quinta-feira, 6 de abril de 2017

CADEIA DE UNIÃO E A PRANCHETA DA LOJA

Em 11/03/2017 o Respeitável Irmão Francisco Lucas, Loja Harmonia, nº 106, REAA, GLESP, Oriente de Registro, Estado de São Paulo, solicita informações do meu blog – http://pedro-juk.webnode.com/

CADEIA DE UNIÃO E PRANCHETA DA LOJA.


1-    Cadeia de União. A mesma é feita após o encerramento ritualístico dos trabalhos? Após a Cadeia de União ainda se faz algum sinal?
2-    Prancheta da Loja. Existe o ornamento físico (a peça prancheta) ou ela é apenas virtual (um desenho)?
Eu, só recentemente reconheci a mesma no nosso Painel do 2º Grau.

CONSIDERAÇÕES.

1 – Cadeia de União - sob o ponto de vista de tradição do REAA, nele a Cadeia de União é realizada unicamente para a transmissão da Palavra Semestral. Devido o aspecto legal relacionado a essa transmissão, a mesma dá ao Obreiro o penhor da sua regularidade, assim a Cadeia só pode ser formada por Irmãos regulares do Quadro da Loja. Portanto, dela não participam Irmãos visitantes, mesmo sendo eles da mesma Obediência.
A Palavra Semestral é instituída e enviada pela Obediência às Lojas regulares da sua constelação.
Sob esse influxo é que a Cadeia de União só é formada após o encerramento dos trabalhos, pois se estiverem presentes visitantes, eles ao final se retiraram sem que haja para eles a formalidade de cobertura pelo tempo que se fizer necessário durante a sessão (em Loja aberta). Assim, encerrados os trabalhos apenas os Irmãos da Loja com direito a receber a Palavra permanecem no recinto.
No que diz respeito a se fazer Sinal após a Cadeia de União, obviamente que não, pois a Loja já estará fechada. Aliás, nem durante e nem depois da Cadeia de União.
Infelizmente, há dois aspectos para se considerar em se tratando da Maçonaria brasileira. Um deles é que nem todos os rituais preveem e explicam práticas corretas nessas circunstâncias, fazendo com que em muitas oportunidades forme-se equivocadamente a Cadeia antes do encerramento e ainda com a participação de visitantes. O outro aspecto é o enxerto de praticas que não pertencem ao REAA\, o que tem feito com que algumas Lojas escocesas ainda fiquem a professar orações, preces e outras coisas do gênero quando da formação da Cadeia. Isso ainda quando não ficam a juntar as suas pontas dos pés à dos outros, agitando os braços à frente, exclamando tríades, etc. Ora, isso não é e nunca foi prática autêntica do escocesismo. Infelizmente alguns ainda insistem em praticá-las o que só faz em denegrir ainda mais a pureza do Rito – crenças pessoais não deveriam caber no coletivo maçônico.
Em síntese, Cadeia de União no escocesismo simbólico, só para se transmitir a Palavra Semestral pura e simplesmente. Nela não cabem outros procedimentos.
Agora, se algum ritual do REAA\ que ainda esteja em vigência prever o contrário, então... Enquanto ele não for corrigido... O que se fazer?
2 – Prancheta da Loja - essa é uma das três Joias Fixas da Loja e se relaciona ao Grau de Mestre, enquanto que as duas primeiras, a Pedra Bruta e a Pedra Cúbica, ao Aprendiz e ao Companheiro respectivamente.
Além de ela aparecer gravada no Painel da Loja (o do Grau), a Prancheta é um objeto de formato retangular (literalmente como uma prancheta mesmo) com medidas aproximadas de 50 cm de altura por 35 cm de largura que fica encostada no Altar ocupado pelo Venerável Mestre, cuja face gravada fica voltada para o Ocidente.
Símbolo da memória, alegoricamente demonstra o lugar onde o Mestre traça os planos da Obra. Nela vão gravados os emblemas das paralelas cruzadas (o que subsiste e é limitado) e a Cruz de Santo André em formado de um “xis” (o ilimitado e o infinito). Os dois ideogramas figurativos também são a chave para o alfabeto maçônico.
De fato, a Prancheta, como as duas outras Joias Fixas, existe como objeto e é palpável (concreta). A sua presença na Loja, bem como as outras duas Joias, como um código de moral, está aberta à compreensão de todos os maçons.


T.F.A.

PEDRO JUK



ABRIL/2017

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