quarta-feira, 28 de setembro de 2022

PARAMENTOS DE MESTRE INSTALADO EM RITOS DIFERENTES (DUPLA FILIAÇÃO)

Em 21.03.2022 o Respeitável Irmão Pedro Rodrigues Bueno Junior, Loja Ypiranga, 83, GOB-SP, Estado de São Paulo, formula a seguinte questão:

 

PARAMENTOS DE MESTRE INSTALADO COM DUPLA FILIAÇÃO.

 

Mais uma vez venho lhe solicitar ajuda com relação a uma dúvida que surgiu em minha Loja e que não consegui esclarecer.

A questão é a seguinte:

Um Ir é membro de 02 duas Lojas (uma delas como filiado) de ritos diferentes - Escocês e Adonhiramita. Na Loja do Rito Escocês ele foi instalado e é seu atual Venerável Mestre e na
Loja Adonhiramita ele não ocupa cargo (lembrando que esta é sua Loja "mãe.

As perguntas:

- Qual paramento ele deve usar quando estiver na Loja que ele é membro, porém, não ocupa cargo? (Sendo ele um Mestre Instalado em outra Loja).

Ele pode usar os paramentos de Mestre Instalado do Rito Escocês nas sessões do Rito Adonhiramita? (Lembrando que não se trata de estar em visita a Loja, como já dito, ele é membro da Loja).

Agradeço sua inestimável ajuda para esclarecermos essa dúvida. 

 

COMENTÁRIO.

 

O Mestre Instalado é o título honorífico (não é grau) dado a um ex-Venerável Mestre que será sempre um Mestre Instalado em qualquer das Lojas em que ele for membro. No nosso caso são duas Lojas de ritos diferentes, uma do Rito Adonhiramita e outra do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Conforme as Obediências, pode existir diferença entre os paramentos, mesmo sendo de um mesmo rito. Algumas podem ser sutis e outras acentuadas.

Em face a esse obreiro ser membro de duas Lojas com ritos diferentes, ele deve então usar os paramentos de acordo com o Rito que cada uma das Lojas pratique.

Em síntese, como ele não é um visitante, mas é um membro filiado da Loja, então ele deve se adequar aos costumes do rito praticado por essa Loja.

Vale a pena mencionar que esse Mestre Instalado recebeu seu título honorífico de Mestre Instalado uma so única vez, com isso ele será, ad aeternum, um Mestre Instalado (ex-Venerável) em qualquer Loja.

Obviamente que ele por primeiro deve ter recebido seus paramentos do rito da Loja em que ele fora instalado. Desse modo, se mais tarde ele vier ter dupla filiação e a outra Loja praticar rito diferente da primeira, ele deverá se paramentar como Mestre Instalado do rito da Loja em que ele estiver filiado e trabalhando.

Isso é diferente de um Mestre Instalado visitante que, ao se apresentar em visita, usa os seus paramentos, não importando se o rito praticado pela Loja anfitriã for diferente do seu.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

SET/2022

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

PARAMENTOS DE UM MESTRE INSTALDO DO REAA EXERCENDO CARGO EM LOJA

O Respeitável Irmão José Daniel Massaroni, Loja Conciliação e Justiça, REAA, GOB-SP, Oriente de Presidente Prudente, Estado de São Paulo, apresenta a questão seguinte:

 

PARAMENTOS DE UM MESTRE INSTALADO EXERCENDO CARGO.

 

Sou membro da Comissão de Ritualística da Loja. Nesta semana fiz a leitura do uso da Faixa de Cargo, explicada pelo Irmão, na formação do Préstito, solicitando aos Mestres Instalados que os mesmos utilizassem a Faixa do Cargo sobre a de Mestre Instalado. Isto seria válido para os que foram nomeados para ocuparem cargos na Administração atual, ou para os que ocupassem cargos numa única Sessão.

Não obtive autorização do Irmão Orador, com a alegação de que aquelas explanações


seriam somente para os Irmãos que possuem a Faixa de Mestre, quando trocariam tal Faixa pela do Cargo. A outra opção seriam para os Irmãos Expertos e Cobridores, para o uso eventual da Espada. Para os Irmãos Mestres Instalados, os mesmos retirariam a Faixa de "MI" e colocariam somente a Faixa do Cargo mais o Avental de "MI".

Por entender que embora o Mestre Instalado não seja Grau, seus paramentos são o Avental e Faixa de "MI", o que não permitiria usar um Avental de Mestre Instalado e uma Faixa do Cargo.

Como não aceitei o entendimento do Irmão Orador, pergunto: Como proceder para que a Faixa do Cargo seja sobreposta a Faixa do Mestre Instalado na Organização dos Cargos pelo Irmão Mestre de Cerimônias? Isso serviria para normatizar o uso da Faixa do Cargo em nossa Loja como nas demais, do mesmo Rito.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Meu Irmão, boa tarde. Vamos lá, a “faixa” de Mestre é aquela que vai colocada do ombro direito para o quadril esquerdo. Assim, essa faixa deve ser usada por Mestres Maçons que não estejam ocupando cargo em Loja.

Consta no Ritual de Mestre Maçom do REAA em vigência, página 22:

“Além do respectivo Avental, o Mestre quando não estiver exercendo cargo de Vigilante, Dignidade ou de Oficial usa faixa de (...)”.

Como a faixa de Mestre teve origem nos talabartes franceses com bainha utilizados para acondicionar a espada e no Ritual de Mestre Maçom, anteriormente mencionado consta na mesma página 22:

“(...) Na extremidade interna da faixa, existe uma presilha que serve de suporte para a espada”.

O SOR, Sistema de Orientação Ritualística do GOB orienta que os Expertos e os Cobridores, mesmo trazendo o “colar” com a joia do cargo, também usem a faixa de Mestre, obviamente por baixo do colar, pois eles têm como instrumento de oficio, a espada.

A faixa do Mestre vai vestida de modo transversal do ombro direito para o quadril esquerdo, enquanto que o colar é um ornato para o pescoço, no caso, é vestido sobre ambos os ombros.

Dito isso, outra coisa são as insígnias de um Mestre Instalado, que usa avental de Mestre Instalado e um “colar” com a respectiva joia de Mestre Instalado (páginas 23, 24 e 25 do Ritual de Mestre Maçom em vigência).

Agora, se um Mestre Instalado ocupar um cargo em Loja, ele deve usar os dois colares, ou seja, veste o "colar" com a joia distintiva do cargo por cima do colar do Mestre Instalado.

Destaco, o Mestre Instalado não deve retirar o seu colar e joia, mesmo nessa ocasião, pois ele continua ser um Mestre Instalado. Mesmo ocupando um cargo em Loja ele não perde a sua condição honorífica dada àqueles que já exerceram o veneralato de uma Loja.

Trocando em miúdos, ele é um Mestre Instalado exercendo um ofício, portanto veste seus paramentos completos conforme prevê o ritual, enquanto recebe do Mestre de Cerimônias, a joia distintiva do cargo que ele irá ocupar.

A despeito de paramentos diferenciados entre o Mestre Maçom e o Mestre Maçom Instalado, isso não atribui a um ex-Venerável qualquer grau simbólico, senão um título honorífico dado àquele que foi instalado para dirigir a Loja como Venerável Mestre. Concluído o seu mandato, o Venerável, ad aeternum, será um ex-Venerável (Mestre Instalado).

Finalizando, fica mais uma vez o lembrete: Art. 42 do Regulamento Geral da Federação – “O Mestre Maçom que passar pelo Cerimonial de Instalação integrará a categoria especial honorífica (o grifo é meu) dos Mestres Instalados”. Assim, um Mestre Maçom se veste para os trabalhos como um Mestre Maçom e um Mestre Maçom Instalado como um Mestre Instalado.

T.F.A.

 

 

 

PEDRO JUK - SGOR

Secretário Geral de Orientação Ritualística GOB/PODER CENTRAL

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

SET/2022

terça-feira, 20 de setembro de 2022

O MALHETE E A POSTURA DO VIGILANTE

Em 17.03.2022 o Respeitável Irmão Pedro Guglielme Neto, Loja Cavaleiros da Paz, 164, GOP (COMAB), Oriente de Curitiba, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:

 

POSTURA DO VIGILANTE

 

Surgiu uma dúvida na sessão de ontem na nossa loja, onde o Irmão 2º Vigilante deve colocar o malhete na hora do cumprimento para receber a Palavra Sagrada do Diácono? Passa para a mão esquerda ou deposita sobre a sua mesa de Vigilante?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

No REAA, as Luzes da Loja (Venerável Mestre e os Vigilantes), ao ficarem em pé no seu lugar em Loja aberta ficam à Ordem normalmente, isto é, deixam os seus respectivos malhetes para compor o Sinal como todos os demais da Loja.

Infelizmente ainda persiste por parte de alguns o anacrônico gesto de, ao ficar em pé, pousar o malhete no lado esquerdo do peito.

Para o bem da ritualística isso deve ser evitado, salvo quando por dever de ofício as Luzes precisem se ausentar dos seus lugares trazendo consigo o malhete.

Fora isso, o Venerável Mestre e os Vigilantes ao ficarem à Ordem deixam seus respectivos malhetes para compor o Sin com a mão, ou mãos se for o caso.

Entretanto, há uma única situação onde é recomendável que o 1º Vigilante empunhe o malhete. Ela ocorre quando o Vigilante, na abertura dos trabalhos no Grau d
e Aprendiz Maçom do REAA, do seu lugar, verifica se todos os presentes nas Colunas são maçons.

Nesse caso, o 1º Vigilante deve ficar em pé com o malhete pousado no lado esquerdo do peito. Essa postura se justifica para que o Vigilante não demonstre naquele momento o Sin àqueles que deverão fazê-lo como forma de se identificar como maçons.

Assim, fora essa passagem ritualística onde o 1º Vigilante, por dever de ofício empunha o malhete, nas outras ocasiões, em Loja aberta, as Luzes da Loja ao se colocarem à Ordem compõem o Sin normalmente com a(s) mão(s).

Concluindo, no caso da transmissão da Pal Sagr, quando a ocasião exigir que os protagonistas fiquem à Ordem, os titulares que usam malhetes devem deixá-los sobre a mesa e fazer o Sin normalmente como os demais.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

SET/2022

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

QUEM ABRE O LIVRO DA LEI NO REAA

Em 16.03.2022 o Respeitável Irmão José Mariano Parma e Silva Filho, Loja Paulo Elpídio, 55, REAA, GLMECE (CMSB), Oriente de Fortaleza, Estado do Ceará, apresenta a seguinte questão:

 

QUEM ABRE O LIVRO DA LEI

 

Estou como venerável mestre e gostaria de uma informação para solucionar um questionamento feito por um irmão de Loja.

A abertura do Livro da Lei no início das sessões deve ser feita sempre por um ex-Venerável Mestre mais recente ou pelo Orador da Loja? Ou o Venerável Mestre atual é quem pode optar por um ou pelo outro?

Forte abraço e adora ler seus artigos.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Em se tratando de originalidade, no REAA quem abre e faz a leitura do Livro da Lei na abertura e no encerramento dos trabalhos é o ex-Venerável Mestre mais recente da Loja.

Infelizmente, muitos rituais têm mencionado o Orador como responsável por esse ofício, o que é um engano.

Assim, mesmo que contraditório, em algumas Obediências o ex-Venerável
acabou sendo trocado pelo Orador para abrir e fechar o Livro da Lei. Em síntese, parece que a escolha do Orador acabou se consagrando nesse ofício.

Contudo, destaco que devemos seguir o previsto no ritual aprovado e em vigor, mesmo que ele adote um procedimento equivocado. Desse modo, conforme o ritual, pode ser o ex-Venerável mais recente ou o Orador da Loja.

Concluindo, não é dado ao Venerável Mestre escolher quem abrirá o Livro da Lei. O ritual deve trazer essa indicação.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

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SET/2022

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

A CORDA DE 81 NÓS NOS PRIMEIROS RITUAIS

Em 16.03.2022 o Respeitável Irmão Marcio V. de Freitas, Loja Congresso Nacional, 4444, GOB-DF, REAA, Oriente de Brasília, Distrito Federal, solicita esclarecimento.

 

CORDA DE 81 NÓS

 

Estou produzindo uma peça de arquitetura sobre a corda de 81 nós, gostaria de saber se você saberia me dizer se nos primeiros templos do Brasil essa corda já se fazia presente.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Não, nos primórdios da Maçonaria brasileira, os primeiros rituais do REAA, acredito que pelas circunstâncias da época, a corda que circunda o templo, conhecida como Corda de 81 Nós, ainda não aparecia nos rituais e nos templos.

A bem da verdade, essa corda não deve ser confundida com o cordel que normalmente aparece nos painéis da Loja com 7, às vezes 9 e mesmo 12 nós.


A corda com 81 nós de circunda o templo fixada na parte superior das
paredes, próxima à cimalha e abaixo das sancas, em linhas gerais lembra os canteiros operativos onde o espaço de trabalho ocupado para construir uma catedral, uma igreja, ou uma abadia, por exemplo, era cercado por uma corda grossa, geralmente de sisal, que era fixada em paliçadas de madeira equidistantes. A corda, nesse sentido, limitava o espaço de trabalho retangular, tendo em um dos seus lados menores uma abertura utilizada como acesso para entrada e saída daquele recinto. Nesse espaço de passagem a corda normalmente terminava pendente nos dois lados demarcados por postes maiores que as demais paliçadas.

Na Moderna Maçonaria, alguns ritos têm a corda de nós como um ornamento da Loja, cujo qual historicamente lembra os nossos ancestrais operativos.

Como alegoria, caracterizada pelo número 81 concernente aos nós equidistantes, assim como os fios de sisal unidos que lhe dão forma, a corda, dentre outros, sugere a união dos maçons trabalhando no seio da Loja.

À França se deve o aprimoramento dos rituais latinos a partir dos meados do século XIX, sobretudo após a extinção das Lojas Capitulares, comuns na época ao REAA. A partir daí muitos elementos começam a se firmar como peças constituintes do cabedal simbólico dos ritos maçônicos franceses. Os painéis de Loja, por exemplo, condensam no seu interior o conjunto simbólico do rito, e os seus templos decorados como a oficina de trabalho.

No contexto dos painéis aparece o cordel operativo, cuja finalidade era a de marcar os cantos da obra. Esse cordel, que não é a corda que cercava o canteiro, passa então a fazer parte dos painéis da Loja em alusão ao esquadrejamento das construções.

Já a corda longa, com 81 nós, fixada no alto das paredes e aberta em duas borlas junto à porta sugere, de modo estilizado, os velhos canteiros operativos da Idade Média onde a Loja cercada era a oficina de trabalho.

Aqui no Brasil, a Corda de 81 Nós, como elemento decorativo ao redor das paredes das Lojas do REAA somente se firmaria mais tarde, aproximadamente nos meados do século XX, não obstante não se possa afirmar se os rituais da época não traziam esse símbolo porque simplesmente ele não existia ou se por mero desconhecimento da sua existência. Antes de fazer qualquer afirmativa nesse particular, é preciso antes perscrutar o ambiente passado em que esses rituais foram por aqui construídos. Às vezes, o não aparecimento de um símbolo em um ritual não significa que ele simplesmente não exista.

O certo é que atualmente no REAA a Corda com 81 Nós é um símbolo consagrado e tem sido um dos ornamentos da Loja de Aprendiz.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

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SET/2022

 

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

PRESENÇA DO GRÃO-MESTRE E O ÚLTIMO A FALAR EM LOJA

O Respeitável Irmão José Aparecido dos Santos, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GOP (COMAB), Oriente de Londrina, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

 

GRÃO-MESTRE PRESENTE E O ÚLTIMO A FALAR EM LOJA.

 

Meu amado amigo, irmão Pedro Juk

Em leitura em nosso Ritual de Aprendiz do REAA e também da Constituição, o qual pertenço ao GOP PR, tive algumas dúvidas e gostaria de ver se o amigo, irmão pode nos tirar tais dúvidas!

- PROTOCOLO DE RECEPÇÃO E TRATAMENTO: São situações onde tem o grau de autoridades, para entrada e saída do Templo (cortejo), sendo que no Grande Oriente do Paraná GOP PR., o único que pode ter o malhete em Sessão Maçônica, é o Grão Mestre ou Grão Mestre Adjunto, sendo que mesmo que retorne o malhete ao Venerável Mestre, para conduzir a Sessão Maçônica, este tem o nível de condução da Sessão. Correto?

- USO DA PALAVRA EM LOJA: O Venerável Mestre solta a palavra na Coluna do Sul, do


Norte e vem para o Oriente, sendo que não tendo o Grão Mestre ou Grão Mestre Adjunto, a última palavra para finalizar o uso da palavra, é do Venerável Mestre! Correto?

Agora, se o Grão Mestre ou Grão Mestre Adjunto, está na Sessão e pegou o malhete e retornou para o Venerável Mestre, o final do uso da palavra, é do Grão Mestre ou Grão Mestre Adjunto, conforme consta no Ritual em uso da palavra.

A nossa pergunta, é a seguinte:

Não estando presente o Grão Mestre ou Grão Mestre Adjunto, a palavra de encerramento, é do Venerável Mestre e não de autoridades que estejam presentes na Sessão! Correto ou não?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Seguem comentários que abordam as práticas mais consagradas nesse particular, não obstante alguns rituais e regulamentos de algumas Obediências possam até determinar praticas um pouco diferenciadas. No contexto da sua questão, geralmente são essas as ações mais comuns para os casos:

 

1.    O Grão-Mestre recebe o malhete. Nessa condição existem duas possibilidades. A primeira é a de que o Grão-Mestre, ou o seu Adjunto, de posse do primeiro malhete, por prerrogativa dele dirija os trabalhos. Nesse caso ele ocupará o trono, ficando o Venerável Mestre sentado na cadeira de honra à direita da cadeira central do altar (de quem do Oriente olha para o Ocidente).

A outra situação - que geralmente é a mais comum - inclusive prevista nos regulamentos de muitas Obediências, é a de que o Grão-Mestre, ou seu Adjunto, receba o malhete, mas antes de ocupar seu lugar o devolva ao Venerável Mestre para que este conduza os trabalhos. Nesse caso, o Venerável Mestre ocupará o trono (cadeira central) enquanto que o Grão-Mestre, ou o seu Adjunto, toma assento na cadeira de honra que fica à direita da cadeira central no altar (de quem do Oriente olha para o Ocidente).

No caso da primeira possibilidade, é o Grão-Mestre que, de posse do 1º malhete, é o dirigente dos trabalhos. Na segunda possibilidade não, pois ele ao devolver o malhete abdica da direção dos trabalhos naquela ocasião.

Assim, o dirigente é sempre aquele que estiver detento o primeiro malhete na oportunidade, mesmo que o Grão-Mestre, ou o seu Adjunto, estejam presentes nas cadeiras de honra à direita e à esquerda do trono.

 

2.    O último a falar. Não estando presente o Grão-Mestre, ou o seu Adjunto, o último que usa a palavra no período da Palavra a Bem da Ordem é o Venerável Mestre. Nesse caso, ele faz os comentários finais necessários e a seguir passa a palavra ao Orador para que, sob o ponto de vista legal, este dê as suas conclusões. Dadas as mesmas pelo Orador, procede-se ao encerramento ritualístico.

Estando presente o Grão-Mestre, ou o seu Adjunto, dirigindo ou não os trabalhos, ele, ou o seu Adjunto, fala por último, isto é, após as conclusões do Orador. Completada a fala do Grão-Mestre, ou do Adjunto, dá-se início ao encerramento ritualístico.

 

3.    Outras autoridades presentes. Não estando presente o Grão-Mestre, ou o seu Adjunto, outras autoridades que por ventura estejam presentes pedem a palavra ao Venerável Mestre, portanto, falam antes dos comentários finais do Venerável e das conclusões do Orador.

Reitero, a única autoridade que fala após as conclusões do Orador é o Grão-Mestre, ou o seu Adjunto. Outras autoridades que eventualmente se façam presentes falam no período da Palavra a Bem da Ordem antes da fala final do Venerável Mestre.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

SET/20200