Os Grão-Mestres Geral Adjunto e Estadual Adjunto não precisam de Ato para representar o seu respectivo Grão-Mestre.

Na ausência dos Grão-Mestres titulares. somente podem falar por último, apenas o Grão-Mestre Geral Adjunto e o Grão-Mestre Estadual Adjunto.

Outras Autoridades designadas para representar os Grão-Mestres, não recebem malhete e nem falam por último, logo após o Orador.

Finalizando, no tocante à devolução do malhete ao Venerável Mestre, o ritual faz essa recomendação.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

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DEZ/2025

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

TRANSFORMAÇÃO DE LOJA

Em 11/06/2025 o Respeitável Irmão Wagner Roberto Fracasso, Loja Maestro Aquilino Jarbas de Carvalho, 2745, REAA, GOB-SP, Oriente Iguape, Estado de São Paulo, faz a seguinte pergunta

 

TRANSFORMAÇÃO

Venho humildemente pedir ajuda do irmão para sanar uma dúvida e abrir um canal de comunicação entre os irmãos.

Minha dúvida é, gostaria de saber se podemos iniciar a loja em loja de Aprendiz e transformar
em loja de Companheiro antes da leitura da ata para que em grau de companheiro possa ser lida a ata do grau 2.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Esta prática não faz parte da sequência ritualística prevista no ritual vigente.

Ressalte-se que a aprovação de uma ata relativa a uma determinada sessão de Companheiro deve ser feita em Loja de Grau 2, em sessão realizada imediatamente após àquela que gerou a ata, e não por transformação de Loja para essa finalidade.

Pior ainda é proceder de forma igual a relatada na sua questão.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2025

 

domingo, 30 de novembro de 2025

VIGILANTES VISITANTES - REAA

Em 09.06.2025 o Respeitável Irmão Olegário Tarqueta, Loja Austin, 1952, REAA, GOB-RJ, Oriente de Nova Iguaçu, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a seguinte questão:

 

VIGILANTES EM VISITA

 

Gostaria de sua ajuda em uma dúvida que não consegui retirar no nosso Ritual do Gr 3.

Os paramentos dos Vigilantes, devem ser apenas usados na Loja em que os Vigilantes são titulares? Por exemplo, um Irmão que seja Vigilante (1° ou 2°) em uma Loja "A", ao visitar uma Loja "B", pode utilizar os paramentos do seu cargo, mesmo não estando trabalhando nesta sessão?

Desde já, muito obrigado pela sua ajuda e esclarecimento nessa dúvida.

 

CONSIDERAÇÕES

 

No REAA, os Vigilantes somente se paramentam como Vigilantes na sua Loja, ou seja, exercendo o seu ofício. Quando em visita a outras lojas, devem usar apenas os paramentos de Mestre Maçom, ou de Ex-Venerável (M I), se for o caso.

Reserva-se apenas ao Venerável Mestre, quando em visita a outra Loja, o direito de estar paramentado como tal (avental, colar, punhos e chapéu), contudo observando-se que se em visita à Loja que não seja praticante do REAA, ele não deve usar chapéu.

Em resumo, os paramentos de VVig (avental, colar e punho) somente dever ser usados na Loja em que eles são os titulares.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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jukirm@hotmail.com

 

 

NOV/2025