quinta-feira, 23 de agosto de 2018

EXALTAÇÃO - PASSOS DO MESTRE NA APROXIMAÇÃO DO ALTAR


Em 12.06.2018 o Respeitável Irmão Lauro Goerll Filho, Loja Justiça e Caridade, REAA, GOB-PR, Oriente de Paraíso do Norte, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:

PASSOS DO MESTRE NA APROXIMAÇÃO DO ALTAR


Tenho uma dúvida em relação à cerimonia de Exaltação. Em determinado momento se pede que o Companheiro, execute a Marcha de Companheiro, mais os passos da Marcha de Mestre. Gostaria de saber se a Marcha de Companheiro que esta descrita no Ritual, ela se inicia com os passos de Aprendiz, continua na Marcha de Companheiro, ou vai direto da Marcha de Companheiro?

CONSIDERAÇÕES.

Esse é o momento na cerimônia de Exaltação que o Companheiro, sem ter sido ainda exaltado, é ensinado a se aproximar do Altar dos Juramentos (isso faz parte da liturgia da Exaltação no REAA\).
Nesse sentido, essa Marcha não é aquela completa que se dá para a entrada formal quando o protagonista saúda as Luzes da Loja, porém é um procedimento que antecede o juramento de um candidato que aspira alcançar os mistérios do Terceiro Grau.
Assim, nessa ocasião o candidato inicia sua aproximação estando à Ordem como Companheiro Maçom e partindo diretamente com os passos do Segundo Grau (diferente da entrada formal, ele não inicia pelos passos do Aprendiz). Concluindo os mesmos ele é então orientado a desfazer o Sinal imediatamente (sem saudar as Luzes da Loja) para em seguida se aproximar do Altar pelos passos do Mestre. Nesse momento o Mestre de Cerimônias o ensina a dar os passos do Terceiro Grau, mas sem o respectivo Sinal, pois ele ainda não conhece os segredos do Grau de Mestre (sinais, toques e palavras).
A despeito desse comentário, oriento ao Irmão a consultar os Procedimentos Ritualísticos do Terceiro Grau, GOB-PR, edição de novembro de 2016, Decreto 1706.
Na página 96 do mesmo se encontra em parte dele a seguinte explicação:
(...) o Cand\ então compõe o Sin\ do Segundo Grau e, apenas ele, realiza a Marcha do Comp\ sem saudar as LLuz\ da Loja. Terminada a Marcha do Segundo Grau, imediatamente o M\ de CCer\ manda o Comp\ desfazer  o Sinal e segui-lo nos próximos passos”.
O texto é claro quando menciona que o candidato inicia a aproximação compondo o Sinal do Segundo Grau. Assim, em estando ele à Ordem como Companheiro, obviamente ele dará os passos do Companheiro. Note que em nenhum momento nos Procedimentos Ritualísticos mencionado, se faz menção a iniciar a marcha como Aprendiz nessa ocasião.


T.F.A.

PEDRO JUK


AGO/2018

10 comentários:

  1. Fico impressionado com esses questionamentos no meio virtual.

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    1. Se nem a maioria dos maçons compreende, não serão os não iniciados que compreenderão. Gostaria que o Irmão comentasse qual é o "segredo" revelado que o deixou tão impressionado. T.F.A.

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    2. Não sei exatamente o que a constituição e juramento que o irmão prestou obedecer diz, mas onde fui iniciado restringe inclusive tratar assuntos maçônicos publicamente. Sei que o irmão é ou foi da Comissão de Liturgia do GOB, mas com todo respeito a que o irmão merece, não existe o meio correto para que certas questões sejam esclarecidas? Na GLESP o caminho é via loja-delegado distrital- delegado regional para chegar a comissão. Se somos respondidos ou não é outra questão, mas blog não é nem legalmente canal e nem palavra final da potência. Pode inclusive levar conflitos dentro das lojas já que existem diferenças ritualisticas entre as potências. Acompanho teu blog e acho certas questões interessantes, com certeza é um excelente ritualista, mas discordo em se tratar assuntos que são sim de caráter sigiloso, concorde ou não prezado irmão.

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  2. Não é uma questão de concordar. Se essa é a sua opinião, embora discorde, devo respeitá-la. Assim meu Irmão, pensamos de modo antagônico. Ficamos por aqui. Um fraterno abraço.

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  3. Os tais segredos maçônicos se tornaram uma espécie de "capital simbólico" do maçom, de acordo com o autor Jay Kinney. Pelo que é unânime na maçonaria mundial, os segredos são o modos de reconhecimento e algumas fórmulas, o resto não. O Brasil e alguns países latino-americanos vão meio que na contramão da Maçonaria mundial ao enfatizar obsessivamente o esoterismo quando, na realidade, a nossa Ordem é mais uma escola de moralidade velada em alegoria e ilustrada por símbolos. Eu, sinceramente, não vejo nenhuma violação dos "sacros segredos herméticos" maçônicos da parte do irmão Juk. Isso me faz lembrar como a GLUI na Inglaterra está plenamente ciente que os rituais já são comprados e acessíveis aos profanos, mas o conhecimento dos rituais não é a garantia para o ingresso nas lojas, mas sim a recomendação do secretário ou uma identificação formal através de cartão maçonico expedido pela potência.

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    1. Cada um cada um não é irmão Henri. A maçonaria que aprendi em loja e na potência não é essa que o irmão descreve. Hoje não me baseio pelo que a GLUI diz. Agora eles podem aceitar o irmão se tornar irmã. .. bom isso é outro assunto. Tomar por base uma maçonaria com alto índice de evasão não vejo lógica.

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    2. Então, meu irmão Denis, entendo que a maçonaria, embora haja elementos esotéricos nela, ela não é uma seita esotérica para mim; compreendo a maçonaria como uma escola de moralidade que visa tornar pessoas boas, melhores. Eu tomei a GLUI como exemplo. Entendo que os segredos maçônicos são passados hoje em dia mais como uma tradição da instituição, do que como algo que deveria ser inviolável. Quando eu fiz a promessa por três vezes (os 3 graus) de honrar com a guarda dos segredos dos graus, tenho respeitado até então. A gente tem que estar ciente que o que ameaça a nossa querida instituição não é a exposição dos segredos, mas a permanência de "irmãos" que só apodrecem a loja através dos maus costumes e de posturas criminosas que, infelizmente, nossas lojas e potências fazem vistas grossas. Se a exposição dos segredos ameaçasse a existência da Ordem, a Maçonaria já teria deixado de existir desde 1730 com a "Dissected Freemasonry" de Samuel Prichard.
      Se o irmão quiser continuar a discussão dentro do espirito de fraternidade e de forma saudável, estou em pé e à Ordem.

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    3. Estou ciente destas revelações e destes problemas comportamentais que sempre existiram. Apenas penso que se bem entendido o juramento que prestamos, não estariamos em blog pedindo orientação ritualistica. Temos canais para tal. Inclusive por ex, faço parte de uma G.L. e já tivemos irmão que perturbou por ler literatura e blog de irmãos que são do GOB com práticas um pouco diferentes. Importante sabermos a origem de tais modificações, porém não deve nunca ser motivo de perturbação em loja. Conheço uma loja aqui em São Paulo, pertinho de casa, abatendo colunas por causa de uma turminha nova, chata pra caramba que começou a desrespeitar os mais antigos por causa de informações extra oficiais. Mas tudo bem, acho que estou saturado de ver irmão procurando pelo em ovo para arrumar confusão em loja. Um tfa

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  4. A beleza do trabalho do Ir Pedro está exatamente no fato de que ele não explica o REAA com base bessa ou naquela potência, mas sim no que é puro e original do rito. Aqui temos um canal para esclarecimentos que não estão ligados a GOB ou GL, mas sim a originalidade do REAA. Acompanho o Ir Juk desde quando era aprendiz e pela minha percepção nunca houve texto que qualquer profano poderia entender e ter conhecimentos dos “segredos”. Manifesto minha opinião não para contrariar o Ir que se manifestou, apenas para incentivo ao Ir Pedro para continuar com esse trabalho, que, pelo menos no que tange a minha pessoa, me fez um maçom mais acurado nos estudos da Ordem.

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    1. Agradeço as palavras Mano. Sem dúvida, a minha missão é trazer Luzes e não defender ou achar que essa ou aquela Obediência está correta. Para não me alongar, devo me manifestar que todas as minhas respostas não incitam desrespeito aos rituais. Eu falo sempre pela autenticidade. À proósito, muitas respostas que eu nem mesmo publico é de queixa de Irmãos, de qualquer das nossas Obediências, que procuram sanar dúvidas com as autoridades competentes da sua Obediência, porém nem sequer recebem respostas e, quando recebem, não são nada satisfatórias. Uma das maiores queixas é a de que essas autoridades não conseguem explicar, então dizem: siga o que está escrito. É dado a isso que eu não consigo me calar. Mas, de tudo, as opções estão por aí.

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