quinta-feira, 12 de outubro de 2017

LUZ VERMELHA

Em 20/07/2017 o Respeitável Irmão Leonardo Lorenzo, Loja Saldanha Marinho II, nº 05, sem mencionar o nome do Rito, Grande Oriente do Paraná, (COMAB), Oriente de Santo Antonio da Platina, Estado do Paraná, formula a seguinte questão:

LUZ VERMELHA


Tivemos uma duvida em conversas, a respeito de uma luz vermelha que existe sobre a porta de entrada de nossos templos da COMAB aqui no norte do Paraná. Disseram que essa luz sempre tem de estar acesa, porém pesquisamos e nunca achamos nada que fale sobre ela ou seu significado. O Irmão tem conhecimento dela?

CONSIDERAÇÕES.

De fato não é possível encontrar nada sério a respeito, simplesmente porque essa é mais uma daquelas grosseiras invenções que se espalharam pelo fértil e imaginativo solo da Maçonaria.
Esse anacrônico costume que povoou a decoração de muitos templos maçônicos no passado, infelizmente ainda hoje, de vez em quando, ganha espaço nas nossas lides.
Quiseram os inventores dessa lâmpada de “iluminação avermelhada” nos templos justificar como fosse ela um símbolo da presença da Divindade no recinto, o que, por extensão, deveria ela permanecer “eternamente acesa”!!!
Ora, além de desmedido despropósito comparar a Divindade com uma “lâmpada vermelha acesa”, ao que parece é que realmente os seus inventores nunca aprenderam que nas Lojas que praticam o REAA\, assim como naqueles em que há a representação da Divindade existe apenas e tão somente o Delta Radiante que vai representado por um triângulo equilátero preenchido ou não com caracteres (variando conforme o rito) e cujo qual fica posicionado ao alto e centro do Retábulo do Oriente (parede imediatamente atrás do lugar do Venerável) entre o Sol e a Lua logo abaixo do dossel.
Outros artífices do absurdo ainda tentaram justificar essa bobagem mencionando que a “luz vermelha”, depois trazida para dentro do templo, era reminiscência de um artifício para chamar a atenção dos maçons no sentido de indicar que ali era um lugar de reunião maçônica.
Na verdade, além de não fazer sentido, esse nada mais foi do que outro disparate, já que em nome do sigilo, nunca foi à intenção da Maçonaria chamar atenção para os seus locais de reunião (muito menos dentro da Loja), além do que os maçons sempre souberam por métodos próprios a encontrar as suas oficinas de trabalho. Aliás, uma luz vermelha poderia mesmo era chamar a atenção para outra coisa...
Assim, essa “luz vermelha” retrógrada, que alguns queriam compará-la com um símbolo da Divindade, ou mesmo chamar atenção para um local de trabalho maçônico, nos parece mesmo é com algo que até identifica um lugar, mas que eu, respeitosamente aos meus leitores, prefiro nem comentar.
Concluindo, essa é mais uma daquelas carcaças de dinossauro que vez por outra ainda aparece na nossa Sublime Instituição. Como diz o caso, matar o bicho é fácil, difícil é consumir seus restos mortais. Essa lâmpada avermelhada genuinamente não existe.


T.F.A.

PEDRO JUK



OUT/2017

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