domingo, 17 de março de 2024

REAA - A COR DO AVENTAL DE MESTRE MAÇOM

Em 31/08/2023 o Respeitável Irmão José Joab Ferreira de Souza, Loja Francisco Maranhão Carvalho, 3504, REAA, GOB-MA, Oriente de Barra do Corda, Estado do Maranhão, faz a pergunta seguinte:

 

A COR DO AVENTAL DE MESTRE

 

Nobre irmão, me tire uma dúvida. Na realidade qual a cor do Avental do Mestre Maçom no
rito REAA? Vermelho ou azul?

 

CONSIDERAÇÕES:

 

Sob a óptica da originalidade, o avental de Mestre Maçom no REAA deve ser branco, orlado e forrado na cor vermelha com as letras MB. Todavia, no que diz respeito ao GOB, em 1965 apareceu um avental que era chamado ironicamente de “tricolor” pois trazia uma orla azul e nele inserido um filete vermelho tornando-se um avental de três cores, vermelho, branco e azul. Alguns, inclusive, traziam rosetas azuis com um botão vermelho ao centro, ou seja, além de invencionice, de um mau gosto a toda a prova.

Em 1968, na contramão da história, definitivamente o GOB passou a adotar para os seus Mestres Maçons do REAA aventais com orla e rosetas azuis, principalmente por influências de obreiros egressos de outra Obediência que houvera azulado aventais escoceses há muito tempo atrás, a despeito ainda de outros palpiteiros de plantão que “acham” o azul mais “bonito” do que o vermelho.

             Infelizmente essa é a realidade, pois o avental azul no REAA, mesmo que equivocado, acabou se consagrando na Maçonaria tupiniquim e está nos rituais do GOB desde 1968. Assim, por se encontrar no ritual devemos seguir esse costume. Entendo ser bastante provável que em futuro não muito distante as coisas retornem para os seus devidos lugares.

A característica encarnada do avental do Mestre no REAA possui razões históricas ligadas ao “escocesismo” e os Stuarts, reis escoceses católicos que reinavam na Inglaterra da época. Na conjuntura oficial, desde o Conselho de Lausanne realizado na Suíça no ano de 1875, o avental M B orlado de vermelho foi oficializado no REAA. Lamentavelmente, no GOB, desde de 1968, por força de Decreto, entramos na contramão da história. Essa é a realidade.

Reitero, mesmo que equivocado devemos obedecer ao que consta no ritual, no caso, usar avental azul no REAA.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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MAR/2024

sexta-feira, 15 de março de 2024

REAA - PROCEDIMENTOS NO TELHAMENTO

Em 30/08/2023 o Respeitável Irmão Júlio César, Loja Caminho do Peabiru, 4343, REAA, GOB-PR, Oriente de Peabiru, Estado do Paraná, apresenta a dúvida seguinte:

 

PROCEDIMENTOS NO TELHAMENTO

 

Surgiu uma dúvida em Loja esses dias e, entre os Irmãos. houve uma divisão sobre a opinião.

Quando do Irmão for telhado, há a necessidade de ele dar os passos do grau e posteriormente saúda as luzes, ou ele se posta entre colunas e espera o questionamento.

 

CONSIDERAÇÕES

 

         Veja, antes é preciso não confundir entrada formal em Loja (pela Marcha do Grau) e o questionário utilizado em alguns ritos, com o telhamento minucioso (exame) de um maçom.

Pois bem, a Marcha ou Passos do Grau é um procedimento de formalidade iniciática adotado por alguns ritos maçônicos, ou seja, nesses ritos todas as entradas em Loja depois da sua abertura são formais. À vista disso, nos ritos que assim procedem, faz-se primeiro a Marcha do Grau seguida da saudação às Luzes, e ainda, se o Venerável desejar ele aplica o telhamento pelo questionário.

Esse procedimento está longe da outra forma mais minuciosa que é o exame feito a um Irmão desconhecido. Nesse caso aplica-se um exame completo e deve ser feito, de acordo com o rito, por um dos Expertos, ou mesmo o Cobridor Externo, ou ainda outro Irmão experiente, fora de Loja.

Esse telhamento é na verdade o ato de se verificar pelos Sinais, Toques e Palavras, além do exame, se possível, dos documentos do visitante, cujos quais serão enviados ao Orador, ou outro representante da Lei, para as devidas constatações.

Eis o porquê de não se receber irmão desconhecido após a abertura dos trabalhos, já que isso demanda de prudência, portanto, sem pressa.

Então, são dois os casos de telhamento, o da entrada formal, de acordo com o Rito aplicado a irmãos conhecidos em Loja aberta pela Marcha do Grau, saudação às Luzes e questionário, e outro, mais complexo, pertinente ao telhamento de um Irmão desconhecido que ocorre fora de Loja em local reservado. Esse exame deve ser feito antes do início dos trabalhos, portanto, o Irmão desconhecido também deve colaborar chegando com antecedência para se submeter a essas formalidades exigidas.

Ao concluir, vale salientar que os ritos maçônicos se diferenciam entre si em muitas particularidades, portanto é enganoso pensar que todos os procedimentos são universais entre os ritos maçônicos, destacando os de vertente latina e os anglo-saxônicos.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK – SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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MAR/2024

quinta-feira, 14 de março de 2024

TRANSFORMAÇÃO DE LOJA PARA AUMENTO DE SALÁRIO

Em 28.08.2023 o Respeitável Irmão Adelino Baena, Fernandes Filho, Loja Veritas de Santos, 2918, REAA, GOB-SP, Oriente de Santos, Estado de São Paulo, faz a pergunta seguinte

 

TRANSFORMAÇÃO DA LOJA

 

Após a transformação da loja de Aprendiz em Loja de Companheiro para se aprovar um aumento de salário, abriu-se um tempo de estudo de Companheiro, e realizou-se a leitura da Ata de sessões anteriores em grau de Companheiro.

A transformação não é especifica para a deliberação de um tema pré-determinado? Pode ter leitura de ata e tempo de estudo além da ordem do dia para a qual foi transformada?

 

CONSIDERAÇÕES

 

No caso de uma transformação de Loja para atender um aumento de salário
(colação de grau) previsto no RGF, Art. 35, § 1º, a transformação se dará exclusivamente para essa finalidade, não cabendo nela aprovações de ata, instruções, etc. A transformação foi feita para tratar exclusivamente do aumento de salário. A propósito, não se aprova Ata e nem se ministram instruções na Ordem do Dia.

A bem da verdade, é possível sim transformar a Loja para outras finalidades, todavia, não naquela para tratar de aumento de salário previsto no RGF (colação de grau).

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

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MAR/2024

domingo, 3 de março de 2024

QUEM ENCERRA O LIVRO DE PRESENÇAS DA LOJA

Em 24.08.2023 o Respeitável Irmão Gilton Damasceno, Loja Deus e Justiça, 99, REAA, GLEB (CMSB), Oriente de Piritiba, Estado da Bahia, apresenta o seguinte:

 

QUEM FECHA A LISTA DE PRESENÇAS

 

Fiz uma pergunta sobre quem fala por último da sessão, já foi respondida. A segunda pergunta vai na mesma seara, ou seja: Quem assina por último do Livro de Ata na Sessão, o Venerável ou o Delegado Distrital. O Venerável de Honra, questionou com o Delegado Distrital, sobre quem fala por último e quem assina por último, ele bateu o pé firme e disse que era ele, por que ele estava representando o Grão-Mestre, então ele falava e assinava por último.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Salvo se os regulamentos da sua Obediência trouxerem outro entendimento, o consagrado é que quem encerra a lista de presenças no livro da Loja o Venerável Mestre.

            Isso foi assim previsto por questões legais. Há Obediências, a exemplo do GOB, que trazem essa orientação no Regulamento Geral da Federação. Esse diploma legal exara em Artigo correspondente aos direitos e deveres do Venerável Mestre que é ele quem encerra a lista de presenças.

É bom que se diga, que encerrar o livro de presenças da Loja nada tem a ver com quem fala por último antes do encerramento dos trabalhos.

Aliás, já lhe respondi em outra ocasião que quem fala por último, isto é, após as conclusões do Orador, é apenas o Grão-Mestre, e não seus delegados ou representantes. Na verdade, esses falam antes dos comentários finais do Venerável.

Concluindo, esse é o meu entendimento, respeitando, todavia, o que reza nos regulamentos de cada Obediência, com é o caso da GLEB

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

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MAR/2024

OCUPAÇÃO DAS CADEIRAS DE HONRA

 

Em 24.08.2023 o Respeitável Irmão Gilson Muknika, sem mencionar o nome da Loja, Rito e Oriente, GOB-SP, Estado de São Paulo, apresenta a seguinte questão.


CADEIRAS DE HONRA

 

Estando presente em uma Sessão em São Paulo o Grão-Mestre Estadual e o Presidente da SAFL quem senta à direita e esquerda do Venerável Mestre.

 

CONSIDERAÇÕES:

 

               Veja meu Irmão, conforme o RGF, Artigos 219 e 220, o Presidente da Assembleia Federal Legislativa é uma autoridade da 5ª Faixa e tem o tratamento de Sapientíssimo Irmão. Por sua vez, o Grão-Mestre Estadual e do Distrito Federal é uma autoridade da 4ª Faixa e recebe o tratamento de Eminente Irmão.

Assim, conforme o Decreto 1469/2016 que regula a ocupação das duas cadeiras de honra à direita e à esquerda do Venerável Mestre, nesse caso, o Presidente da Assembleia Federal Legislativa, 5ª Faixa, portanto, ocupa a cadeira da direita (correspondente ao ombro direito do Venerável), enquanto que o Grão-Mestre Estadual, 4ª Faixa, portanto, ocupa a cadeira da esquerda (correspondente ao ombro esquerdo do Venerável Mestre).

Regem esses procedimentos o ritual, o RGF e o Decreto 1469/2016.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

http://pedro-juk.blogspot.com.br

jukirm@hotmail.com

 

 

MAR/2024