domingo, 9 de junho de 2019

PALAVRA SAGRADA DO APRENDIZ - SOLETRADA OU SILABADA.


Em 18/05/2019 no 1º Seminário de Padronização Ritualística do REAA – GOB, realizado em Santos, São Paulo, o Respeitável Irmão Moreno Cattani, Loja Cavaleiros de São João 115, 4.172, GOB-SP, Oriente de São Paulo, Estado de São Paulo, apresentou a seguinte pergunta:

PALAVRA SAGRADA. SOLETRADA E SILABADA

 
No telhamento e nas instruções a Pal\ Sagr\ é dada por letras e sílabas. Por que na abertura a palavra é passada apenas por letras?

CONSIDERAÇÕES.

O modo de se transmitir a Pal\ Sagr\ do Aprendiz também por sílabas no final é um ato equivocado e contraditório. Esse é um erro que foi arrumado no ritual e pode ser constatado em http://ritualistica.gob.org.br.
A contradição está na demanda iniciática do Primeiro Grau. Simbolicamente o Aprendiz somente sabe sol\, isto é, dar letra por letra. Esse ato representa a infância e os primeiros conhecimentos – em síntese, o Aprendiz aprende apenas a sol\ Já dar a Pal\ por ssíl\ representa a segunda etapa da jornada iniciática, isto é, mais aprimorado, o Companheiro dá a Pal\ por ssíl\. Assim, se de modo iniciático o Aprendiz só sabe dar e receber a Pal\ letra por letra, então não faz nenhum sentido que ele, ao final, depois de tê-la sol\, repeti-la por ssíl\.
Reitero, modo soletrado de se dar a Pal\ é prática do Segundo Grau. Infelizmente esse equívoco vem de há muito sendo simplesmente copiado de um para outro ritual. É bom que se diga que estamos tratando do REAA.
No tocante à transmissão da Pal\ na abertura dos trabalhos, o ato não se trata de telhamento como expliquei no Seminário. Quando é telhamento, examinador e examinado trocam entre eles a Pal\ a intercalando letra por letra – o examinador dá a primeira, o examinado a segunda, e assim sucessivamente. Já na abertura e encerramento dos trabalhos a transmissão tem outra função e não se trata de telhamento, mas de “transmissão” na acepção da palavra. Assim, nesse momento, quem transmite a transmite letra por letra por inteiro sem intercala-la com o outro protagonista. Esse ato, ao contrário do telhamento, não é o de verificação, mas o de se transmitir e receber literalmente a Pal\ na forma de costume.
Além do quê, por não se tratar de verificação da qualidade de um Maçom, a transmissão e o recebimento se dão entre Mestres Maçons (Diáconos, Venerável e Vigilantes), portanto, ela se difere do modo de se transmitir no telhamento – no telhamento ela é intercalada, na transmissão não.
Dados todos esses comentários, em qualquer situação, tanto no telhamento como na simples transmissão, no Grau de Aprendiz não se repete a Pal\ por sílabas ao final.


T.F.A.

PEDRO JUK


JUNHO/2019

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