sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

OS C. PP. PP. DA MAÇONARIA

 

Em 27.06.2020 o Respeitável Irmão Nelson Marimon, Loja Gênesis, 3.089, REAA, GOB-RS, Oriente de Cachoeirinha, Estado do Rio Grande do Sul, apresenta a seguinte questão:

 

C PP PP

 

Estou fazendo uma prancha sobre os CC PP PP e tenho algumas questões a respeito.

Segundo o ritual de Mestre do GOB os CC PP PP são usados na Exaltação no momento de retirar o Irmão do e e no momento da trans da pal. Existe algum outro momento em que se deve usar os CC PP PP?

O T de Mestre pode ser dado através de 3+3+3 bat com o pol sobre a fal do Irmão
ou pode ser feito a g
de Mestre. Quando usar uma ou outra opção?

Sempre que se usar a g deverá ser feito os CC PP de PP?

Qual o t deve ser usado pelos VVig quando percorrem as CCol verificando se todo são MM MM?

 

CONSIDERAÇÕES:

 

Vale a pena mencionar que os C PP PP da Maç pertenciam originalmente ao Grau de Comp, isto à época em que a Maçonaria era ainda constituída por apenas dois graus. Era conhecido como os C PP PP do Companheirismo.

No tocante ao REAA, os C PP PP atualmente se constituem no T do Mestre. Assim, a Pal Sagr do M somente é dada após estarem formados os C PP PP. A Pal Sagr do M é transmitida por um dos protagonistas por inteiro e não soletrada e nem silabada como acontece com nos graus dos Aprendizes e dos Companheiros.

Por óbvio os C PP PP tem origem na cena teatral que acontece durante a encenação da L de H. Destaque-se que o 1º ponto, a contar da união dos pp, significa Estab, o 2º ponto menciona Equil, o 3º Apoio, o 4º Amp e o 5º Fratern. O número cinco se relaciona à tradicional classe dos CComp, até porque, o original nome dessa alegoria iniciática era os C PP PP do CComp. Com o advento do 3º Grau, em 1.725 na Moderna Maçonaria, essas origens tiveram que ser adequadas aos agora três graus universais. Cabe mencionar que na Maçonaria de Ofício, ancestral da Moderna Maçonaria, existiam apenas duas classes de trabalhadores (Aprendizes e Companheiros). Era dentre os Companheiros do Ofício que se escolhia um dos mais experimentados para ocupar o cargo de dirigente da Loja Operativa, então chamado de o Mestre da Obra – nada tinha a ver com o Mestre especulativo da atual Maçonaria.

Infelizmente, sobretudo nas concepções latinas da Maçonaria, com o passar dos tempos, o maldito improviso de facilitação - talvez por falta de conhecer o significado do ato - não tardaria a aparecer em certos rituais, ao ponto de ter sido criado o esdrúxulo movimento giratório dos ppul∴ por t vv com a G para a transmissão da Pal Sagr do M. A bem da verdade isso é invenção e não existe na tradição do REAA. Essa forma improvisada do T do M girando os ppul pela G não condiz com o seu verdadeiro significado, acepção esta que só pode ser constatada quando formados os C PP PP da Maç

Destaco que em termos do Ritual de Mestre do GOB e o Sistema de Orientação Ritualística essa anomalia (girar os pp pela G) será extirpada do Ritual, pois, como dito, o T do M se dá apenas e tão somente pelos C PP PP - não devem existir improvisos ritualísticos.

Também não existe T de M dado por grupos de t em t ppanc como descrito na sua questão. Reitero. T do M se dá pelos C PP PP∴, enquanto que a Bat do Mestre nada tem a ver com esse procedimento.

É bom que se diga que a G é um dos C PP isolado.

Nesse sentido criou-se o costume com o qual os MMMM se valem da discrição para serem reconhecidos em situações fora de Loja. Dessa forma, discretamente ao se cumprimentarem eles formam apenas a G.

Contudo em Loja aberta, em qualquer situação o correto é, sem preguiça e adaptações, se dar o T pelos C PP PP. Assim, os VVenerab VVig ao percorrerem as CCol para a verificação, o fazem utilizando os C PP PP da Maç. Do mesmo modo também se utilizam os C PP PP durante a transmissão da Pal quando da abertura e encerramento dos trabalhos.

Concluindo, o conjunto dos C PP PP- que é o T do Mestre - possui alto significado simbólico. Sua performance encerra um dos mais importantes segredos do Grau. Assim, usar na ocasião opções improvisadas não condiz com a realidade e a importância que o Terceiro Grau merece. Em Maçonaria não existe ato litúrgico e ritualístico abreviado.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

JAN/2021

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

IRMÃO ADORMECIDO

 

Em 27/06/2020 o Respeitável Irmão Arildo Dias, Loja Zênite, 441, sem mencionar o nome do Rito, GLESP (CSMB), Oriente de Marília, Estado de São Paulo, faz a seguinte pergunta:

 

IRMÃO ADORMECIDO

 

Sou assinante da Revista "A Trolha" e aprecio muito suas respostas no "Consultório Maçônico". Solicito tirar-me a seguinte dúvida:

- Um Irmão adormecido pode participar de uma Sessão Maçônica, a convite de algum Irmão?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Sob o aspecto legal é preciso antes se consultar o que prescrevem os regulamentos das Obediências Regulares no trato com a validade de um Quite-Placet.

Em linhas gerais, a validade de um Quite-Placet é de seis meses, ou 180 dias, a contar da data da sua expedição. Assim, o portador desse documento, dentro do prazo de validade, é considerado inativo regular, sendo que para tal ele poderá pleitear a sua filiação a uma Loja da sua Obediência.

Caso esteja o Quite-Placet vencido, isto é, ter mais do que 180 dias, então ele devera antes pedir regularização a uma Loja da sua Obediência. Ele é inativo irregular.

Um Quite-Placet dentro do prazo da sua validade, dentre outros habilita o seu portador a visitar uma Loja para conhece-la e solicitar a sua filiação.

No tocante a Irmão adormecido - aquele que tem o seu Quite-Placet vencido (inativo irregular) – este não pode frequentar sessões de Loja, não sem antes ter sido regularizado. Em síntese, portador de Quite-Placet vencido não pode visitar sessões de Loja.

No meu modesto entender, somente portador de Quite-Placet em vigência é que pode visitar Loja para conhecer o ambiente que ele deverá solicitar a sua filiação para se tornar ativo (esse entendimento adquiri consultando vários Irmãos experts em legislação maçônica).

Há ainda, nesse caso, as questões legais pertinentes a cada Obediência Regular quando se trata de filiação ou regularização de obreiro oriundo de outra Potência Maçônica reconhecida.

Por fim, uma Loja não deve receber obreiro inativo irregular (Quite-Placet vencido) sob nenhum pretexto. Nesse caso é preciso antes regularizá-lo.

Concluindo, destaco que as minhas colocações aqui expressas não devem ter sentido laudatório já que elas são produtos da minha opinião. Assim reitero que antes de mais nada é de bom alvitre se consultar os Diplomas Legais das respectivas Obediências.

 NOTA - Irmão com Quite-Placet válido  é o Inativo Regular. Com o Quite-Placet vencido é o Inativo Irregular.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com.br

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

JAN/2021

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

SÃO JOÃO NA MAÇONARIA

 

Em 25.06.2020 o Respeitável Irmão Walter Vieira, Loja Torre do Médio Jequitinhonha, 2.326, REAA, GOB-MG, Oriente de Medina, Estado de Minas Gerais, apresenta a questão seguinte:

 

SÃO JOÃO NA MAÇONARIA.

 

Sobre "São João" ser considerado o padroeiro/patrono da Maçonaria de uma forma universal. Essa afirmação tem base para ser considerada verdadeira ou é válida somente para alguns ritos? Minha dúvida sempre surgiu em razão dele ser citado somente em alguns ritos mais "teístas" e não em todos os ritos. Aproveitando, há algum documento oficial da fundação da GLUI ou dos primórdios da Maçonaria especulativa que o cita como padroeiro/patrono?


Na mesma linha, "São João" é figura presente em quais ritos praticados pelo GOB, por curiosidade?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

Ambos, João, o Batista, como João, o Evangelista, são personagens comemorados na Maçonaria em geral. Muitos acontecimentos históricos a ela pertinentes possuem relação com as datas comemorativas desses dois santos padroeiros – posse de Grão-Mestres, Lojas de Mesa, datas de fundação, etc.

Isso porque a Moderna Maçonaria, especulativa por excelência, é oriunda da Franco-Maçonaria - organização de pedreiros profissionais que floresceu na Idade Média.

No período do ofício, essas associações de canteiros profissionais floresceram e cresceram à sombra da Igreja, portanto não é de se estranhar a sua influência sobre essas corporações de artesãos da pedra calcária (vide a sua história).

Historicamente, os personagens “Joões” apareceriam atrelados às datas solsticiais do verão e do inverno após a adesão do Imperador Constantino ao Cristianismo a partir do ano 313 d.C.[i] e a sua consolidação no ano 380 d.C. pelo Imperador Teodósio I.[ii] Com o advento do Cristianismo no Império Romano a Igreja teve que adequar seus santos religiosos às comemorações pagãs dos romanos.

Assim, correlatos aos solstícios de verão e de inverno no hemisfério Norte, o Batista e o Evangelista se firmariam como padroeiros da Maçonaria, já que ambos os solstícios eram datas importantes para os ciclos de trabalho nas construções da época – atividade total na primavera, verão e outono e o descanso nas agruras do inverno setentrional.

Foi por esse feitio que João, o Batista e João, o Evangelista assumiram o patronato amplo e geral da Maçonaria.

Com a posterior profusão de vários ritos pelo advento da Maçonaria dos Aceitos, alguns ritos até mencionam outros personagens icônicos, contudo, o Batista


e o Evangelista, sempre estarão presentes nas datas solsticiais em todos os ritos maçônicos.

Reitero, os personagens João, o Batista e o Evangelista são oriundos de um período muito antigo e trazem resquícios dos nossos ancestrais que se firmaram na história como origens de muitas práticas maçônicas. Foi com relação a esses personagens que as Lojas ficariam conhecidas como “as Lojas de São João”.

Outros comentários a respeito podem ser encontrados no Blog do Pedro Juk em http://pedro-juk.blogspot.com.br

Dando por concluído, devo salientar que existem aspectos que são espontâneos e imemoriais, sobretudo quando se trata de Maçonaria onde tradicionalmente nem tudo se escrevia, mas se transmitia oralmente. Assim “documento oficial” relacionado ao padroado dos Joões não é comum numa instituição que mantém universalmente as suas tradições usos e costumes. Enfim, nem tudo precisa estar escrito, já que muitas vezes aparências se consagram pela sua obviedade.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

JAN/2020

 



[i] Constantino teve um papel fundamental em prol do Cristianismo quando, com Licínio, assinou em 313 d.C. o Édito de Milão, decretando o fim da perseguição religiosa e garantindo oficialmente a legitimidade não só do Cristianismo, mas também de todas as outras religiões – in Constantino e o Cristianismo.

 

[ii] O Cristianismo só passou a ser a religião oficial do Império Romano em 380 d.C., através do Édito de Tessalônica, por ordem do imperador Teodósio I – in Constantino e o Cristianismo.

 

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

REAA - DEGRAUS DE ACESSO AO ORENTE

 

Em 25/06/2020 o Respeitável Irmão André Ricardo Ferraz Roque, Loja Barão do Rio Branco, 03, REAA, GOIPE, Oriente de Arcoverde, Estado de Pernambuco, faz a seguinte pergunta:

 

DEGRAUS DO ORIENTE

 

Gostaria de seu esclarecimento acerca dos degraus de acesso ao oriente e à mesa do Venerável no REAA. Quantos são?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

De pronto é preciso lembrar que o REAA originalmente no seu primeiro ritual (1804) não trazia Oriente elevado e nem balaustrada separando parte do recinto para o Oriente.

Essa separação e a elevação só viria surgir pelo aparecimento das chamadas Lojas Capitulares, sistema esse criado em 1816 pelo Grande Oriente da França, cuja característica principal seria a administração pelo Grande Oriente a partir do grau
de Aprendiz até o 18º Grau conhecido por Príncipe Rosa Cruz. Isso então significava que essa Obediência francesa passava a ter sob a sua tutela os graus 1º até o 18º, ficando os demais, do 19º (Kadosh) até o 33º (Consistório) sob a autoridade do Supremo Conselho da França.

Nesse sistema misto de simbolismo e altos graus, a Loja Capitular era dirigida por um Príncipe Rosa Cruz – em linhas gerais o Athersata era também o Venerável Mestre dos três primeiros graus.

Sobre o primeiro ritual do simbolismo do REAA ainda cabem mais alguns comentários.

Em outubro de 1804 era criado em Paris o Segundo Supremo Conselho do REAA com a finalidade de difundir o Rito na Europa. É bom que se diga que o REAA fora em princípio concebido originalmente apenas com Altos Graus, isto é, do 4º ao 33º, já que nos EUA, onde se deu o seu nascimento em 1801 (baseado no Rito de Perfeição, ou Heredom), a prática dos três primeiros graus era suprida pelo empréstimo de rituais pertinentes às Lojas Azuis norte-americanas.

E. T., Lojas Azuis correspondem aos graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre praticados na Maçonaria dos EUA.

Com isso, quando o REAA chegou na Europa em 1804, o mesmo não possuía os três primeiros graus.

Cabe destacar que o termo “simbolismo” ainda não era conhecido na França.

Assim, para suprir essa lacuna, o Segundo Supremo Conselho então fundou em Paris, em outubro de 1804, uma Loja Geral Escocesa para organizar e gerir um ritual em França para o simbolismo do REAA – até então inexistente.

Esse ritual, ainda com resquícios de costumes das Lojas Azuis norte-americanas trazidos por maçons franceses que retornavam dos EUA para a França, acabou temperado pela prática dos autoproclamados “Antigos” da Grande Loja surgida em 1751 na Inglaterra para fazer oposição aos “Modernos” da Primeira Grande Loja londrina que fora fundada em 1717 (vide essa história).

Boa parte desse primeiro ritual do REAA então seria influenciado pela exposure atribuída aos Antigos e conhecida pelo título de The Three Distinct Knocks (As Três Pancadas Distintas). Esse acontecimento mais tarde acabou dando um viés anglo-saxônico para o REAA que é reconhecidamente um rito filho espiritual da França, portanto, latino.

Devido a essa influência é que o ritual de 1804 do REAA mencionava que o seu espaço de trabalho era tal qual a sala da Loja do Craft, isto é, na totalidade da sua extensão tudo ficava no mesmo nível. Não existia separação por balaustrada do Oriente para o Ocidente.

Nesse mesmo ritual, o que hoje conhecemos como Colunas do Norte e Sul, ambas se estendiam do Oriente até o Ocidente. O Oriente, em linhas gerais, era onde ficavam o Venerável Mestre e as autoridades. Detalhe é que a parede oriental era edificada em semicírculo.

No que concerne ao Oriente elevado em relação ao Ocidente do Templo, este costume somente surgiu pelo advento das Lojas Capitulares, época em que foi, em 1820, construído um outro ritual que se adequasse às então normas capitulares. É dessa época que a terça parte da área de trabalho da Loja foi elevada e separada por uma balaustrada com uma passagem central. Foi desse modo que o Oriente, à moda do Capítulo, acabou separado e elevado do Ocidente nos Templos do REAA.

Com isso, nas Lojas Capitulares o acesso para o Oriente era feito por quatro degraus. Na verdade, o Oriente elevado fora na época concebido para representar o Santuário do Grau Roza Cruz. Esse espaço, durante os trabalhos da Loja, era ocupado apenas por aqueles colados no Grau 18 ou acima dele.

Mais tarde, com o desaparecimento das Lojas Capitulares, já que o Supremo Conselho do REAA havia reivindicado justamente para si os graus a partir do 4º até o 18º, as modificações produzidas no ritual das Lojas Capitulares pelo Grande Oriente da França em 1820, modificações essas concernentes à divisão e elevação do Oriente, ao invés de serem extirpadas, ao contrário, ficaram incorporadas definitivamente no simbolismo do REAA. Isto é, extinguem-se as Lojas Capitulares, mas o Oriente das Lojas Simbólicas continua dividido e elevado.

A bem da verdade, não é de hoje que o REAA vem sofrendo com enxertos e adaptações com práticas que não lhe dizem respeito.

Com a evolução e o aprimoramento dos rituais do escocesismo a partir do século XIX na França, a performance topográfica do Oriente concernente aos quatro degraus de acesso acabaria se dividindo em um degrau de acesso para o Oriente e três para o sólio.

Contudo, sob o aspecto doutrinário o simbolismo do REAA requeria a presença de sete degraus no seu Templo, o que seria então somado aos quatro primeiros de acesso ao Oriente e ao sólio, mais dois degraus para a cátedra do 1º Vigilante e um degrau para a do 2º Vigilante.

Ao final, a soma desses desníveis totaliza o número de 7 degraus, cujo valor simbólico é incontestável no arcabouço doutrinário do REAA (o setenário do Mestre).

Quanto aos principais simbolismos desses degraus, esotericamente o número 7 alude ao shabat, ou o dia da criação (influência hebraica). De modo especulativo é a arte de criar um elemento humano que seja capaz de produzir templos à virtude universal (aprimoramento humano). Ainda, por influência anglo-saxônica, o número 7 também simboliza a presença na Loja das Sete Artes e Ciências Liberais estudadas desde a Idade Média. Divididas por Boécio em trivium e quadrivium, a primeira divisão ternária se relaciona com a Gramática, a Retórica e a Lógica (a arte de bem falar), enquanto a segunda divisão quaternária se pauta com a Aritmética, a Geometria, a Música e a Astronomia (a arte de conhecer os arcanos do Universo).

Entretanto, no que diz respeito à disposição correta dos degraus nos templos, sem dúvida ainda existem muitos deles que seguem rituais equivocados, ou seja, permanecem com o Oriente elevado, porém acessado por quatro degraus em vez de um apenas como descrito anteriormente.

Infelizmente essa contradição, dos quatro degraus de acesso, acabou se generalizando porque ao longo dos tempos muitos Templos do escocesismo acabariam sendo construídos com número de degraus à moda capitular ou mesmo copiando outros Ritos. O problema é que corrigir essa disposição equivocada acaba sendo dispendiosa, resultando muitas vezes em reformas caras e economicamente inviáveis para as Lojas. Dado a isso é que muitos, mesmo errados, preferem permanecer como estão.

Ao concluir, reitero que a maneira mais apropriada para a distribuição dos sete degraus consagrados no simbolismo do REAA, desde a extinção das Lojas Capitulares (ainda no século XIX), é a de um degrau para o Oriente, três para o sólio, dois para o 1º Vigilante e um para o 2º Vigilante – total igual a sete.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

JAN/2021