quarta-feira, 22 de junho de 2022

O CORDEL - BIBLIOGRAFIA E PESQUISA

Em 18.11.2021 o Respeitável Irmão Rafael Oliveira Vlnieska, Loja Giuseppe Garibaldi, 145, não menciona o nome do Rito, GLP (CMSB), Oriente de São José dos Pinhais, Estado do Paraná, apresenta a seguinte questão:

 

CORDEL - PESQUISA.

 

Li seu artigo sobre o Cordel, gostei muito de sua explicação. Fiquei interessado também em aprender mais sobre as indagações do outro Irmão no chat.

Gostaria também se possível saber qual a bibliografia que o orientou nessa dissertação.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Caro Irmão, nesse contexto existem considerações e conclusões que estão dispersas pelos documentos antigos da Ordem e não estão prontos e colocados de maneira organizada em num livro.

Para maiores detalhes, nos meus trinta anos de pesquisa fui buscar deduções, no caso que envolvem a prática profissional e os seus objetos, estudando a Maçonaria de Ofício e as Constituições Góticas, as Antigas Obrigações, os Manuscritos dos Canteiros Medievais, todos elementos componentes da nossa ancestralidade.

Todo esse material de estudo tem que ser garimpado, principalmente nos
berços das corporações operativas anglo-saxônicas (Maçonaria Escocesa, Irlandesa e Inglesa), isso porque sob o ponto de vista histórico das velhas construções, eles são base.

Outras fontes importantes para esse estudo são as Associações Monásticas, as Confrarias Leigas (século X), as Guildas do século, XI XII e a Franco-Maçonaria. Do mesmo modo vale pesquisar “revelações” (obras espúrias) do século XVIII.

No tocante a autores, recomendo, dentre outros, consultar os autênticos Bernard E. Jones, Isac Fort Newton, Harry Carr, Knoop & Jones, José Castellani, Francisco de Assis Carvalho, Alex Horne, Paul Naudon, Alec Mellor, dentre outros.

Nesse sentido, destaco um livro de autoria do Irmão Ricardo R. Nascimento denominado Manuscrito Régius. Essa obra traz uma formidável bibliografia e comentários sobre nossos ancestrais construtores. É bom perscrutar os Registro da Casa de Edimburgo, Escócia, 1598/1600.

Assim, reitero que o Irmão não irá encontrar nada pronto. É preciso construir uma grade de pesquisa para se chegar às deduções satisfatórias. Outro aspecto é observar cuidadosamente os costumes regionais das guildas de ofício da Idade Média, sua cultura e a sua religiosidade.

Dos velhos objetos de trabalho, a exemplo do cordel (não confundir com Corda de 81 Nós), o mesmo tem sido de há muito um utensílio natural e unânime na arte das construções. Na verdade, não o cordel em si, mas a sua aplicação na 47ª Proposição de Euclides e os esquadrejamento dos cantos, fato que levou as propriedades do triângulo retângulo, de modo especulativo, chegar até Moderna Maçonaria, a despeito de que a Geometria seja uma ciência universal e não um apanágio da Sublime Instituição.

Ao encerrar recomento cautela com roteiros bibliográficos que muitas vezes não passam de meros frutos da pura imaginação de autores fantasiosos e descomprometidos com a verdade.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

JUNHO/2022

 

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