domingo, 30 de maio de 2021

EXPLICAÇÕES RELATIVAS AO PAINEL DO MESTRE MAÇOM - REAA

 

Em 11.06.2020 o Irmão Antônio Sávio Santana Dionizio, Companheiro Maçom da Loja Piauhytinga, 1.521, REAA, GOB-SE, Oriente de Estância, Estado de Sergipe, apresenta o que segue:

 

EXPLICAÇÕES SOBRE O PAINEL DE MESTRE

 

Estou fazendo pesquisas pra exaltar ao Grau de Mestre, acompanho o seu blog sobre maçonaria e já foi muito útil em minha caminhada, desta vez venho através dessa mensagem pedir ajuda no tema “SIMBOLISMO EXISTENTE NO PAINEL DO GRAU E NO PAINEL DO RITO”, preciso de explicações mais suscitas sobre o tema para que eu possa prosseguir no meu trabalho e alcançar o Grau de Mestre.

 

CONSIDERAÇÕES.

 

O Painel da Loja de Mestre encerra todo o simbolismo que cerca a Grande Iniciação, cujo cerimonial ocorre com a cerimônia de Exaltação ao sublime grau de Mestre Maçom do REAA, à última etapa do simbolismo na jornada iniciática que conduz à plenitude maçônica.

No caso do REAA, rito de origem francesa, é preciso ter cautela quanto a interpretação do Painel do Terceiro Grau, pois por muito tempo boa parte dos rituais brasileiros traziam (alguns ainda trazem) um painel da Maçonaria anglo-saxônica no escocesismo, o que acabava causando alguns paradoxos no trato com a doutrina e a explicação dessa alegoria. O ritual do GOB em vigência, nele à página 86, está o painel correto para o REAA. Vale repetir que existe diferença no conteúdo simbólico entre os Painéis franceses e as Tábuas d



e Delinear inglesas. Cada conteúdo é pertinente à lenda e a forma de como ela é contada e representada.

Por óbvio que o conteúdo dos símbolos se associa à m e a ressur tal como ela é contada na Lenda de HA. Em linhas gerais a finitude da vida fica evidente pelos eembl da mort. O conteúdo do quadro deve coincidir com a narrativa, daí a razão pela qual se deve respeitar a originalidade de cada Rito.

Nesse caso, o Painel do REAA, rito de origem francesa, é exatamente o Painel que está presente no Ritual do GOB como aqui já mencionado.

Nele, o esq simb menciona o assas do Arq, destacando as suas influências deístas de um rito solar (francês), onde o personagem H é apresentado como o Sol que alegoricamente é golpeado uma vez por ano, pelos três meses do inverno, o que faz com que a Terra dele fique, por um período, a sua viúva – inverno, menos luz e os ff da v.

Indisfarçavelmente esse conjunto emblemático foi decalcado nos cultos solares da antiguidade (vide essa história). A título de ilustração, lembro que o Grau de Mestre é recente na história da Maçonaria. Ele foi criado como grau especulativo apenas em 1725. O antigo Mestre não era “grau”, porém um cargo profissional denominado Companheiro do Oficio onde geralmente o mais experiente é que era conduzido ao “cargo” de Mestre (o dono ou o dirigente) da corporação profissional na primitiva Maçonaria de Ofício, ou Operativa.

No intuito de auxiliar nas suas pesquisas, destaco que a Lenda d 3º Grau somente veio aparecer depois da criação do Grau de Mestre. Para as devidas adaptações para o então Grau recém-criado no século XVIII na Inglaterra, a Lenda Hirâmica muito provavelmente foi adaptada de uma Lenda Noaquita (Noé e seus três filhos) onde H acabaria se tornando o personagem principal. Isso pode ser constatado no T do M pelos C PP PP do Mestrado da atualidade, cujo costume fora haurido do cargo de Companheiro operativo, já que esses C PP PP eram primitivamente utilizados numa Lenda Noaquita e eram conhecidos como os C PP PP do Companheirismo.

Uma das particularidades do Painel original do REAA é trazer o túm simb como que em relevo e coberto por uma mort negra e decorada por duas faixas que se cruzam perpendicularmente – uma longitudinal e outra transversal.

Provavelmente essas faixas (linhas) ali estão como referências da passagem do Sol pela abóbada na sua aparente revolução anual. Não à toa que os pp que compõem a Marcha do 3º Grau simulam o movimento ilusório do ir e voltar do astro rei de um para outro hemisfério produzindo os equinócios e solstícios de verão e inverno. A bem da verdade a Lenda de H A, contada e representada nas cerimônias maçônicas traz “esotericamente”, para alguns ritos, explicações relacionadas a essa alegoria solar.

Devo ainda lembrar que esse conjunto emblemático é lendário e têm como principal objetivo aplicar lições de moral, ética e sociabilidade. O maçom não deve olhar para essa representação lendária como uma matéria da academia da História, pois ela é apenas e tão somente um conto em que o personagem principal nos incita a compreender que a “Luz” do esclarecimento jamais sucumbirá perante as trevas da ignorância.

Ao concluir saliento que é imperativo o maçom compreender o que esse Painel e a sua exposição lendária representam para a passagem e transição do Mestre no momento da sua ressurreição a caminho do Oriente.

 

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

MAIO/2021

 

4 comentários:

  1. Saudações em MB, mestre se possível cite algumas informações no tocante ao alfabeto maçônico que está escrito no painel do grau. TFA

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  2. Ainda, se possível, corroboro o pedido para solucionar o porque dos alfabetos inscritos no painel. Parabéns.

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    1. Devido ao ecletismo maçônico, e principalmente a influência hebraica em alguns ritos, especialmente o REAA, nada a estranhar essas referências no vernáculo hebraico, já que a própria lenda tem sua estrutura montada na construção do 1º Templo de Jerusalém. Só esse contexto já explica a influência hebraica (hibri - o povo do lado de lá do Rio Eufrates. T.F.A.

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