quarta-feira, 30 de agosto de 2017

PELO SINAL, PELA BATERIA - RITUALÍSTICA

Em 18/06/2017 o Respeitável Irmão Irauê Caldas da Silveira Bello, Loja Deus, Pátria e Família, 2.790, REAA, GOSP-GOB, Oriente de Iacanga, Estado de São Paulo, solicita os seguintes esclarecimentos:

PELO SIN\, PELA BAT\.


Tenho dúvidas sobre a execução da bateria, tenho visto Irmãos executar de forma diferente em algumas Oficinas. Na verdade, três formas diferentes. A primeira faz a saudação, volta à Ordem, faz novamente a saudação e executa a bateria. A segunda faz a saudação, volta à Ordem e depois desce direto à bateria. A terceira faz a saudação, executa a bateria e volta a Ordem. Qua seria a forma correta?

CONSIDERAÇÕES.

Há excessos de preciosismo nos dois primeiros exemplos.
No primeiro caso não existe razão para que alguém componha duas vezes o mesmo Sinal na sequência. Isso nada mais é do que algo contra producente.
No segundo exemplo mencionado não existe motivo para se saudar pelo Sinal e depois voltar ao Sinal de Ordem nessa ocasião, já que depois de composto um Sinal somente se desfaz o mesmo pela respectiva pena simbólica. Não se faz Bat\, ou outro procedimento, com a mão partindo diretamente de um Sinal, seja ele do Gut\, do Cord\ ou do Ventr\.
Na verdade os dois primeiros exemplos são meros penduricalhos que só servem para empanar o brilho da ritualística – leva o nada a lugar nenhum.
Assim, o modo correto e autêntico é o terceiro exemplo colocado na questão, ou seja: estando com o Sin\ de Ordem, desfaz-se o mesmo pela pena simbólica e imediatamente se estende a mão esquerda à frente com a respectiva palma voltada para cima e, atendendo ao comando do Venerável nela se dá a Bat\ com a mão direita espalmada. A mão esquerda fica parada. Concluída a Bat\, então se volta ao Sin\ de Ordem.
A ritualística do Sin\ seguido da Bat\ se dá apenas na abertura da sessão, já que no encerramento ninguém mais estará com o Sinal composto (a Loja estará fechada).
O termo “volta-se à Ordem” que comumente aparece nas instruções dos Cobridores dos respectivos rituais é que tem sido a causa de todo esse “frenesi”. Infelizmente muitos Irmãos ainda não compreenderam que essa referência é uma maneira pontual de alertar o protagonista de que quando ele estiver em pé e parado em Loja aberta, deve ficar à Ordem.
Assim, depois que ele aprende na instrução a fazer o Sinal, “volta à Ordem”, mas isso não é regra para toda e qualquer situação.
Note que isso não é o que acontece numa sequência sem intervalo de práticas ritualísticas como é o caso do Sin\ seguido da Bat\. Quando menciono “sequência sem intervalo” é porque sequencialmente o Venerável Mestre comanda: “Pelo Sin\ (faz-se); pela Bat\ (executa-se); pela Aclam\ (pronuncia-se). Perceba que não há espaço entre cada uma das práticas ritualísticas e nem o ritual menciona outra providência. Outro exemplo de prática sequencial de ritualística existe quando alguém ingressa no Oriente e saúda o Venerável. Nessa oportunidade ele faz a saudação pelo Sinal e imediatamente prossegue no seu trajeto e não “volta à Ordem”, obviamente.
E assim se dão as minúcias ritualísticas. Cada uma delas se adapta a cada situação na liturgia maçônica. É temerário se imaginar que tudo seja a mesma coisa em Maçonaria.
Essa resposta se coaduna como os rituais do REAA\ do GOB\.


T.F.A.

PEDRO JUK



AGO/2017

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