sábado, 5 de maio de 2018

VISITANTE DE OUTRO RITO - II


Em 20/02/2018 o Respeitável Irmão Ivan Barbosa Teixeira, Loja Tiradentes, 65, Rito de York (Americano), sem mencionar a Obediência, Oriente e Estado da Federação, apresenta a questão seguinte:

VISITANTE DE OUTRO RITO


Tenho uma dúvida que coloquei em Loja e acabou em uma discussão com várias opiniões divergentes.
Sou de uma Loja onde se pratica o Rito de York (Rito Americano) e temos os sinais de nosso Rito, como o Due Guard, o de Fidelidade, etc.
Como irei visitar uma Loja que pratica o REAA fiquei na dúvida se deverei usar nossos sinais ou aderir aos sinais da Loja que visito, pois em meu Rito não fazemos a bateria

do Grau nem a aclamação.
Bom, isso gerou um confronto de opiniões, pois enquanto alguns Manos acreditam que por estar em visita deveria praticar o Rito da Loja em que se visita, incluindo seus sinais, outros optaram que se deva proceder conforme o Rito que praticam e assim como o avental diferente e a cor da gravata, (em nosso Rito é azul celeste), apesar de seguirmos os trabalhos daquele Rito, deve-se manter os sinais de sua Loja de origem, pois muitas vezes visitamos ate mesmo Ritos que desconhecemos.
Já outra parte optou pelo meio termo, e usando o bom senso, manter o que for possível de seu Rito, desde que não ofenda a Loja visitada.
Como não encontrei na legislação Maçônica, tampouco na ritualística, nada que viesse a regulamentar o assunto, recorro ao nobre Irmão para que me tire essa dúvida.

CONSIDERAÇÕES.

A regra da boa etiqueta é a de que o visitante se adeque aos costumes da casa do visitado.
Tenho dito que numa situação em que a Loja visitada trabalhe num rito diferente da do visitante, então que quem a visita pelo menos chegue com antecedência suficiente para expor, antes da abertura dos trabalhos, a situação aos seus recepcionistas.
Com tempo hábil disponível, certamente algum Irmão da Loja visitada irá ensinar os procedimentos ritualísticos mínimos necessários ao visitante.
O que não deve, sobretudo numa situação dessas, é que o visitante chegue sem tempo hábil, ou pior ainda, chegue atrasado.
Ratifica-se: é do visitante a obrigação de se adequar à Loja que o recepciona.
Quanto ao avental ou gravata de cor diferente conforme o Irmão menciona na questão acima, nada disso faz algum sentido (não cola), pois a questão não é de alfaias e nem de traje, mas do Rito que a Loja acolhedora pratica. Naturalmente ela abre os trabalhos litúrgicos no seu Rito, e não no do visitante.
Tenho dito que sempre se deve lançar mão do “bom senso”. Na medida do possível o visitante primeiro deveria se informar com antecedência mínima se a Loja que ele pretende visitar pratica um rito que ele conheça. A questão é a de se preparar antes para se evitar atropelos de última hora – a isso se dá o nome de “bom senso”.
Não sendo possível, por motivo que se justifique, então que o visitante pelo menos adote a prudência de chegar com tempo necessário para se adequar a situação e não causar desordem nos serviços alheios.
É de bom alvitre lembrar que uma das virtudes do maçom é a de se utilizar da “educação” que se espera tenha ele recebido na sua Loja.
A propósito: bom senso não é misturar procedimentos de um em outro rito na ideia de se adequar à situação.
O resto... Bem, o resto... É procurar pêlo em ovo.


T.F.A.


PEDRO JUK


MAIO/2018

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