sábado, 30 de novembro de 2019

A CORDA NO SIMBOLISMO MAÇÔNICO


Em 26/08/2019 o Respeitável Irmão Ubirajara Nascimento, Loja Raphael Simioni, 3.707, REAA, GOB-SP, Oriente de São Sebastião, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte solicitação.

CORDA


Temos, eventualmente, alguns temas para serem discutidos em Loja, que não apresentam maior abordagem nos Rituais dos graus. É o caso da Corda de 81 Nós, quanto à qual não gostaríamos de deixar legado apenas às bibliografias existentes na internet, mas que pudessem estar no conjunto de instruções ou mesmo na abordagem das descrições de Loja de Aprendiz.
No momento atual, o que me indica o irmão para que se possa dar a fonte necessária para o devido entendimento a eles?

CONSIDERAÇÕES.

A corda de sisal (principalmente) tem sido um elemento antigo utilizado como símbolo em muitos ritos da Moderna Maçonaria.
Em linhas gerais ela advém do período operativo e servia, dentre outros afins da construção, também para balizar os limites dos canteiros de obra da Idade Média, local onde trabalhavam os nossos ancestrais (Maçonaria Operativa).
De modo prático, a "corda" cercava o canteiro, indo presa em argolas de ferro fixadas em postes de madeira. Na entrada do recinto demarcado havia uma abertura para passagem. Assim, a corda se interrompia nos dois postes maiores que identificavam o lugar de passagem.
Por esse modo é que a corda, mais tarde, se fixaria como importante elemento simbólico especulativo na Moderna Maçonaria.
Atualmente, alguns ritos, inclusive, trazem a corda fixada no alto das paredes contornando a sala da Loja (templos) em alusão aos espaços que iam por ela "cercados" no passado, o que não é de se estranhar, pois o espaço de trabalho maçônico especulativo é um ambiente estilizado e decorado para relembrar os velhos ofícios francos dos nossos ancestrais.
Outros ritos, ou trabalhos, entretanto, possuem a corda como elemento simbólico gravado nos painéis da Loja, enquanto que outros ainda apenas a mencionam nas suas instruções e preleções. De tudo, formas e formatos relativos à corda estão sempre presentes no ideário maçônico.
O número de nós, ou outros aspectos a ela relacionados, também ingressou com as ideias especulativas, sobretudo na profusão dos ritos a partir dos meados do século XVIII. Assim, essas particularidades podem ser perscrutadas no arcabouço doutrinário do Rito. Várias são as interpretações, porém essas de acordo a doutrina para qual elas servem. De certo modo, intimamente ligados ao símbolo da corda estão os seus complementos, tais como, os 81 nós, os sete nós, as quatro borlas, os laços do amor, o nó central, etc.
Na Moderna Maçonaria, alegoricamente a corda tem sido tomada como um emblema de união, até porque, em primeira análise, ela simbolicamente contorna, protege e agrega os operários na Loja.
Infelizmente temos visto muitos estudantes de Maçonaria que ainda não se aperceberam disso, não compreendendo que um símbolo não raras vezes está implícito na alegoria de um todo. Também não ficam de fora aqueles que só sabem procurar a existência de um símbolo no ritual, dando para isso uma condição única de existência, sem se deter, contudo, que a matéria é muito mais complexa do que a sua aparência. Por fim, ainda existem os debochados que procuram ironizar outros ritos por conta de símbolos que no seu rito não existe. Realmente, são atitudes pobres.
Na exegese simbólica, muitos símbolos são parte de um conjunto e não de uma ideia única que precise estar "escancarada" às vistas do Iniciado. Na academia da pesquisa, desinteressada e sem paixão e licenciosidade, muitas vezes o que vale é a ideia e não o emblema individual.
Dados esses comentários, especialmente aquele que toca o estudo das origens da "corda" na Maçonaria, eu sugiro pesquisa numa bibliografia que envolva a história das guildas medievais, suas particularidades, processos de subsistência, condições sociais, políticas e religiosas, etc. a partir do século X. Nesse sentido, vou indicar uma obra de autoria do respeitável Irmão Ricardo S. R. do Nascimento, denominada "De um Antigo e Famoso Documento da Maçonaria Operativa – Notas de Estudo". Foi publicado pelo Grande Oriente do Brasil em 1999. Esse livro, além de tratar do Poema Régius (1390), traz um roteiro bibliográfico irretocável para pesquisa – séria e desapaixonada – cita autores autênticos e confiáveis.
Assim, amparado por um bom roteiro bibliográfico autêntico será certamente construída uma grade de estudo confiável para vislumbrar como trabalhavam os nossos ancestrais no período da Maçonaria de Ofício e, com isso, entender o porquê da existência de certos objetos e utensílios no exercício do ofício – dos quais, por exemplo, a corda.
Já interpretações de cunho iniciático e esotérico, vão depender da aplicação especulativa proposta na doutrina do rito.
Concluindo, em assim se procedendo o símbolo será desvendado satisfatoriamente, bem longe da pobreza dos que ficam procurando símbolos em rituais sem pelo menos saber se o conteúdo deles é confiável. Se faz mister primeiro conhecer a origem e a história do emblema no contexto e, por segundo, o sentido que a doutrina quer lhe dar.


T.F.A.

PEDRO JUK


NOV/2019

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

REAA - PÁLIO, ALTAR, TRONO E ESTRELA FLAMEJANTE


Em 22/08/2019 o Respeitável Irmão Hercule Spoladore, Loja de Pesquisas Maçônicas Brasil, GOP (COMAB), Oriente de Londrina, Estado do Paraná me envia questões a ele remetidas pelo Irmão Darci Garrido

PÁLIO, ALTAR E ESTRELA FLAMÍGERA


Juk este Irmão Darcy me faz estas perguntas. Repasso para você mais uma vez. Desculpe, mas você é a minha saída nestas horas. Me sinto chateado de pedir mais este favor, mas é da sua área.
Pediria se puder em tirar algumas dúvidas sobre procedimentos e posicionamentos em loja.
1- Ao formar o Palio, o bastão do Mestre de Cerimônias fica por cima dos bastões dos Diáconos ou por baixo?
2- No ritual consta "Altar" dos Vigilantes, pergunto porque altar? o certo não seria trono?
3- A Estrela Famígera ou Flamejante fica acesa na sessão de Aprendiz? Ou só a acende no Grau 2 Companheiro?
Pode o Irmão me esclarecer estes pontos?

CONSIDERAÇÕES.

  1. Formação do pálio – Em se tratando de REAA∴, originalmente nesse rito não existe formação de pálio, até porque os Diáconos, como mensageiros no rito mencionado não portam bastões. Infelizmente, alguns rituais trazem essa anomalia que fora herdada do cruzamento de varas, comuns ao Craft inglês, acrescida da colocação do bastão do Mestre de Cerimônias para se formar um pálio – algo inapropriado na transmissão da Palavra.
Enxertos e cópias infelizmente ainda têm estado presentes em alguns rituais do REAA. É o caso do pálio, figura inapropriada no escocesismo.
De qualquer maneira ele ainda é visto por aí. Ainda que anacrônico, o mais comum de se ver é os Diáconos cruzando os bastões e o Mestre de Cerimônias colocando, no ápice sobre o cruzamento, o seu bastão para formar o sobrecéu portátil. Reitero, é o que se tem visto, embora inapropriado no escocesismo.
  1. Altar ou trono – Nem uma coisa e nem outra. Vigilantes ocupam mesas e tomam assentos em cadeiras. Trono é apenas o destinado ao Venerável Mestre que, por sua vez, aí sim, ocupa o Altar.
  2. Estrela Flamejante – Esse símbolo é objeto de estudo do Companheiro Maçom. De origem pitagórica a estrela pentagonal é tida como uma luz intermediária. Sob essa óptica ela é representada nos templos maçônicos como um astro flamejante que fica entre o Sol no Oriente e a Lua no Ocidente. Por esse caráter flamejante é que em alguns Templos ela aparece iluminada por uma luz cálida. Alguns rituais até preveem o seu acendimento no Segundo Grau, outros não. Assim, sob o aspecto do símbolo e como ornamento do Companheiro, ela ficaria mais bem apropriada se iluminada fosse em Loja do Segundo Grau.


T.F.A.

PEDRO JUK

NOV/2019

BATERIA NO CORTEJO DE ENTRADA


Em 23/08/2019 o Respeitável Irmão André Roque, Loja Barão do Rio Branco, 03, GOEPE (COMAB), REAA, Oriente de Arcoverde, Estado de Pernambuco, apresenta o que segue:

CORTEJO DE ENTRADA


Gostaria de tirar a dúvida abaixo descrita:
- Após a composição do cortejo de entrada, no átrio, o Mestre de Cerimônias bate à porta para que o Cobridor Interno abra a porta do templo. Gostaria de saber do Irmão como o Mestre de Cerimônias deve dar esta batida, se com a bateria universal ou com a bateria do Grau que a Loja irá trabalhar?

CONSIDERAÇÕES.

Como os procedimentos são de ingresso no Templo para o início dos trabalhos e a Loja já deva estar já estar preparada e decorada para os trabalhos no grau de abertura, então o Mestre de Cerimônias dá na porta a bateria do Grau correspondente àquele em que a Loja será aberta.
No que diz respeito à bateria universal (Aprendiz), comumente ela ocorre quando a Loja já está aberta e alguém pede para ingressar – um retardatário, por exemplo. Nesse caso é dada a bateria universal.
Para a entrada do préstito o Mestre de Cerimônias pede ingresso pela bateria do grau.


T.F.A.

PEDRO JUK


NOV/2019

LOJA ABERTA COM SETE MESTRES


Em 22/08/2019 o Respeitável Irmão Paulo Sérgio Schmidt, Loja Acácia de Vila Prudente, 1.648, REAA, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Capital, solicita o seguinte esclarecimento.

LOJA COM SETE MESTRES.


Poderia me instruir como proceder na composição dos cargos na loja quando temos a presença de apenas sete mestres?

CONSIDERAÇÕES.

Três governam a Loja, cinco Mestres a compõem e sete a completam, ou a tornam perfeita.
Em Loja do REAA a formação de uma Loja com a presença de apenas sete Mestres deve ser assim distribuída: Venerável Mestre, Primeiro e Segundo Vigilantes, Orador, Secretário, Cobridor Interno e Mestre de Cerimônias. Em atenção ao número mínimo para a abertura de uma Loja, essa seria a classificação dos cargos.
Como o REAA exige na sua liturgia a transmissão da Pal Sagr para a abertura e o encerramento dos trabalhos, da qual participam os oficiais mensageiros, numa situação precária, substituem momentaneamente os Diáconos, o Secretário, como 1º Diácono e o Mestre de Cerimônias, como 2º Diácono. Assim, no decorrer da transmissão o Secretário e o Mestre de Cerimônias preenchem os cargos provisoriamente. Cumprida a missão, imediatamente retomam seus cargos de ofício.


T.F.A.

PEDRO JUK


NOV/2019

ANÚNCIO DO PRODUTO DO TRONCO


Em 22/08/2019 o Respeitável Irmão Roberto Natulini Filho, Loja Miguel Abrão Ajuz Neto, 3.084, REAA, GOB-PR, Oriente de Ponta Grossa, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão.

ANÚNCIO DO PRODUTO DO TRONCO


Na conferência do Tronco, o Venerável Mestre é obrigado a prosseguir com a sessão ou ele pode aguardar a conferência do Tronco?
Caso ele não seja obrigado a dar prosseguimento a sessão e assim tenha a faculdade de aguardar a conferência, como o Irmão Tesoureiro deve proceder?
Pelo ritual penso que como o Venerável Mestre já solicitou a conferência, está implícito que ele quer saber a arrecadação para anunciar, assim, pelo próprio Venerável Mestre a palavra já estaria concedida ao Irmão Tesoureiro apenas para o anúncio; assim, inclusive, é a sequência do ritual. Desta forma, acredito que o Tesoureiro se levanta, cumprimenta protocolarmente e anuncia a apuração do óbolo dos Irmãos? Ou existe outra forma de o Irmão Tesoureiro proceder nesta situação já que é aguardado o anúncio?

COMENTÁRIOS.

Assim que o conteúdo da bolsa é entregue ao Tesoureiro para conferência, o Venerável Mestre dá continuidade aos trabalhos. Não é recomendável que se aguarde para não evidenciar uma inexplicável perda de tempo.
Conforme especificam as orientações e adequações constantes da plataforma do GOB RITUALÍSTICA em http://ritualistica.gob.org.br/ certificadas pelo Decreto 1784/2019, no item 62, letra "b", IV consta:
" IV - O Tesoureiro, com brevidade, mas sem atrapalhar o andamento dos trabalhos, pede a palavra ao 1º Vigilante. Autorizado, à Ordem comunica ao Venerável Mestre o resultado apurado na coleta".
Assim, a sessão não deve ser interrompida, cabendo ao Tesoureiro informar no momento adequado (o ritual menciona: tão logo seja oportuno), ou seja, conforme a sessão esteja se desenvolvendo.
Recomenda-se então que se a palavra estiver ainda na Coluna do Sul, que ele então aguarde a chegada da mesma no Norte para informar. Se ela por ventura já estiver passado, estando no Oriente, ele, após ter ali reinado silêncio, imediatamente pede a palavra ao 1º Vigilante para informar o resultado.
Embora pareça implícita a obrigação de anunciar, a atitude de pedir a palavra ao Vigilante é caráter de boa geometria na liturgia maçônica, já que é regra ninguém se utilizar da palavra sem antes pedir permissão – "Desde agora a nenhum Ir é permitido falar ou passar para outra Col, sem obter permissão, nem..." (página 51 do Ritual de Aprendiz em vigência).

T.F.A.

PEDRO JUK


NOV/2019



quinta-feira, 28 de novembro de 2019

ACOMPANHANDO A CIRCULAÇÃO DA BOLSA


Em 22/08/2019 o Respeitável Irmão Marcio Teixeira Costa, Loja Luzes de Iguabinha, 3.073, REAA, GOB-RJ, Oriente de Araruama, Estado do Rio de Janeiro, apresenta a questão seguinte:

ACOMPANHANDO A CIRCULAÇÃO DA BOLSA


Pode um Aprendiz ou um Companheiro, a título de instrução, fazer a coleta portando o Saco de Propostas e Informações ou o Saco para o Tronco de Beneficência acompanhado pelo respectivo Mestre ocupante do cargo?
Recentemente, em visita a uma Loja, observei que o Aprendiz fez a circulação do Saco de Propostas e Informações acompanhado pelo Mestre de Cerimônias.

CONSIDERAÇÕES.

Absolutamente não! Nem por aprendizado, pois o trajeto prevê ingresso no Oriente da Loja.
Iniciaticamente, nem Aprendizes e nem Companheiros têm acesso ao Oriente em Loja aberta. Nele só ingressam Mestres – aqueles que alcançaram a plenitude maçônica. Assim, é inconcebível levar "junto" um Aprendiz ou um Companheiro como acompanhante no trajeto da circulação da Bolsa.
É mesmo inacreditável que cheguem a inventar esse tipo de procedimento. Ora, tanto Aprendizes como Companheiros podem perfeitamente aprender, se esse for o caso, observando o percurso do seu lugar, ou mesmo lendo o ritual, agora, acompanhar o oficial no trajeto, nunca.
Dada à questão iniciática, alegoricamente cada grau simbólico sugere ser um ciclo da vida, devendo assim o iniciado percorrer a jornada conforme a sua etapa. A não observação desse conceito doutrinário simplesmente elimina a liturgia do grau. Nesse sentido, pelo que parece, alguns realmente ainda não sabem o que estão fazendo em Loja.


T.F.A.

PEDRO JUK


NOV/2019

QUESTÕES SOBRE O ESTANDARTE DA LOJA


Em 18/08/2019 o Respeitável Irmão Josélio Carvalho, Loja Libertas Quae Sera Tamen, 1.180, REAA, GOB-MG, sem mencionar o nome do Oriente, Estado de Minas Gerais, apresenta a seguinte questão:

ESTANDARTE DA LOJA


Minha dúvida é a respeito dos estandartes das lojas simbólicas do GOB:
1.    Há obrigatoriedade de ser confeccionado em alguma cor específica ou pode ser em qualquer uma?
2.    2. Há algum símbolo obrigatório? Há algum proibido?
3.    3. Há algum 'dizer' obrigatório? Há algum proibido?
Em resumo, o que é obrigatório, permitido, tolerado ou proibido na confecção de um estandarte.
Pelo fato de o estandarte ter que passar por sagração, acredito que deva ter regras para sua confecção.
Agradecemos a você por compartilhar seus conhecimentos conosco.

CONSIDERAÇÕES.

Em Maçonaria o estandarte identifica uma Loja como corporação maçônica. É uma espécie de bandeira retangular, com letreiros, brasões, símbolos distintivos, etc., que aparece pendente de uma haste.
Nesse sentido, com o caráter de representação, toda Loja maçônica possui o seu estandarte. Construído como uma insígnia, deve conter símbolos maçônicos e palavras que o definem como representante da Oficina. Obviamente é recomendável que o estandarte traga no seu conteúdo, além do nome da Oficina, também a Obediência a que pertence, data de fundação, rito, etc.
No tocante às suas questões propriamente ditas, eu desconheço qualquer obrigatoriedade de cor, embora o critério para escolha deva seguir os limites do bom senso, dando-se preferência aos matizes que se identifiquem com o rito e a Obediência. "Símbolo obrigatório" não é o caso, porém é de melhor destaque aquele, ou aqueles que combinem com o nome da Loja. "Proibido", por óbvio todos os que sejam elementos estranhos à mensagem heráldica. "Dizer obrigatório" (sic), que pelo menos o estandarte traga o nome da Oficina, Rito, Obediência e Oriente onde se situa a Loja.
A questão de sagração de estandarte nem é algo assim tão original na Maçonaria, porém no GOB existe cerimonial especial regido por ritual em vigência, o que faz dele um ato obrigatório. Compreenda-se que esse não é um atenho de sagração religiosa, mas de uma consagração para dar dignidade ao símbolo da Corporação Maçônica.
Lamentavelmente muitos costumes se perderam, provavelmente pela incompreensão do porquê da existência de muitos símbolos na liturgia maçônica. O estandarte, como símbolo identificador da Oficina, somente deveria ser hasteado, ou arvorado, quando a Loja estivesse aberta, devendo ser guardado após o encerramento dos trabalhos. Originalmente, para ritos que possuem um oficial apropriado para conduzir o estandarte, como é o caso do Porta-Estandarte, este deveria, assim que a Loja fosse declarada aberta, arvorá-lo no Oriente; recolhendo-o no encerramento para guarda-lo posteriormente. Obviamente que esse é apenas um comentário, pois não é procedimento previsto no ritual.


T.F.A.

PEDRO JUK

NOV/2019

VIGILANTES E A COMISSÃO DE INSTRUÇÃO E GRAUS


Em 17/08/2019 o Respeitável Irmão Marcelo Gass, Loja Tríplice Aliança, 3.277, REAA, GOB-PR, Oriente de Toledo, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão.

COMISSÃO ADMISSÃO E GRAUS


Faz parte do nosso REGIMENTO INTERNO, que os Irmãos Aprendizes para terem aumento de salário, precisam apresentar 3 peças de arquiteturas. O Segundo Vigilante, que é o responsável pela instrução do Aprendiz, passa os temas das peças que serão apresentadas durante o período que o mesmo ficará na Coluna do Norte. Depois que o Irmão apresentou as 3 peças, em um determinado dia é feito a sabatina conforme o RGF.
Minha questão é a seguinte: A Comissão de Admissão e Graus, deve antes do Irmão Aprendiz apresentar sua peça, dar seu parecer sobre a mesma?
Isso não tira do Vigilante "autoridade" dele ser o responsável pela instrução do Irmão, já que a Comissão é quem irá dar seu parecer sobre a peça, e também decidir pela aprovação do seu aumento de salário?

CONSIDERAÇÕES.

O ofício do Segundo Vigilante instruir os Aprendizes é uma alusão às antigas práticas (conservação de usos e costumes). Ele é o responsável, porém não significa que apenas ele seja o instrutor e que tudo só dependa dele.
A bem da verdade ele é o instrutor que avalia o momento apropriado e propõe o início do processo para aumento de salário.
Sem dúvida, é de bom alvitre que a Comissão de Admissão e Graus trabalhe em conjunto com o responsável principal pelas instruções ao candidato. Entendo até que é mais democrático, pois a Comissão em conjunto com o instrutor, discutindo e avaliando o processo, me parece mais coerente e afastado de favorecimentos.
Já a sabatina, que só ocorre depois da peça de arquitetura ter sido avaliada pela Comissão, será realizada na Ordem do Dia de outra sessão no grau do aspirante. Concluída essa, o Templo é coberto aos Aprendizes e transformada a Loja em Grau 02 para avaliação e votação. Complementado, retornam-se os trabalhos ao Primeiro Grau, os Aprendizes retornam e o aspirante é informado do resultado. Tudo então se dá conforme o Regulamento Geral da Federação no seu Art.º 35.
Dado ao exposto, há de se notar que a aprovação final para o aumento de salário não é especificamente só do Segundo Vigilante, mas da Loja.


T.F.A.

PEDRO JUK


NOV/2019