sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

MESTRE DE CERIMÔNIAS NO REAA - ALGUMAS PRÁTICAS RITUALÍSTICAS


Em 26/09/2019 o Respeitável Irmão Gilberto Rodrigues Marques Filho, Loja Major Lindolfo Pires, 1.894, REAA. GOB-PB, Oriente de Sousa, Estado da Paraíba, apresenta as seguintes dúvidas^:

PRÁTICAS RITUALÍSTICAS NA LITURGIA DO REAA


1º - Em um de seus recentes trabalhos vi o seguinte: “Concluída a coleta de todo o Oriente, segue-se para os Mestres do Norte, do Sul, Companheiros, Aprendizes e por último o próprio titular deposita a sua proposta ou óbolo na forma de costume. “Dúvida: Quando o Mestre de Cerimônias conclui o Oriente ele não deve coletar os Mestres da coluna do Sul? Tipo, ao descer do Oriente ele já não vai para o Chanceler e em seguida ao 2º Experto para só assim ir ao 2º Diácono em diante?
2º - Quanto ao destino das Colunas Gravadas, no que diz respeito os certificados de presença dos irmãos. O Venerável após decifrar deve o Mestre de Cerimônias coletar estes certificados e ir direto ao Chanceler e entregar os mesmos ou existe outro procedimento?
3º - O Cobridor Interno sempre que for necessário estar à Ordem deve fazer o sinal ou se portar com a espada em sentido ombro-arma? E quando necessitar dar alguma batida na porta seja as do Grau ou para que, o que bate ao lado de fora ter paciência, esta batida deve ser com o punho da espada ou com o pequeno malhete preso a porta (em minha Loja temos este pequeno malhete preso na porta, tanto no lado de dentro como no de fora, que foi colocado justamente para estes momentos)?
4º - Sendo eu o Mestre de Cerimônias, na hora de dar entrada ao Templo, dou as batidas do Grau com o punho fechado ou utilizo o pequeno malhete preso a porta para dar as pancadas?
5º - Ao fazer o convite para entrada, sempre falo: “Aprendizes, Companheiros, Mestres sem cargo, Oficiais, Dignidades, Grão Mestre Estadual Adjunto (sempre está presente) e Venerável Mestre. Este procedimento está correto? E no que diz respeito às dignidades, isso já engloba os que detém cargos estaduais, deputados e Mestres Instalados? Porque percebo que alguns irmãos que detém algum cargo (Como os Deputados/Secretários) as vezes esperam que eu mencione a entrada dos mesmos. Enfim, qual o procedimento correto, levando em consideração que sempre temos presentes em nossas reuniões: Secretários/Coordenadores do GOB Estadual, Deputados Estaduais/Federais, Mestres Instalados e o Grão Mestre Estadual Adjunto (já que o mesmo é de minha Loja)? Como seria esta chamada? E os Vigilantes, já estão como Oficiais ou preciso mencioná-los antes do Venerável?

CONSIDERAÇÕES.

  1. De fato, cometi um equívoco, mas já está corrigido. Inapropriadamente coloquei na sequência por primeiro os da Coluna do Norte quando o correto seria os da Coluna do Sul.
Corrigido, apenas gostaria de destacar que o titular que estiver realizando a coleta, após ter concluído todos os do Oriente, ao percorrer as Colunas aborda indiscriminadamente os Mestres de cada Coluna e não necessariamente coleta primeiro dos Oficiais (ocupantes de cargos). Assim, ele procede coletando de todos os Mestres da Coluna do Sul, inclusive dos Oficiais, posteriormente de todos os Mestres da Coluna do Norte, inclusive os Oficiais, Companheiros, Aprendizes e por último ele (o titular), ajudado pelo Cobridor Interno – orientações oficiais sobre o giro e a coleta se encontram no Sistema de Orientação Ritualística em http://ritualistica.gob.org.br/
  1. Se o Venerável desejar, ou precisar enviar alguma coluna gravada para o Secretário, ou para outrem, ele solicita auxílio ao Mestre de Cerimônias, nunca ao 1º Diácono. Já expliquei bastante a respeito, Diáconos no REAA são mensageiros transmissores da palavra e não imediatos do Venerável ou dos Vigilantes. Apontamentos a respeito podem ser encontrados em Perguntas e Respostas no Blog do Pedro Juk – http://pedro-juk.blogspot.com.br/.
  2. O Cobridor Interno somente empunha a espada por dever de ofício ou quando o ritual assim determinar. Noutras ocasiões ele pode manter a espada embainhada ou presa no dispositivo que geralmente fica atrás do espaldar da sua cadeira. Assim, munido da espada, estando em pé e parado ele não compõe o Sinal de Ordem, mas mantém a espada em ombro-arma (posição de rigor). Agora, sem estar munido da mesma, compõe o Sinal com a(s) mão(s).
Quanto às pancadas que por dever de ofício o Cobridor deva dar na porta do Templo, estando ele munido da espada, dá a bateria com o punho da mesma. Se na oportunidade ele estiver com a espada embainhada, ou seja, sem traze-la empunhada, dá então as pancadas com a mão direita cerrada.
O Sistema de Orientação Ritualística colocado na plataforma do GOB RITUALÍSTICA em http://ritualistica.gob.org.br/ traz orientações oficiais a respeito.
No tocante ao "pequeno malhete" preso na porta para ser utilizado no momento de eventuais baterias, não há comentários a fazer, até porque esse objeto junto à porta não é mencionado no ritual. As pancadas, nesse caso são dadas com o punho da espada ou com a mão direita.
  1. Para o ingresso do préstito o Mestre de Cerimônias passa momentaneamente o bastão para a mão esquerda e dá na porta a bateria do grau com a mão direita (punho cerrado). Dada a bateria, imediatamente volta a empunhar o bastão com a mão direita. Vide item 33, letra "b", II Ingresso do Préstito - no Sistema de Orientação Ritualística no grau de Aprendiz Maçom – http://ritualistica.gob.org.br/
  2. Isso é uma lamentável perda de tempo além da imposição de vaidade de alguns. Não há necessidade de mencionar uma a uma as autoridades que vão entrar em família.
Assim, ingressam os Aprendizes, os Companheiros, os Mestres (sem cargo), Oficiais; os dois Vigilantes, os Mestres Maçons Instalados (Ex-Veneráveis) e em seguida os visitantes (sem se nomear um a um) que, mesmo tendo direito ao protocolo de recepção, desejem entrar em família. Finalmente o Venerável Mestre. Destacando que no caso de estarem presentes membros da 5ª faixa, ou o Grão-Mestre Estadual, ou o Grão-Mestre Geral, o Venerável entra acompanhando essas autoridades.
Nesse caso, apenas os que ingressam juntos com o Venerável Mestre, justificadamente podem ser mencionados pelo Mestre de Cerimônias.
Cabe destacar que os Vigilantes não são oficiais, porém, são as outras duas Luzes da Loja.
Dando por finalizado, é oportuno mencionar que o Sistema de Orientação Ritualística mencionado e que se encontra na plataforma do GOB RITUALÍSTICA http://ritualistica.gob.org.br/ é oficial e deve ser imediatamente aplicado sobre os Rituais, posto que é amparado pelo Decreto 1784/2019 do Grão-Mestre Geral e publicado no Boletim Oficial do GOB sob o nº 31, datado de outubro de 2019.

T.F.A.

PEDRO JUK


DEZ/2019

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