Em 14/06/2025 o Respeitável Irmão Rodrigo Cesar Abu Bakr Cunha, sem mencionar o nome da Loja, REAA, GOB-SP, Oriente de Várzea Paulista, Estado de São Paulo, faz a seguinte pergunta.
TOQUES - ORIGEM
Bom dia irmão. Mais uma vez venho levantar questões sobre algo que me gera dúvidas. É em relação aos toques. Qual é a origem dos tt∴ no REEA, e se há alguma relação com a loja dos antigos. O que influenciou as diversas formas de reconhecimento? Digo isto, por que aprendi ao ser iniciado, uma forma de dar o toque, e após mudar de potência, fui ensinado a dar o toque de outra forma. Ex: o t∴ de Comp∴, aprendi que era para dar e∴ o d∴ p∴ e o i∴. No GOB, onde estou atualmente, aprendi no ritual que se dá primeiro na fal∴ do d∴ i∴ e depois entre o d∴ m∴ e o a∴. De onde vem essa prática?
Desde já desejo um TFA, e agradeço pela atenção.
CONSIDERAÇÕES
Em relação à sua questão, os ss∴, tt∴ e pp∴ da Maçonaria vêm dos tempos primitivos (entre os séculos X e XIII) da Maçonaria Operativa, ou de Ofício, época em que os “canteiros” das Guildas Medievais de Construtores viajavam, a serviço do clero, principalmente pelo Norte da Europa, para construir catedrais, igrejas, mosteiros e abadias.
Como construtores a serviço da Igreja, esses pedreiros eram livres dos impostos feudais e eclesiásticos. Tinham livre trânsito pelos rincões europeus e foi graças a isso que ficariam conhecidos como Franco-maçons (o pedreiro livre) que pertenciam à Franco-maçonaria (Instituição, Corporação).
Em linhas gerais, quando um Franco-maçom se apresentava em uma corporação de ofício para trabalhar, geralmente ele usava como meio de reconhecimento os ss∴, tt∴ e pp∴ que ele aprendeu na Loja em que um dia ele fora feito maçom.Se utilizando dessa forma, um Franco-maçom fazia ss∴, dava tt∴ e pronunciava pp∴ que o identificavam como um verdadeiro profissional, conhecedor da Arte e não um simples cowan.
Sendo examinado e reconhecido pelos ss∴, tt∴ e pp∴, não havia necessidade de o artífice ficar várias horas esquadrejando e burilando uma pedra para demonstrar a sua habilidade.
Mais tarde com o declínio do ofício e com a demanda dos ritos maçônicos especulativos, já no século XVIII cada rito, com algumas variações, acabaria adotando seus ss∴, tt∴ e pp∴ característicos, mas geralmente muito parecidos entre os rituais.
À vista disso é que hoje em dia, nos rituais de cada rito maçônico, existe um Cobridor do Grau, que em última análise é o repositório dos verdadeiros segredos da Moderna Maçonaria – a forma moderna de se examinar e identificar um Ir∴ desconhecido (telhamento).
No caso do Cobr∴ do REAA praticado GOB, o mesmo segue aproximadamente os antigos rituais, guias e monitores franceses, pós Lojas Capitulares, no século XIX e XX.
Em relação ao Cobr∴ e o t∴ no 1º Gr∴, dão-se as pp∴ na pr∴ f∴ (próximo a junta) do d∴ i∴ da m∴ d∴; no caso do 2º Gr∴ dão-se as pp∴ entre as ppr∴ ff∴ dos dd∴ m∴ e an∴ da m∴ d∴ (próximo a junta); no caso do 3º Gr∴, de modo peculiar o t∴ é dado mediante a form∴ dos c∴ pp∴ pp∴ do m∴ - todas essas explicações poderão ser encontradas nos respectivos CCobr∴ do Gr∴ nos devidos rituais do REAA, em vigência no GOB∴.
T.F.A.
PEDRO JUK - SGOR/GOB
http://pedro-juk.blogspot.com.br
DEZ/2025

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