terça-feira, 24 de outubro de 2017

DÚVIDAS RITUALÍSTICAS RELATIVAS AO MESTRE DE CERIMÔNIAS

Em 09/08/2017 o Respeitável Irmão Carlos Lunkes, Loja Tiradentes, 2.432, REAA, GOB-PR, Oriente de Marechal Cândido Rondon, Estado do Paraná, pede esclarecimentos para o seguinte:

DÚVIDAS RITUALÍSTICAS – MESTRE DE CERIMÔNIAS


Na nova gestão de nossa Oficina ocupo o cargo de Mestre de Cerimônias e gostaria de poder contar com a ajuda do Irmão para corrigir alguns costumes da nossa Loja no que diz respeito ao ritual.
Abaixo algumas dúvidas que tenho nesse momento:
1- É na Sala dos Passos Perdidos ou no Átrio que devemos nos paramentar? Pois no livro de procedimentos ritualísticos 2009, diz que é no Átrio (Página 127, item 06) e no livro de procedimentos ritualísticos 2016 (Página 136, item 06) que diz que é na Sala dos Passos Perdidos.
Obs: Na página 13 do livro de procedimentos ritualísticos 2016, novamente afirma que é no Átrio que os maçons revestem-se de suas insígnias e paramentos.
Qual está correto?
2- Quando organizo o cortejo, posso nominar todos os cargos como oficiais ou devo nominar cada cargo?
3- Quais os objetos que devem ficar sobre o Altar do Venerável Mestre?
Obs. Hoje além do malhete, RGF, RI, a Espada Flamejante e o Ritual para os trabalhos, temos um chapéu preto e uma caveira.
4- Em votações como devo pronunciar corretamente quando:
Todos do Quadro da Loja aprovam?
A minoria aprova?
A maioria aprova?
Alguns Irmãos aprovam e outros se abstêm?

CONSIDERAÇÕES:

  1. Antes da sessão é no átrio que o Mestre de Cerimônias reveste os Irmãos com as suas joias e organiza o préstito para o ingresso no Templo. Já na Sala dos Passos perdidos os Irmãos se paramentam (vestem os seus aventais), vestem o balandrau se for o caso, assinam o Livro de Presenças e outros afins relativos aos trabalhos maçônicos antes do ingresso no Templo.
Na próxima revisão dos Procedimentos Ritualísticos deixaremos isso mais claro.
  1. Fica ao seu critério, todavia, sugere-se o seguinte: estando organizado o préstito o Mestre de Cerimônias nomina sequencialmente para o ingresso, Aprendizes, Companheiros, Mestres sem cargo, Oficiais, Dignidades, Mestres Instalados, Autoridades (no caso de entrada em família) e por último o Venerável Mestre que é conduzido pelo Mestre de Cerimônias (que vai à frente). Sugere-se que o Mestre de Cerimônias, no caso de ingresso em família, antecipadamente comunique àqueles que ocupam lugar no Oriente que para lá se dirijam diretamente. Isso evita procedimentos desnecessários, perda de tempo e massagem no ego de alguns.
Não há necessidade de nominar Irmãos um a um ou cargo por cargo.
  1. Sobre o Altar ocupado pelo Venerável, dos itens mencionados na sua questão, dispensa-se a “caveira”. Sobre o Altar não há lugar para ela, já que a mesma é elemento simbólico da câmara de reflexão. Tíbias cruzadas e caveira são elementos decorativos (adereços) das cortinas que decoram a Câmara do Meio (Loja de Mestre). Quanto ao chapéu, negro e desabado, ele é elemento utilizado e pode permanecer para ser usado, pois é inclusive mencionado no Ritual do Mestre. No rigor da tradição, o Venerável Mestre no REAA\ em Loja de Aprendiz e Companheiro deveria usá-lo, enquanto que na Loja de Mestre, deveriam usá-lo todos os Mestres.
  2. A função de aprovar é ofício do Venerável Mestre, previsto inclusive no RGF em seu Artº. 116, inciso VIII, entretanto, se o Mestre de Cerimônias contar os votos ele apenas se limita a comunicar conforme o caso: tantos votos a favor, tantos contra, tantas abstenções. No caso de unanimidade ele declara: todos os votos a favor, ou todos os votos contrários. Quem declara aprovado ou não é o Venerável. No caso de empate é dele o voto de minerva.


T.F.A.

PEDRO JUK


OUT/2017.

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