domingo, 12 de dezembro de 2021

PALAVRA SEMESTRAL - IV

O Respeitável Irmão Daniel L. Sales, Loja Brasil, 953, REAA, GOB-RJ, Oriente do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, apresenta o que segue:

PALAVRA SEMESTRAL.

Recentemente, eu realizei uma visita a uma loja do GOB(BA), REAA, no Oriente de Salvador e lá achei um procedimento bem diferente em comparação ao praticado na minha loja, Loja Brasil 953 – GOB-RJ, REAA.

No início da etapa da Abertura Ritualística, o Cobridor Interno depois de abrir a porta d


o templo, ele permanecia bloqueando a porta e solicitando a Palavra Semestral de cada Irmão, então cada irmão fornecia a palavra ao seu ouvido direito e ele liberava a entrada. Já procurei no RGF e no ritual, mas não encontrei uma explicação, então tenho três perguntas para o Irmão:

1.    Há conformidade com o REAA do GOB este procedimento descrito?

2.    Qual seria o momento de solicitar a palavra semestral de um visitante?

3.    Já escutei falar dentro da minha Loja que nunca deveria informar a palavra semestral, pois teria o risco de informar a Palavra Semestral para uma Loja não habilitada (Art. 112-RGF).

Então, é obrigação minha informar a Palavra Semestral na ocasião de visita de minha Loja?

 

CONSIDERAÇÕES.

 

O procedimento descrito na sua questão é altamente irregular, pois não está previsto nem no Ritual em vigência e nem no Sistema de Orientação Ritualística presente na plataforma do GOB-RITUALÍSTICA.

É mesmo lamentável que o Orador, como Guarda da Lei dessa Loja não tenha tomado ainda as providências para extirpar essa invenção que me é aqui relatada.

Concernente às suas questões numeradas, acredito que a primeira já está respondida, pois esse procedimento, dessa forma, não existe.

Quanto a sua segunda questão, a Palavra é solicitada pelo 2º Experto se estiver diante de um Irmão desconhecido, resguardadas as condições de que ele seja da mesma Obediência da Loja, já que a Palavra Semestral normalmente é própria de uma só Obediência. Às vezes é até possível existir algum tratado prevendo a troca de Palavras Semestrais entre Obediências. Assim, quando o visitante desconhecido se apresentar, no ato do telhamento em lugar reservado, o examinador pede-a ao examinado.

Em relação a sua pergunta número três, não procede, pois a Palavra é justamente para conferir a regularidade do visitante. Ora, se ele não puder transmiti-la a ninguém, então a Palavra Semestral serve para o quê? Não faz sentido essa “estória” de não a revelar quando solicitada num telhamento.

Quanto a uma Loja ser irregular é obrigação do visitante se acercar de prudência para não visitar uma Loja espúria.

Nesse sentido, um visitante quando recebido por uma Loja da sua Obediência, se inquirido pelo examinador sobre a Palavra Semestral, por óbvio deverá informa-la como penhor da sua regularidade.

É bem verdade que pelo avanço tecnológico, atualmente muitas Lojas e Obediências lançam mão da cartões digitais que, em tempo real, esclarecem de pronto a regularidade de um Irmão, contudo a velha prática da Palavra Semestral, criada em 1.777 pelo Grande Oriente da França, ainda se mantém firme nas tradições maçônicas da Maçonaria Latina. O que é desnecessário, no entanto, é não inventar procedimentos.

 

T.F.A.

 

PEDRO JUK

Secretário Geral de Orientação Ritualística – GOB/PODER CENTRAL

jukirm@hotmail.com

http://pedro-juk.blogspot.com.br

 

 

DEZ/2021

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