domingo, 21 de maio de 2017

FOGO VOTIVO?

Em 28/03/2017 o Respeitável Irmão Onivaldo Mioto, Loja Universitária de Cascavel, REAA, GOB-PR, Oriente de Cascavel, Estado do Paraná, formula através do meu blog http://pedro-juk.blogspot.com.br a seguinte questão:

FOGO VOTIVO


Faço o questionamento a respeito do fogo e votivo, que horas apagar no encerramento da sessão. Pode ser na sequência do apagar da luz do altar do Venerável?

CONSIDERAÇÕES.

Em hipótese alguma existe esse tal de “fogo votivo” no REAA\. Não existe nele nada relacionado ao adjetivo que mencione algo ofertado em cumprimento de voto ou promessa quando as Luzes litúrgicas são acesas ou apagadas.
Penso que o Irmão está se confundindo devido a uma luz auxiliar que pode estar acesa no caso das Luzes litúrgicas ainda serem velas em lugar de lâmpadas elétricas. Assim, ela, sem significado algum, serve apenas para auxiliar no acendimento das Luzes litúrgicas e a sua presença é opcional.
Vale a pena salientar que as Luzes litúrgicas são apenas aquelas que ficam dispostas e acesas conforme o Grau de trabalho da Loja sobre o Altar ocupado pelo Venerável Mestre e mesas dos Vigilantes.
Essa vela dita “votiva”, que alguns ainda insistem em mencionar, como foi dito, é apenas uma vela auxiliar que serve de suporte para acender as Luzes litúrgicas, se for o caso – vide a página 23 dos Procedimentos Ritualísticos REAA, edição 2016 – Aprendiz Maçom do GOB/PR, pois eu tive o cuidado de nele explicar muito bem o que é e para que serve essa vela auxiliar.
Além disso, em hipótese alguma é prevista a “chama ou fogo votivo” nos rituais de Aprendiz, Companheiro e Mestre do REAA em vigência do Grande Oriente do Brasil.
Assim, como explicado nos Procedimentos Ritualísticos, essa vela acesa só seve para acender outras, evitando assim que o oficial responsável, a bem da boa geometria litúrgica, não precise ficar naquele momento procurando isqueiro sou fósforos para cumprir sua missão. Cumprida essa função, o Mestre de Cerimônias simplesmente apaga a chama auxiliar, pois ela não serve para mais nada - digo isso citando como exemplo as Lojas que adotam lâmpadas elétricas para as Luzes litúrgicas, pois nesse caso, por razões óbvias, nem mesmo se faz uso de nenhuma vela auxiliar. Se alguma Loja proceder ao contrário estará cometendo ilícito contra o ritual.
Infelizmente alguns Irmãos, talvez pela permanência de um Altar dos Perfumes que não serve para nada no simbolismo do REAA, ainda tentam reviver costumes anacrônicos de rituais ultrapassados que costumeiramente enxertavam práticas de outros ritos no escocesismo.
Devo ratificar que no REAA não existe cerimônia específica para o acendimento de Luzes. O que acontece no ritual é que elas são simplesmente acesas e apagadas sem nenhuma reverência, ofertas, e pronunciamentos. Por aí se vê que esse tal de “fogo votivo” nem mesmo existe no Rito em questão.
Só para ilustrar essas barbaridades ritualísticas que aconteciam no passado, houve tempos em que algumas Lojas adotavam sobre a porta de entrada dos seus Templos, na sua parte interna, uma lanterna vermelha acesa definindo-a como uma luz divina, fato que mais se parecia mesmo era com a porta de algumas zonas do baixo meretrício. Tudo isso em nome do achismo e da invenção como se os nossos Templos servissem para esse tipo de manifestação prosélita. Felizmente isso não acontece mais, embora vez por outra alguns Irmãos ainda insistam em ressuscitar certas carcaças de dinossauros.
Dando por concluído, no que diz respeito a sua questão, ratifico que se a sua Loja ainda adotar velas para as Luzes litúrgicas, assim que o Mestre de Cerimônias terminar de acender as Luzes, ele apaga a vela auxiliar (que não é fogo votivo nenhum) sem qualquer cerimônia.


T.F.A.



PEDRO JUK




MAIO/2017

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