quarta-feira, 30 de novembro de 2022

O LUGAR DO ALTAR DOS JURAMENTOS NO REAA. SEPARADO DO PRINCIPAL, POR QUÊ?

Em 24.05.2022 o Respeitável Irmão Carlos Fernandes dos Santos, Loja Acácia, 0177, REAA, GOB-RJ, Oriente de Niterói, Estado do Rio de Janeiro, apresenta o que segue:

 

LUGAR DO ALTAR DOS JURAMENTOS

 

Hoje, 23/05/2022, assistindo a sua palestra virtual proferida à convite da R L CONDE DE PARATY N° 155 - GLLP/GLRP, observei que o Eminente Irmão ao discorrer sobre a localização do Altar dos Juramentos, como extensão da mesa do Venerável Mestre, teceu comentários sobre a circulação dos Irmãos Aprendizes e Companheiros no Oriente, o que não deveria ocorrer e, mesmo no momento de prestar o compromisso a mesa onde se apoia o Livro sagrado, o esquadro e o compasso deveria ser afastada para permitir melhor acesso e condições de trabalho, pelo menos foi o que eu entendi. Quando está mesa retornou ao lugar correto, de origem, em muitas Lojas ficou realmente difícil a execução da liturgia desse ato de compromisso, lembrando que o Porta Estandarte também tem que se colocar por traz dos Neófito. Em nossa Loja, por exemplo, esse altar ocupou um espaço pequeno entre os 4 degraus de acesso ao Oriente e os 3 degraus de acesso ao Sólio. Quando das cerimônias Iniciáticas, ao ser afastado o Altar dos Juramentos, este acaba ficando fora do espaço que delimita o Oriente do Ocidente. A questão que solicito o vosso esclarecimento é estaríamos incorrendo em descumprimento das orientações Ritualísticas, pois consultando o SOR não encontrei orientações sobre esse afastamento do Altar dos Juramentos no ato do compromisso dos Neófitos. Agradeço desde já a gentileza do Eminente Irmão.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

O Altar dos Juramentos no REAA é na realidade uma extensão do altar principal que é ocupado pelo Venerável Mestre.

Essa separação – um do outro – foi necessária desde a criação, em 1816 na França, das hoje já extintas Lojas Capitulares do REAA.

Antes disso (desde 1804), a topografia de um templo simbólico do REAA não possuía desnível algum entre os pisos do Oriente e do Ocidente. Igualmente não existia também nenhuma separação do Oriente por balaustrada, posto que essas novidades na época só foram criadas para atender exclusivamente aos Irmãos detentores do Grau 18. Nesse caso, um lugar reservado apenas para eles.

Em resumo, no Grande Oriente da França, uma Loja Capitular do REAA era dirigida pelo Athersata (governador do Capítulo), que era também o Venerável Mestre da Loja Simbólica.

Desse modo, quando ocorria uma cerimônia de Iniciação, Elevação ou Exaltação (simbolismo), o candidato prestava o seu juramento diante de um pequeno altar, criado então como uma extensão do altar principal.

Assim, no momento da tomada de compromisso, este pequeno mobiliário, que também ficava no Oriente em frente e próximo ao altar principal, era então deslocado um pouco à frente de tal modo que, ainda permanecendo no Oriente, ficasse no limite com o Ocidente.

                 Graças a isso as cerimônias do simbolismo nas Lojas Capitulares se limitavam a ocorrer no espaço ocidental do templo, não invadindo, sob nenhum pretexto, o Santuário Rosa Cruz (Oriente de uma Loja Capitular).

Até aí, genericamente era mais ou menos isso o que acontecia.

Com a extinção das Lojas Capitulares e a volta do Capítulo ao II Supremo Conselho, ficando apenas o simbolismo do REAA com o Grande Oriente da França, o espaço oriental da Loja Simbólica passou a ser ocupado somente por Mestres Maçons, sobretudo por ex-veneráveis e autoridades do simbolismo, além dos oficiais e dignidades que comumente permaneciam nesse espaço.

Ocorre, entretanto, que embora estivessem extintas as Lojas Capitulares, e por extensão o Santuário Rosa Cruz, o Oriente da Loja simbólica estranhamente continuou elevado e separado. E assim também permaneceu no Oriente o Altar dos Juramentes separado do altar principal.

Vale mencionar que antes de existirem as Lojas Capitulares, as Três Grandes Luzes Emblemáticas (o L da L, o Esq e o Comp) ficavam dispostas, no REAA, sobre no altar ocupado pelo Venerável Mestre (altar-mor), e era ali que se tomavam os juramentos. Reitero, originalmente não existia Altar dos Juramentos separado.

Dados esses breves comentários, a questão é que no simbolismo do REAA doutrinariamente o Oriente é lugar reservado somente àqueles que alcançaram a plenitude maçônica, ou seja, aqueles que chegaram no 3º Grau. Nesse contexto, pelo viés iniciático do Rito, o Oriente é vedado aos Aprendizes e Companheiros já que eles ainda cumprem as suas jornadas no topo da coluna do Norte e no topo da coluna do Sul respectivamente (vide o porquê das Colunas Zodiacais).

Fazendo analogia com esse conceito iniciático haurido da construção doutrinaria do REAA e a hoje consagrada separação do Oriente em relação ao Ocidente, o correto então seria que nos juramentos e consagrações do 1º e do 2º Grau, o Altar dos Juramentos, tal como ocorria nas Lojas Capitulares, também fosse deslocado até o limite com o Ocidente, pois dessa forma o protagonista em genuflexão ficaria ainda no Ocidente enquanto que o Venerável Mestre no exercício da sua atribuição litúrgica ficaria no Oriente diante do recipiendário ajoelhado à sua frente.

Certamente que dessa forma a ritualística iniciática não estaria diante de um paradoxo e nem se sujeitaria a um papel do “faz de conta” como acontece em muitos rituais atualmente.

É bem verdade que o equívoco de receber Aprendiz e Companheiro no Oriente passou despercebido por muito tempo e acabou se consagrando nos rituais, o que fez com que de modo contraditório a liturgia dos juramentos e consagrações de graus inferiores ao 3º ocorressem no Oriente, mesmo se sabendo que o espaço oriental de uma Loja aberta é reservada apenas àqueles passaram pela cerimônia de Exaltação. Isso é o mesmo que atropelar toda a jornada iniciática do rito em questão.

Em relação ao SOR – Sistema de Orientação Ritualística do GOB, ainda não existe nenhuma recomendação sobre o deslocamento do Altar dos Juramentos nessas ocasiões (muitos ainda se encontram fixados). Por enquanto existe apenas orientação para que o candidato não seja mais conduzido ao sólio para receber seus paramentos e instruções. Nesse particular o SOR orienta que o candidato permaneça abaixo do sólio para as devidas finalidades ritualísticas. É uma lamentável espécie de tapar o sol com a peneira fazendo com que o candidato “excepcionalmente nessa ocasião” acesse o Oriente.

Nesse contexto, o que se pretende é que quando novas edições dos rituais forem autorizadas no GOB, essas contradições sejam definitivamente erradicadas, havendo então uma orientação para deslocamento do Altar dos Juramentos até o limite necessário. Por enquanto, ainda não.

Ainda há outra questão que precisa ser meticulosamente observada. Trata-se do número de degraus entre o Oriente e o Ocidente.

A bem da verdade, no REAA, desde que o Oriente permaneceu elevado, deveria existir apenas e tão somente “um” degrau, e não quatro como indica a maioria dos nossos rituais e como também aparecem construídos na maioria dos nossos templos maçônicos.

Vale mencionar que em um templo do REAA existem “sete” degraus que devem ser distribuídos da seguinte forma: um degrau para o Oriente, três para o sólio, dois para o 1º Vigilante e um para o 2º Vigilante. Desafortunadamente falsos exegetas, copiando a topografia de outros ritos, acabaram, pela lei do menor esforço, adotando uma subida do Ocidente para o Oriente por quatro degraus, o que é absolutamente errado no Rito em questão.

Em um futuro breve, havendo possibilidade de se fazer mais esta correção, desde que sem prejuízo daquilo que já se encontra construído, certamente que essa disposição ficará bem mais apropriada, pois o desnível de apenas um degrau entre o Oriente e o Ocidente certamente dará estabilidade e conforto ao recipiendário posicionado em genuflexão diretamente sobre o piso ocidental no limite com o Oriente.

Concluindo, lembro que uma mentira quando muitas vezes contada acaba parecendo verdade. Assim, esses equívocos devem ser paulatinamente corrigidos para que homeopaticamente todos possam compreender aquilo que faz sentido para a liturgia do Rito. Enquanto pacientemente aguardamos, segue-se aquilo que está previsto no SOR – Sistema de Orientação Ritualística do GOB (Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral). Mesmo que ainda sem a devida correção a contento, o progresso está em pelo menos se saber distinguir o falso do verdadeiro.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

NOV/2022

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

JURAMENTO QUANDO DA RETIRADA ANTECIPADA DOS TRABALHOS

Em 24.05.2022 o Respeitável Irmão Wellington Mano, Loja Valdez Pereira, 4077, GOB-PA, sem mencionar o nome do Rito, Oriente de Paragominas, Estado do Pará, formula a seguinte questão:

 

JURAMENTO AO SE RETIRAR DO TEMPLO

 

Minha dúvida é a seguinte: Se eu me ausentar de forma definitiva e antecipada do templo, há necessidade de fazer juramento (“juro e prometo nada relevar o que aqui se passou…"?

Particularmente eu acredito que não, por subentender que está implícito esse dever, mas alguns irmãos da loja defendem sua obrigatoriedade.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Infelizmente muitos ainda insistem com essas atitudes desnecessárias que somente gastam o precioso tempo das sessões.

                    Ora, a promessa de manter sigilo sobre tudo quanto se passou em uma sessão maçônica já fora feita no dia da Iniciação, ou quando da Elevação ou Exaltação, não havendo necessidade alguma de se ficar repetindo promessas prestadas sob juramento.

Veja, a palavra de um maçom dada sob solene juramento nos parece que já
é o bastante, até porque presume-se que uma obrigação prestada seja para toda a vida.

Desafortunadamente, sabemos que existem rituais de alguns ritos que ainda apregoam desnecessárias repetições de juramentos. Sabemos que um ritual em vigência é para ser cumprido, no entanto é também preciso que, amparados pela legalidade, essas práticas contraditórias, a bem do bom senso, sejam um dia retiradas dos textos ritualísticos onde elas não fazem sentido.

Concluindo, se essa prática não estiver prevista no ritual, simplesmente devemos ignora-la.

 

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

NOV/2022

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

SIMBOLISMO DAS 12 COLUNAS ZODIACAIS NO REAA

Em 23.05.2022 o Respeitável Irmão Amauri de Souza, Loja Fonte de Luz, 102, REAA, MRGLSC (CMSB), Oriente de Chapecó, Estado de Santa Cataria, faz a pergunta seguinte:

 

SIMBOLISMO DAS COLUNAS ZODIACAIS.

 

Vim do Rito Adonhiramita onde fui Mestre Instalado e atualmente dando os primeiros passos no REAA e busco compreender as Colunas Zodiacais. Tens como me ajudar meu Irmão Pedro?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

As Colunas Zodiacais (correspondente ao Zodíaco no Hemisfério Norte) se apresentam na decoração moderna de um Templo do REAA como a alegoria iniciática, ou o caminho, por onde percorre o iniciado no simbolismo.

                      Assim, no topo da Coluna do Norte (parede Norte do Ocidente) se destacam as seis primeiras colunas encravadas equidistantes a partir de Áries (junto ao canto com a parede ocidental) até Vigem. Em linhas gerais elas correspondem, em grupos de três em três ao Norte, a primavera e o verão (ciclos naturais relativos aos Aprendizes).

Cruzando o eixo (equador) para Sul, no seu respectivo topo (parede Sul do Ocidente), destacam-se as outras seis colunas fixadas equidistantes a partir de Libra (junto a grade do Oriente) e terminado em Peixes. Do mesmo modo elas correspondem, em grupos de três em três ao Sul, o outono e o inverno (ciclos representativos aos Companheiros e aos Mestres).

A alegoria em si compara a evolução do iniciado à revolução anual do Sol (translação) onde a Natureza renasce na primavera e sucumbe novamente no Inverno quando emblematicamente a Terra fica viúva do Sol. Em síntese, é a marcha da Luz que o iniciado segue no percurso da jornada.

Sob o aspecto simbólico, as Colunas Zodiacais marcam a projeção das constelações do Zodíaco na base da abóbada, seis ao Norte e seis ao Sul.

Outras considerações a respeito desse tema poderão ser encontradas no Blog do Pedro Juk em http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

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NOV/2022

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

SAUDAÇÃO EM LOJA, INVERSÃO DOS APRENDIZES E COMPANHEIROS E DECORAÇÃO DO TEMPLO NOBRE DO GOB EM BRASÍLIA.

Em 23.05.2022 o Respeitável Irmão Ivo Carlos Hoemke, Loja Renascer do Vale, 4007, REAA, GOB-SC, Oriente de Piçarras, Estado de Santa Catarina, apresenta as dúvidas seguintes:

 

SAUDAÇAO, INVERSÃO  E DECORAÇÃO DO TEMPLO

 

1 - Sinal Gutural, ou Saudação Maçônica no REAA inicia com o Sin de Ord e, volta depois ao Sin de Ord segundo orientações claras no RITUAL de Aprendiz pag. 39.

MINHA PERGUNTA: ao sair ou entrar no Oriente, ao entrar ou sair do Templo como exemplos apenas, é necessário que se faça a Saud ao V M (entrar/sair Or) e ao V M e VVig (entrar/sair do Templo), estes dois exemplos citados indicam claramente um desencontro na pratica ritualística em todas as Lojas que tenho frequentado. Quando um Obreiro entra ou sai do Or apenas faz o sinal de Ord e desfaz, não caracterizando a


Saud
, ao contrário da entrada e saída do Templo que o Obreiro faz a Saud vide Ritual e, depois desfaz o sinal, ou seja, a saudação é completa. Afinal, ao entrar ao Or e sair devemos fazer a Saud pela metade como praticado, ou fazer de forma completa e depois desfazer o sinal?

Uma segunda dúvida em relação a entrar e sair ao Or, o primeiro Diácono no início da Sessão deve fazer a Saud ao V M ou apenas no final da Sessão?

2 - Houve alguma época em que os AApr no REAA GOB sentaram no Sul? e CComp no Norte?

3 - O Grande Templo do GOB Brasília está projetado para que Rito?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Questão 01 - o que de fato está confuso é o ritual em vigência porque está ensinando errado ao generalizar os procedimentos e não explicar o que é Sinal de Ordem e Saudação pelo Sinal.

É no mínimo contraditória a aplicação da conjunção “ou” na página 38 do ritual, Título 1.7, Cobridor do Grau, “Sinal Gut ou Saudação Maçônica”. Ora, a saudação maçônica é que é sempre feita pelo Sinal, no caso, o Sin Pen do Grau. Da forma como está escrita no ritual, inegavelmente há uma inversão de valores e de titularidade.

Entenda-se que um Sin é composto por dois tempos distintos, ou seja, o estático que é a composição do Sinal de Ordem propriamente dito, e o dinâmico, que é o Sin Pen com que se desfaz o Sinal de Ordem ou se saúda alguém em Loja. Conforme o grau de trabalho da Loja o Sin Pen pode ser o Gut, o Cord e o Ventr.

Então, essa “estória” de voltar ao Sin de Ord é relativa e depende da ocasião em que ela ocorre. Vai depender do momento ritualístico.

Assim, se o protagonista estiver em pé e parado e saudar alguém pelo Sin∴, ele o fará pelo Sin Pen e em seguida, imediatamente, volta ao Sin de Ordem, pois entende-se que ele permanecerá em pé no mesmo lugar em que está.

Já na situação em que o protagonista faz a saudação pelo Sin e imediatamente prossegue no seu deslocamento, obviamente que ele não volta mais à Ordem naquele momento, pois não faz sentido se fazer o Sinal duas vezes.

O confuso nesse caso é o ritual, e é por isso que o SOR, Sistema de Orientação Ritualística, amparado pelo Decreto 1784/2019 do Soberano Grão-Mestre Geral, veio para corrigir, orientar e acertar essas contradições, dando com isso um basta nas irregularidades ritualísticas presentes, até que venham novas edições dos Rituais.

No caso da entrada e saída do Oriente em Loja aberta, conforme previsto no Ritual, dele a página 42, o obreiro assim que alcançar o Oriente imediatamente saúda o Venerável Mestre pelo Sin Pen (Gut se for em Loja de Aprendiz) e em seguida prossegue no seu trajeto, portanto não volta mais à Ordem naquele instante. O mesmo ocorre quando da saída do Oriente.

Vale dizer que há uma regra estabelecida no REAA que quem estiver à Ordem (com o Sin de Ordem), para desfazer o Sinal o faz em qualquer situação sempre pelo Sin Penal. Desse modo, o Sin Pen tanto pode ser uma saudação maçônica, bem como o gesto estabelecido para se desfazer o Sinal de Ord.

Graças a isso é que nem sempre o Sin Pen pode ser considerado como saudação maçônica.

Embora o gesto seja exatamente o mesmo, a saudação maçônica é uma coisa e desfazer o Sin de Ord é outra.

Assim, reitero que o SOR atuando sobre os rituais do GOB, traz todas essas orientações, portanto, como matéria oficial deve ser consultada.

No tocante ao 1º Diácono e a liturgia da transmissão da palavra sagrada, na abertura dos trabalhos ele não faz nenhuma saudação porque a Loja ainda não está aberta, senão em processo de abertura.

Já no encerramento ele saúda o Venerável Mestre pelo Sinal, tanto ao sair, como quando retornar ao Oriente. Insisto, todas essas orientações se encontram no SOR que está hospedado na plataforma do GOB RITUALÍSTICA.

Questão 02 – Infelizmente em um passado não muito distante houve esse verdadeiro atentado ritualístico contra o REAA.

Por ser o REAA um rito solar e ter seu berço de nascimento na França, Hemisfério Norte da Terra, os Aprendizes, atendendo à jornada iniciática proposta sentam do topo do Norte (encostados parede Norte) e os Companheiros sentam no topo do Sul (encostados na parede Sul).

Ritos como o Brasileiro, por exemplo, que é originário do Hemisfério Sul, com certeza há essa inversão. Isso jamais ocorre no REAA porque nele se segue a disposição sequencial das Colunas Zodiacais a partir de Áries, início da primavera no setentrião, lugar do recém iniciado, até Peixes, inverno na meia-esfera Norte, época em que a Terra fica viúva do Sol.

No REAA, inverter o topo das Colunas e o lugar dos Aprendizes e Companheiros é mesmo um atentado ritualístico que certamente acarretaria numa inimaginável inversão do mapa celeste, alterando o firmamento consolidado a bilhões de anos.

Graças a essa provável falta de conhecimento, é que de fato houve em alguns rituais anacrônicos essa inversão que no mínimo apresentava o mundo de cabeça para baixo.

Questão 03 – sobre o Grande Templo do GOB no Poder Central em Brasília, acredito que pela pluralidade de ritos adotados ele fora projetado, construído e decorado sem atender especificamente um rito em particular. Na verdade a sua decoração foi construída sob um sincretismo ritualístico.

 

 

T.F.A.

PEDRO JUK

Secretário Geral de Orientação Ritualística do GOB

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hormail.com

 

 

NOV/2022

REAA - OBREIRO FALANDO EM PÉ

Em 20.05.2022 o Respeitável Irmão Tércio Cristovam Leite dos Santos, Loja Amparo da Virtude, 276, REAA, GOPE, GOB, Oriente de Pesqueira, Estado de Pernambuco, solicita esclarecimentos.

 

FALANDO EM PÉ

 

Gostaria tirar uma dúvida, quando o Aprendiz na ordem do Dia pede a palavra, ele fica de Pé e a Ordem, a dúvida é ele fica virado para o Venerável ou o 2º Vigilante?

 

COMENTÁRIO

 

Qualquer um estando nas Colunas em Loja aberta, seja um Aprendiz, Companheiro ou Mestre, quando autorizados, fala em pé.

Nesse sentido existe uma regra consagrada no REAA que é a de que em se estando em pé durante os trabalhos, fica-se à Ordem, ou seja, com o corpo ereto (a prumo), os pés uu pelos cc em esq e o Sinal de Ordem composto.

No Ocidente apenas falam sentados, salvo quando o ritual mencionar ao contrário, os Vigilantes.

Qualquer obreiro ao se colocar no seu lugar em pé se posiciona na forma de costume conforme está disposto o seu assento (lugar em que se senta). Assim, naturalmente quem estiver usando a palavra não precisa necessariamente ficar de frente para este ou para aquele.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

COMISSÃO DE EVENTOS

Em 20.05.2022 o Irmão Iure Viana Borges, Companheiro Maçom da Loja Deus, Luz e Caridade, 0970, sem mencionar o Rito, GOB-BA, Oriente de Caravelas, Estado da Bahia, formula a questão que segue:

 

COMISSÃO DE EVENTOS

 

Minha dúvida é a seguinte: Estamos pensando em criar uma comissão de eventos em nossa Loja, gostaria de saber se existe algum impedimento no que tange a participação de
Aprendizes e Companheiros. Os mesmos podem fazer parte de comissões dentro da Loja?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Menciona o Art. 229 do RGF do GOB:

Para o exercício de qualquer cargo ou comissão (o grifo é meu) é indispensável que o eleito ou nomeado pertença a uma das Lojas da Federação, e nela se conserve em atividade.

§ 1º - Os cargos são privativos de Mestre Maçom (o grifo é meu).

Salvo melhor juízo, o Art. 229 é claro quando menciona que para exercer um cargo ou pertencer a qualquer comissão, obrigatoriamente o obreiro deve ter antes alcançado o grau de Mestre Maçom.

Vale a pena mencionar que essa exigência não é só de caráter legal, mas também de caráter iniciático, pois o obreiro deve primeiro conseguir a sua plenitude para depois poder desenvolver essas funções.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

NOV/2022