terça-feira, 2 de dezembro de 2025

ORIGEM DO TOQUE NA MAÇONARIA -(EXAME DE UM IRMÃO DESCONHECIDO).

Em 14/06/2025 o Respeitável Irmão Rodrigo Cesar Abu Bakr Cunha, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GOB-SP, Oriente de Várzea Paulista, Estado de São Paulo, faz a seguinte pergunta.

 

TOQUES - ORIGEM

 

Bom dia irmão. Mais uma vez venho levantar questões sobre algo que me gera dúvidas. É em relação aos toques. Qual é a origem dos tt no REEA, e se há alguma relação com a loja dos antigos. O que influenciou as diversas formas de reconhecimento? Digo isto, por que aprendi ao ser iniciado, uma forma de dar o toque, e após mudar de potência, fui ensinado a dar o toque de outra forma. Ex: o t de Comp, aprendi que era para dar e o d p e o i. No GOB, onde estou atualmente, aprendi no ritual que se dá primeiro na fal do d i e depois entre o d m e o a. De onde vem essa prática?

Desde já desejo um TFA, e agradeço pela atenção.

 

CONSIDERAÇÕES

 

Em relação à sua questão, os ss, tt e pp da Maçonaria vêm dos tempos primitivos (entre os séculos X e XIII) da Maçonaria Operativa, ou de Ofício, época em que os “canteiros” das Guildas Medievais de Construtores viajavam, a serviço do clero, principalmente pelo Norte da Europa, para construir catedrais, igrejas, mosteiros e abadias.

Como construtores a serviço da Igreja, esses pedreiros eram livres dos impostos feudais e eclesiásticos. Tinham livre trânsito pelos rincões europeus e foi graças a isso que ficariam conhecidos como Franco-maçons (o pedreiro livre) que pertenciam à Franco-maçonaria (Instituição, Corporação).

               Em linhas gerais, quando um Franco-maçom se apresentava em uma corporação de ofício para trabalhar, geralmente ele usava como meio de reconhecimento os ss, tt e pp que ele aprendeu na Loja em que um dia ele fora feito maçom.

Se utilizando dessa forma, um Franco-maçom fazia ss, dava tt e pronunciava pp que o identificavam como um verdadeiro profissional, conhecedor da Arte e não um simples cowan.

Sendo examinado e reconhecido pelos ss, tt e pp, não havia necessidade de o artífice ficar várias horas esquadrejando e burilando uma pedra para demonstrar a sua habilidade.

Mais tarde com o declínio do ofício e com a demanda dos ritos maçônicos especulativos, já no século XVIII cada rito, com algumas variações, acabaria adotando seus ss, tt e ppcaracterísticos, mas geralmente muito parecidos entre os rituais.

À vista disso é que hoje em dia, nos rituais de cada rito maçônico, existe um Cobridor do Grau, que em última análise é o repositório dos verdadeiros segredos da Moderna Maçonaria – a forma moderna de se examinar e identificar um Ir desconhecido (telhamento).

No caso do Cobr do REAA praticado GOB, o mesmo segue aproximadamente os antigos rituais, guias e monitores franceses, pós Lojas Capitulares, no século XIX e XX.

Em relação ao Cobr e o t no 1º Gr, dão-se as pp na pr f (próximo a junta) do d i da m d; no caso do 2º Gr dão-se as pp entre as ppr ff dos dd m e an da m d (próximo a junta); no caso do 3º Gr, de modo peculiar o t é dado mediante a form dos c pp pp do m - todas essas explicações poderão ser encontradas nos respectivos CCobr do Gr nos devidos rituais do REAA, em vigência no GOB.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK - SGOR/GOB

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

DEZ/2025

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