segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

COMISSÃO DE INSTALAÇÃO/COMISSÃO DE RECEPÇÃO

Em 26.06.2025 o Respeitável Irmão Eduardo Cunho, Loja José Muniz de Carvalho, 2238, REAA, GOB-GO, Oriente de Itapuranga, Estado de Goiás, apresenta a seguinte questão:

 

COMISSÃO INSTALADORA

 

Eminente Secretario Pedro Juk, quando na entrada da Comissão Instaladora o Venerável solicita ao Mestre de Cerimônias formar uma guarda com 4 mestres e ir chamar a Comissão para dar entrada ao Templo, a guarda sai com o Mestre de Cerimônias e depois volta e faz o pálio, ou já fica dentro do templo (não sai do templo) e forma o pálio?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Para a entrada da Comissão Especial de Instalação não há "guarda". O que de fato é formada, conforme menciona o Ritual de Instalação e Posse atual, é uma Comissão de Recepção, composta por quatro Mestres Maçons (no novo ritual que virá em 2026 serão cinco Mestres).

Assim, esta Comissão de Recepção, conforme o ritual de Instalação vigente, se coloca dentro do Templo, com dois Irmãos armados de espada ao Norte e dois ao Sul.

          A Comissão Especial de Instalação, que aguarda no Átrio, é conduzida para dentro do Templo apenas pelo M de CCer. À passagem da Comissão Especial de Instalação pela Comissão de Recepção colocada ao Norte e ao Sul (mais ou menos no meio do Ocidente), os Irmãos da Comissão de Recepção formam uma Abóbada de Aço, não pálio.

Logo que a Comissão Especial de Instalação passar, os Irmãos da Comissão de Recepção abaixam as suas espadas.

À vista disso:

1 - A Comissão de Instalação não entra escoltada por nenhuma Guarda. Apenas o M de CCer., à frente, conduz o dispositivo para dentro do Templo.

2 - A Comissão de Recepção não sai do Templo. Para a recepção, ela permanece dentro do Templo e forma a Abóbada de Aço.

3 - É isto que consta no ritual de Instalação e Posse vigente no GOB.

4 - Abóbada de Aço: espadas do Norte e do Sul ao alto com as pontas cruzadas. Os recepcionados passam por baixo dela.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2025

domingo, 7 de dezembro de 2025

COMISSÃO DE RECEPÇÃO - BANDEIRA E AUTORIDADES

Em 26.06.2025 o Respeitável Irmão Valcir Vianna Martins, Loja Gênesis, 3089, REAA, GOB-RS, Oriente de Cachoeirinha, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a questão seguinte:

 

COMISSÃO DE RECEPÇÃO

 

Tenho uma pergunta ao nobre Irmão: No REAA, em algumas ocasiões, a Comissão da Guarda de Honra deve ser formada por 7 mestres devidamente armados com a espada? E ao recepcionar as devidas autoridades deve formar a abóbada de ferro cruzando as espadas? ou é igual a Comissão que recepciona o Pavilhão Nacional (formada por 3 IIr) sendo M de CCer e 2 DDiác?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Nesse caso, especificamente, a Guarda de Honra só é formada para escoltar o Pavilhão Nacional – vide o Decreto 1476/2016 que dispõe sobre o Cerimonial da Bandeira Nacional, no GOB.

Todos armados de espadas, a Guarda de Honra é composta pelo Mestre de Cerimônias e mais dois Mestres Maçons (os DDiác., por exemplo). Nas sessões magnas a Guarda escolta a Bandeira durante o seu ingresso e retirada formal do Templo.

Já, a Comissão de Recepção não é a mesma coisa que Guarda de Honra, portanto são elementos distintos no dispositivo. A Comissão de Recepção, como bem diz o seu nome, recepciona, nas sessões maganas, as autoridades maçônicas conforme a Faixa que cada uma delas pertence (Artigos 219 e 220 do RGF), inclusive o Bandeira Nacional, que é a maior autoridade dentro na Loja.

Assim, o Pavilhão é escoltado por uma Guarda de Honra composta por três Mestres, e recepcionado por um a Comissão de Recepção composta por treze Mestres Maçons armados de espadas e munidos de estrelas, os quais se posicionam, sete ao Norte e seis ao Sul. À passagem da Bandeira Nacional pela Comissão, seus membros abatem espadas.

A Bandeira Nacional, por ser a mais alta autoridade presente, é sempre a última a entrar e a primeira a sair. Seu condutor a conduz sempre na vertical, ou sobre o ombro inclinada para trás, nunca a inclinando para a frente – a Bandeira não se abate e nem se curva para ninguém.

No tocante ao ingresso das demais autoridades mencionadas no RGF, a Comissão de Recepção não lhes abate espadas, porém forma a Abóbada de Aço, sob a qual passarão os recepcionados. O número de componentes da Comissão de Recepção pode variar de acordo com a Faixa que cada autoridade pertence. O número de componentes e as respectivas formalidades encontram-se no Ritual de Aprendiz, REAA, edição 2024 vigente, dele às páginas 66 e seguintes, Título 2.7 Recepção de Autoridades e Portadores de Títulos de Recompensas.

Para melhores esclarecimentos, se faz cogente consulta no ritual mencionado, no Decreto 1476/2016 e nos Artigos 219 e 220 do RGF.

 

T.F.A.

 

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2025

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

RETIRADA DEFINITIVA E TEMPORÁRIA DO TEMPLO

Em 21/06/2025 o Respeitável Irmão Marcio Franco, Loja Obreiros de Sião, 3727, REAA, GOB-SP, Oriente de Sorocaba, Estado de São Paulo, apresenta a pergunta seguinte:

 

RETIRADA DEFINITIVA E TEMPORÁRIA

 

Tenho uma dúvida com relação a saída e entrada do templo, não definitivo. No ritual REAA 2024 na página 43 temos uma explicação para a saída definitiva, mas não encontrei explicação para a saída e entrada temporária, ação que realizamos principalmente nas cerimônias de instalação do Ven Mestre.

Abaixo encontrei esta explicação no seu blog:

"No caso de saída definitiva do Templo, o retirante, próximo à porta, deve antes saudar pelo Sin às Luzes da Loja”.

“Se a retirada não for definitiva. não haverá saudação - nem na saída e nem no retorno."

Como não temos isto no ritual geralmente causa duvidas na loja, qual o procedimento devemos tomar?

 

CONSIDERAÇÕES

 

              Veja, existem duas situações nesse caso, a da cobertura do Templo a quem vai se retirar em definitivo (não volta mais), e a da cobertura temporária, a quem se retira apenas pelo tempo que se fizer necessário (retorna aos trabalhos).

Quem for se retirar definitivamente deve antes depositar o seu óbolo, se ainda não o tiver feito. Nesse caso, o M de CCer conduz primeiramente o retirante até o Hospitaleiro para a coleta do óbolo. Ato seguido se dirige até a porta para a saída definitiva. Ao sair o retirante pára e saúda às Luzes da Loja, na forma de costume.

Já na saída temporária podem existir diversas situações, como por exemplo, de ter o Templo coberto por transformação de Loja e posterior retorno, por necessidades fisiológicas, nos procedimentos para aumentos de salário, etc. Nesse caso, o retirante sai e depois retorna aos trabalhos. Se for o caso também não precisa antecipar o seu óbolo e nem saudar as Luzes.

Por serem procedimentos óbvios, entende-se que não são necessários se fazerem presentes no ritual. Ademais, uma Loja deve estar preparada para atender casos recorrentes, tais como esse.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2025

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

OCUPAÇÃO DE CARGOS POR VISITANTES

Em 20.06.2025 o Respeitável Irmão Celso Mendes de Oliveira Jr., Loja Pioneiros de Mauá, 2000, REAA, GOB-RJ, Oriente de Magé, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a seguinte questão:

 

OCUPAÇÃO DE CARGOS

 

Gostaria de tirar uma dúvida e, se possível, pedir sua orientação. Embora eu saiba que não exista uma lei específica que determine isso, mas pelo bom senso e pela tradição da nossa Ordem, o correto não seria que o Venerável Mestre priorizasse, primeiramente, ocupar todos os cargos da Loja com os Mestres Maçons e Mestres Instalados do próprio quadro, e somente se restarem cargos vagos, preencher com IIr visitantes da Federação (GOB)? E, somente após todos os cargos estarem preenchidos, é que os Mestres Maçons e Mestres Instalados visitantes ou não poderiam tomar assento nas colunas ou no Oriente, como convidados?

Salvo, é claro, as autoridades maçônicas, que já ocupam o cargo que representam, e, portanto, não estão sujeitas a essa regra.

Aproveito para solicitar sua ratificação sobre outro ponto, de forma bem objetiva: é correto afirmar que Mestres de outras Potências não podem, em hipótese alguma, “trabalhar” nas Lojas da Federação, ou seja, não podem exercer qualquer cargo, nem mesmo de forma temporária, como Ad hoc, conforme claramente previsto no Art. 229 do RGF?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

No que diz respeito a ocupação de cargos, segue-se o que está previsto nos diplomas legais. Ocupação de cargos em Lojas do GOB somente por Mestres Maçons ativos pertencentes à Lojas do Grande Oriente do Brasil. É o que menciona o Art. 229 do RGF.

Em relação ao preenchimento de cargos, obviamente que o mais lógico é que primeiramente os Mestres do quadro preencham eventuais cargos vagos, para só depois se lançar mão de visitantes para este mister, desde que sejam Irmãos pertencentes à Lojas da Federação (GOB) – prevê o Art. 229 que só assumem cargos em Lojas do GOB, Irmãos regulares e em atividade do GOB.

Mestres Maçons Instalados, ocupam lugar no Oriente, abaixo do sólio em lugar determinado pelo Ritual. Portadores do título honorífico de Mestre Instalado são autoridades integrantes da Faixa 1 no Protocolo de Recepção de Autoridades e Portadores de Título de Recompensa – RGF, Art. 219, §2º, I. Isso não impede que MM IInst ocupem cargos em Loja, desde que atendidos os preceitos regulamentares.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2025

SAUDAÇÃO ÀS LUZES - USO DA PALAVRA

Em 19.06.2025 o Respeitável Irmão Sílvio Scofield, Loja Deus, Luz e Caridade, REAA, GOB BAIANO, Oriente de Caravelas, Estado da Bahia, apresenta o que segue:

 

SAUDAÇÃO ÀS LUZES

 

Nossa dúvida de hoje é a respeito da Palavra a Bem da Ordem...

Temos tido várias instalações de VV MM em nossa região. Nelas, contamos

com a presença de Sapientíssimos e Eminente, inclusive o G M Estadual.

Nesse caso, quando vamos saudar as Luzes da Loja e temos a presença

do Eminente G M E e de algum Sapientíssimo. Como deve ser a nossa saudação?

Saudamos primeiro as Luzes da Loja e depois a maior autoridade, no caso o Sapientíssimo e depois o Eminente G M E ou devemos saudar em outra ordem?

 

CONSIDERAÇÕES

 

Primeiramente é preciso ressaltar que quando alguém for fazer o uso da palavra em Loja, não estará antes fazendo nenhuma saudação, até porque, como preconiza o Ritual de Aprendiz do REAA (2024) na sua página 43, saudações em Loja somente serão feitas ao Ven Mestre durante a entrada e saída do Oriente, às Luzes da Loja quando da entrada pela Marcha do Grau, e finalmente quando um Ir precisar se retirar definitivamente do Templo. Fora estas ocasiões, não existem saudações.

               O ato de se dirigir às Luzes, Autoridades, etc., quando se faz o uso da palavra, não é saudação maçônica, porém é o modo protocolar de se dirigir à Loja – vide explicações na página 209 do Ritual de Aprendiz do REAA vigente, item “Protocolo de se dirigir à Loja”.

Desse modo, quando um Ir precisar se dirigir à Loja, independentemente da Autoridade que esteja presente, ele o faz protocolarmente na seguinte ordem: primeiro menciona as Luzes da Loja (Ven Mestre, 1º e 2º VVig), depois genericamente às Autoridades presentes (sem precisar nomina-las uma a uma), Mestres, Companheiros e Aprendizes.

De tudo, a regra principal é que os primeiros a serem mencionados nessa ocasião serão sempre os cargos das Luzes da Loja (detentores dos malhetes), depois as Autoridades presentes, sejam elas o Grão-Mestre Geral, o Estadual, Sapientíssimos, Eminentes, etc.

 

 

T.F.A.

 

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2025

LUA EM QUARTO CRESCENTE - REAA

Em 19.06.2025 o Respeitável Irmão Geraldo Pires Luz, Loja União e Justiça, 4232, REAA, GOB MINAS, Oriente de Coronel Fabriciano, Estado de Minas Gerais, apresenta a pergunta seguinte:

 

LUA EM QUARTO CRESCENTE

 

Estamos construindo nosso Retábulo sob o Dossel.

Neste retábulo onde o Cosmos é representado num plano frontal e vertical, com o Sol do lado esquerdo da Lua e, se esta Lua for iluminada por esse mesmo Sol, o globo lunar será parcialmente iluminado com o formato da letra C...pelo fato de o Sol estar à sua esquerda, pois!

Então teremos 2 dois formatos de Luas dentro do templo, no Hemisfério Norte: quarto minguante e quarto crescente!

- A Lua no Retábulo, sob o Dossel, do lado do secretário, com o Sol à sua esquerda, iluminada pelo seu lado esquerdo, com o formato da letra C, quarto minguante!

- A Lua, na Abóbada Celeste, com o formato de letra D, quarto crescente no Hemisfério Norte, vista de cima para baixo.

Lojas coirmãs estão reformando seus retábulos com a Lua no formato da letra D, hemisfério Norte!

Aguardando vossa orientação

 

CONSIDERAÇÕES

 

Em primeiro lugar, segue-se o que estiver previsto no Ritual.

Sobre as luminárias terrestres, tal como se encontra no Painel do 1º Grau do REAA, vê-se o Sol e a Lua. A Lua em quarto crescente à direita de quem olha para o Painel e o Sol à esquerda.

                 Seguindo a mesma disposição do Painel do Grau, no Retábulo do Oriente, junto ao Delta, encontram-se o Sol pelo o lado correspondente ao Orador e a Lua pelo lado do Secretário.

Vale mencionar que o Retábulo do Oriente corresponde à parede imediatamente atrás do Ven Mestre, abaixo do dossel.

Particularmente no que diz respeito à Lua, a mesma é representada na fase de quarto crescente, vista de quem a enxerga do hemisfério norte. Nesse particular, é preciso se levar em conta que a Maçonaria, e de modo especial o REAA, nasceram na meia-esfera Norte do planeta Terra, portanto a disposição estelar da abóbada do Templo corresponde ao firmamento do Norte.

Dependendo do hemisfério, a aparência da Lua se inverte, podendo se parecer com uma letra “D” (Norte) ou “C” (Sul).

Desse modo, atendendo ao firmamento relativo ao Norte, a Lua em quarto-crescente segue a figura aproximada da letra "D".

Graças a isso é que no novo ritual de Aprendiz do REAA (2024) foi corrigido o aspecto lunar de "C" para "D", tanto no Painel do Grau, na abóbada e no Retábulo.

Assim sendo, ao concluir importa salientar que o Sol representado no Retábulo do Oriente nada tem a ver com iluminação física da Lua em suas fases. No REAA o Sol, dentre outros significados, também simboliza o Orador, e a Lua, o Secretário.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2025

 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

PROCEDIMENTOS PARA O CERIMONIAL À BANDEIRA

Em 17.06.2025 o Respeitável Irmão Sidney Gonçalves de Souza, Loja Templários do Oeste, 4468, Rito Adonhiramita, GOB MINAS, Oriente de Divinópolis, Estado de Minas Gerais, apresenta as seguintes questões:

 

PROCEDIMENTOS PAVILHÃO NACIONAL

 

Gostaria de verificar com o Eminente Irmão, que nos esclarecesse sobre as Sessões Magnas considerando o Decreto 1.476, de 17/05/2016 referente ao Cerimonial do Pavilhão Nacional: Sabemos que a Comissão de recepção do Pavilhão, é composta de 13 mestres mais os 03 Mestres da Guarda de Honra., e que não havendo o número suficiente de irmãos, pode-se ir baixando os membros dentro dos procedimentos legais exigidos. Participei de uma sessão Magna, em que a guarda de honra entrou acompanhando o Porta-Bandeira sem a comissão de recepção, e após a entrada do mesmo chegando no Oriente, o Porta-Bandeira parou com a Bandeira, e foi cantado o Hino Nacional, e depois a Bandeira colocada em seu Lugar. No encerramento dos trabalhos, após a saudação do Pavilhão Nacional, e cântico, o Mestre de Cerimônias queria que a Bandeira após a saudação voltasse a ser colocada ao pedestal, mesmo tendo entrado no início dos trabalhos.

Seguem minhas perguntas.

Na entrada da Bandeira:

1º) Não havendo o número mínimo exigido, a Bandeira pode entrar somente acompanhada da Guarda de Honra?

2º) Se assim puder, mesmo sem a Comissão de Recepção, para-se com a Bandeira entre colunas para o cântico do Hino Nacional, ou segue com ela diretamente para o Oriente e ali para-se com ela antes de colocá-la no Pedestal, canta-se o Hino Nacional?

3°) A Bandeira acompanhada da Guarda de Honra, segue direto para o pedestal e não cantamos o hino?

No Encerramento dos trabalhos, após a saudação da Bandeira e cantarmos o Hino da Bandeira, frente ao relato acima, saí com a Bandeira, mesmo sem ter a guarda de recepção, ou retornamos a mesma para o para o pedestal?

Observação: Frente ao Mestre de Cerimônias ser muito incisivo, e estar convicto de que esse procedimento era correto, resolvi vos indagar se houve alguma modificação no procedimento do Decreto.

 

CONSIDERAÇÕES

 

De imediato devo responder que o Decreto 1476/2016, que dispõe sobre o Cerimonial para a Bandeira Nacional, continua em vigência e até o momento não sofreu nenhuma alteração.

Pelo relatado na questão acima, o Mestre de Cerimônias da Loja está afrontando um diploma legal quando insere práticas que lhe são estranhas, o que é no mínimo reprovável.

Nada é mais correto do que se seguir integralmente um Decreto que foi editado, publicado e que se encontra em plena vigência.

                No tocante ao desenvolvimento do cerimonial com presença reduzida de Mestres Maçons, o Art. 3º do Decreto mencionado, em seu parágrafo 2º prevê que não sendo possível integrar a Comissão de Recepção com 13 Mestres, a mesma poderá ser formada por número ímpar inferior de membros, e se mesmo assim não for possível, a Bandeira ingressará acompanhada apenas pela Guarda de Honra.

Vale a pena mencionar que a Comissão de Recepção da Bandeira é formada por Mestres Maçons armados de espadas e munidos de estrelas. Não menos importante é também dizer que a Guarda de Honra, que escolta o Pavilhão Nacional, é formada pelo Mestre de Cerimônias e mais dois Mestres Maçons, todos armados de espada.

Feitos esses comentários, seguem as respostas às suas indagações:

  1. Sim, conforme preconiza o Art. 3º do Decreto 1476/2016.
  2. Em qualquer condição, o Porta-Bandeira, munido do Pavilhão Nacional e escoltado pela Guarda de Honra, ingressa e pára próximo à porta de entrada. É então entoado o Hino Nacional Brasileiro. Em seguida a Bandeira, acompanhada da sua escolta, é conduzida ao Oriente onde é colocada no seu pedestal. Acompanhando a Bandeira, a Guarda de Honra não ingressa no Oriente, porém pára próximo à entrada deste.
  3. Depois do canto do Hino Nacional, a Bandeira é conduzida ao seu lugar de acordo com o mencionado no item número 2 acima.

No encerramento dos trabalhos, para a saudação e o canto do Hino à Bandeira (com a presença ou não da Comissão de Recepção), a Bandeira Nacional é posicionada pelo seu condutor de acordo com o previsto no Decreto 1476/2016. Nesta oportunidade a Guarda de Honra, no Ocidente, se coloca próximo ao Oriente. Finalizada a saudação à Bandeira e concluído o canto da primeira e última estrofe do Hino à Bandeira, o Pavilhão será impreterivelmente conduzido para fora do Templo, escoltado pela Guarda de Honra.

Para concluir, alerta-se para o seguinte: nas sessões magnas a Bandeira Nacional ingressa e se retira formalmente no Templo nos momentos previstos. Qualquer procedimento ou prática ritualista que esteja em desacordo com o Decreto 1476/2016, vigente, será considerado um ilícito maçônico, e como tal deverá ser tratado. Ninguém pode alterar a liturgia e a ritualística dos rituais e dos decretos vigentes.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

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DEZ/2025